26.9.13

Nomeações

Paolo Pinamonti no Teatro de São Carlos (© Público)

Há poucas semanas soube-se que o pianista Adriano Jordão tinha sido nomeado vogal da OPART, "com responsabilidade directa nos pelouros artísticos", em substituição do maestro César Viana. Mais recentemente, soube-se que Joana Carneiro tinha sido nomeada maestrina titular da Orquestra Sinfónica Portuguesa e que Paolo Pinamonti assume as funções de "consultor artístico encarregado da programação".
Segundo o Público, a Secretaria de Estado da Cultura informa que "a programação do primeiro semestre de 2014 será apresentada no fim de Novembro" e que se pretende "retomar as apresentações das temporadas completas a partir da temporada de Setembro 2014/Julho 2015". Cá estaremos para ver. Assim sobre algum dinheiro do magro orçamento e tudo isto não passe de mais uma incorrecção factual.

Para já, Pinamonti não deverá deixar a direcção artística do Teatro da Zarzuela e Joana Carneiro manterá os seus cargos e funções junto da Orquestra Gulbenkian.
O crítico Augusto M. Seabra diz, num artigo onde também podemos ler algumas opiniões de Rui Vieira Nery e de Alexandre Delgado, que sem a resolução de vários problemas estruturais, "as recentes nomeações são uma semi-solução que arrisca ser completamente inconsequente".

Não que nos sirva de consolo, mas Madrid e Barcelona também não andam muito bem. O Teatro Real despediu Gerard Mortier e substituiu-o por Joan Matabosch (deixando o Liceu sem director artístico), mas acabou por criar o cargo de consultor artístico para re-empregar o Barão Mortier e tudo terminar em paz.