Der Einsame im Herbst (Parte II de "Das Lied von der Erde") Herbstnebel wallen bläulich überm See; vom Reif bezogen stehen alle Gräser; man meint', ein Künstler habe Staub vom Jade über die feinen Blüten ausgestreut. Der süße Duft der Blumen ist verflogen; ein kalter Wind beugt ihre Stengel nieder. Bald werden die verwelkten, goldnen Blätter der Lotosblüten auf dem Wasser zieh'n. Mein Herz ist müde. Meine kleine Lampe erlosch mit Knistern; es gemahnt mich an den Schlaf. Ich komm zu dir, traute Ruhestätte! Ja, gib mir Ruh, ich hab Erquickung not! Ich weine viel in meinen Einsamkeiten. Der Herbst in meinem Herzen währt zu lange. Sonne der Liebe, willst du nie mehr scheinen, um meine bittern Tränen mild aufzutrocknen?
cobrindo de geada cada lâmina de relva;
dir-se-ia que um artista espalhou pó de jade
sobre as delicadas florações.
O doce perfume das flores desvaneceu-se;
um vento frio curva as suas hastes.
Em breve, as murchas folhas douradas
das flores de lótus, partirão nas águas.
O meu coração está cansado.
A minha pequena lâmpada extinguiu-se com um estalo;
convencendo-me a dormir.
Venho até ti, caro lugar de repouso!
Sim, dá-me descanso, necessito de conforto!
Choro muito na minha solidão.
O Outono prolonga-se demasiado no meu coração.
Sol do amor, não voltarás tu a brilhar,
e as minhas lágrimas amargas ternamente secar?
(Tradução de Ofélia Ribeiro, num programa de sala da Gulbenkian)