O frio tem apertado, a chuva e o vento não os largam, a Primavera tarda, mas o desejo de florir é maior. Vi hoje um jacarandá em flor. Foram escassos segundos, que a Carris não se compadece com as vontades das árvores e o trânsito tem de fluir. Mas ele lá estava, numa transversal da avenida Fontes Pereira de Melo, bem perto do Saldanha.
29.4.09
25.4.09
Sempre!
O Baptista Bastos não me perguntou mas eu posso dizer-lhe onde é que estava há trinta e cinco anos. Fui à escola, lá na terrinha, como era meu hábito, e a professora mandou-nos para casa porque "isto está muito mau!" Lá fui e comecei a ver as imagens na televisão. Não percebi logo o que se passava, mas aos poucos foram-me explicando e eu achei que afinal "isto estava muito bom!" E agora vou comemorar, antes que se faça tarde.
23.4.09
O restauro de Seteais
SINTRA, ACERCA DE é um blogue que fala, naturalmente, de Sintra e é escrito por alguém que ama a vila, a serra e, calculo eu, o nevoeiro que por lá costuma pairar. Sem ele, Sintra não seria o que é.
Entre outras denúncias de maus tratos a árvores, o SINTRA, ACERCA DE acaba de nos mostrar a nudez dos muros de Seteais após as obras de restauro há muito merecidas. Consta que o interior está esplêndido - a Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva encarregou-se de grande parte da empreitada (várias peças de mobiliário foram levadas para as oficinas da fundação e foram também os seus técnicos que supervisionaram ou executaram o restauro das pinturas murais).
Mas seria necessário arrancar as glicínias?
Entre outras denúncias de maus tratos a árvores, o SINTRA, ACERCA DE acaba de nos mostrar a nudez dos muros de Seteais após as obras de restauro há muito merecidas. Consta que o interior está esplêndido - a Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva encarregou-se de grande parte da empreitada (várias peças de mobiliário foram levadas para as oficinas da fundação e foram também os seus técnicos que supervisionaram ou executaram o restauro das pinturas murais).
Mas seria necessário arrancar as glicínias?
21.4.09
Agrippina - São Carlos - II
O que estou a ouvir na Antena 2 parece dar razão às más críticas que tenho lido sobre a "Agrippina". Não sei se terá sido boa ideia transmitir uma récita em directo. Isto é muito capaz de afastar potenciais espectadores que estejam indecisos.
18.4.09
Audições
Nota: texto concebido e escrito em colaboração valkirio/Garden-of-Philodemus e publicado em estereo.
Ontem de manhã na Antena2 o contra-tenor Manuel Brás da Costa dizia que o maestro Nicholas Kok, que iria dirigir a Agrippina no Teatro de S. Carlos, é um maestro habituado a música contemporânea que teve de se adaptar a uma ópera barroca.
Eu não entendo esta displicência com que nos tratam, permitindo-se andar a fazer experiências parvas deste jaez: já basta o seleccionador nacional de futebol não saber onde põe os jogadores no campo, mas a direcção do S. Carlos não tem ideia de quem vai buscar para tocar/cantar as obras com que nos brinda.
Christoph Dammann pediu a Elisabete Matos que fizesse uma audição* para a maestrina Julia Jones da qual dependeria a confirmação do convite feito por ele próprio à cantora para fazer a Salomé. Pelos vistos, não deve ter pedido audições nem a Kok nem aos cantores** que transformaram ontem a Agrippina num Haendel esquartejado, numA catástrofe, numa coisa que estou com medo de ouvir.
Não será tempo de alguém audicionar o senhor Dammann e subtraí-lo ao teatro?
*Uma Arbeitsprobe, contesta Dammann. A rose by any other name would smell as sweet, disse Shakespeare.
** Mais uma vez o Teatro substituiu a protagonista sem dar cavaco ao público: quem estava prevista era Kristina Wahlin. Não faço ideia se ganhámos se perdemos com a troca.
17.4.09
Não queria ser repetitivo,
mas o Esferas está cada vez melhor. Perguntava hoje o Jorge Rodrigues por que raio é que os italianos são tão maníacos da beleza absoluta do som. É que depois do magnífico dueto de amor de "O Baile de Máscaras", cantado em explosão por Birgit Nilsson e Carlo Bergonzi, ouvimos uma mazurka de Chopin a sair dos dedos de Michelangeli.
(itcnfrjdcthutq)
15.4.09
"E a árvore sangrou"
(...) Segundo alguma literatura, foram os botões vermelhos emergindo do tronco que inspiraram o nome árvore-de-Judas, ao sugerirem que a árvore teria sangrado quando Judas nela se enforcou. (...)
(in Dias com árvores)
Facto é que, poucos dias antes da Páscoa, as olaias do Norte estavam ao rubro, na Quinta da Aveleda como nas ruas de Braga.
Agrippina - São Carlos - I
O tempo é de Handel e "Agrippina" estreia, depois de amanhã, dia 17, no Teatro de São Carlos. Faça um clique sobre a imagem para ler os detalhes.
Adenda: Ler artigo de Cristina Fernandes no Público.
Adenda: Ler artigo de Cristina Fernandes no Público.
(elias12186)
14.4.09
Georg Friedrich Händel
(Halle, 23 de Fevereiro de 1685 – Londres, 14 de Abril de 1759)
Chegada da Rainha de Sabá, de "Solomon"
(OedipusColoneus)
Chegada da Rainha de Sabá, de "Solomon"
(OedipusColoneus)
13.4.09
Maria João Pires em Berlim
(BerlinPhil)
Desanuviando: um pedacinho de um concerto de Maria João Pires com a Filarmónica de Berlim e Trevor Pinnock. Foi no dia 10 de Outubro de 2008.
12.4.09
Elisabete Matos em Valência
Elisabete Matos como Turandot (foto do El País)
"Turandot" estreou ontem em Valência, com Elisabete Matos no papel titular e o maestro Lorin Maazel, que se despede da direcção musical do Palau de les Arts Reina Sofía. O El País conta como foi:
Al final de la representación, el público valenciano le dedicó las más calurosas ovaciones, en reconocimiento a su labor como máximo responsable musical del Palau de les Arts.
Del cuadro artístico-vocal ha destacado la soprano Elisabete Matos, que ha encarnado a una Turandot pletórica de fuerza, y la también soprano Alexia Voulgaridou, en la tierna y fiel Liu, que en esta versión no se quita la vida con la daga de un soldado, sino que se estrangula con su pañolón.
Elisabete Matos como Turandot
(imagem de extravalència)
(imagem de extravalència)
Em entrevista ao Expresso, Elisabete Matos conta por que não foi "Salomé".
Adenda: Está também disponível um artigo do DN sobre este caso.
Adenda: Está também disponível um artigo do DN sobre este caso.
10.4.09
O Calvário dos Plátanos
Em tempo de quaresma sacrificam-se os plátanos da Batalha, como de costume, para que eles condigam com as colunas podadas das capelas imperfeitas. Assim se cria um belo terreiro inóspito, enquanto os jardineiros jardinam como se aquilo se parecesse com um jardim.
No próximo dia 26 de Abril, graças ao peculiar gosto português por peixe frito e à cozinheira aposentada Guilhermina de Jesus, que, em Setembro de 2000, sofreu uma queimadura grave no olho esquerdo quando fritava peixe e lhe saltou para a vista um borrifo de óleo a ferver, o condestável será santo e, por isso, já teve direito a ablução.
Os médicos foram de opinião que a mazela requeria dois anos de tratamento e que a cura seria apenas parcial. Guilhermina, que apareceu repentinamente curada três meses após o acidente, afirmou que tinha uma imagem do beato Nuno na mesa-de-cabeceira e que lhe pedira que intercedesse a seu favor.
Podemos gritar vitória outra vez.
9.4.09
O Tempo das Azáleas
8.4.09
É Noite na Mouraria
Há dias estive numa casa de fados em Alfama, coisa que me calha com alguma frequência e raramente com resultados satisfatórios. Mas nessa noite tive uma surpresa: a irmã de Amália, a Dona Celeste, como lhe chamam, estava lá e cantou. E ouvi-la e vê-la ali, a escassos metros de distância, deixou-me por momentos a pensar que estava a viver no passado. Porque já mais ninguém canta assim.
(Dianazaidman60)
Encenações
O encenador catalão Calixto Bieito volta a dar o que falar na Alemanha com uma provocadora encenação da ópera "Armida", de Gluck, na Komische Oper de Berlim. Por cá, Karoline Gruber também ass[ass]inou uma "Salome" pouco ortodoxa. Não mostrou homens despidos, se calhar por falta de arrojo, mas deslocalizou e actualizou a acção e deu liberdade às suas próprias fantasias. O que tem Bieito a ver com Gruber? Tudo e nada. Há os que ditam as modas e os que tentam segui-las; obsessões, cada qual tem as suas.
(bajazzo99)
Fotos daqui e daqui.
Via Barihunks.
7.4.09
Cerejeiras em flor
Se os japoneses produzissem vinho verde as vinhas deles poderiam muito bem ser como as da Quinta da Aveleda, coloridas agora pelas cerejeiras-do-Japão. Visitar a quinta nesta época do ano é sinónimo de puro prazer para todos os sentidos.
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