Os últimos anos de Robert e Clara Schumann, juntos, foram vividos nesta casa da Bilker Straße, em Düsseldorf.
Por essa altura, a saúde de Schumann ia-se degradando a olhos vistos e as alucinações começavam a ser frequentes, levando o compositor a tentar o suicídio atirando-se de uma ponte sobre o Reno. Passados poucos dias foi levado para um hospital psiquiátrico perto de Bona, onde acabou por morrer cerca de dois anos mais tarde, em 1856.
O aspecto da margem esquerda do Reno, que passa por Düsseldorf enrolado em meandros, não devia ser muito diferente do actual. Ainda por lá pastam rebanhos de ovelhas e o ar quase campestre recorda-nos que o nome da cidade lhe foi muito bem posto: Aldeia de Düssel, sendo Düssel um afluente do Reno que ali desemboca no grande rio.
(As ovelhas vêem-se mal mas estão precisamente no centro da fotografia) |
Não longe da casa de Schumann, mas agora na Bolkerstraße, encontramos a casa onde nasceu Heinrich Heine, autor dos poemas seleccionados pelo compositor para o ciclo Dichterliebe. Apesar de contemporâneos (Heine era mais velho mas morreu poucos meses antes de Schumann), o poeta e o compositor não se encontraram em Düsseldorf, uma vez que nessa época Heine vivia um prolongado exílio em Paris. Contudo, das mãos de ambos e à vez, saiu um dos mais celebrados ciclos para canto e piano. (Poemas com traduções em Inglês)
Dichterliebe, por Fritz Wunderlich e Hubert Giesen, em Salzburgo (1965):
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Placa encontrada no pátio da casa de Schumann |
Nota: As fotografias são manhosas; foram tiradas a correr e com o que estava à mão.