14.7.08

Dialogues des Carmélites

Jan Latham-Koenig fundou e foi director musical da Orquestra do Porto de 1989 a 1992. Por essa altura, dirigiu um "Lohengrin" memorável no Teatro de São Carlos (Waltraud Meier cantava o papel de Ortrud) e o concerto de Gwyneth Jones na Aula Magna, com a "sua" orquestra, que quem viu também não poderá esquecer. Depois, passou por vários teatros, como a Opéra National du Rhin, em Estrasburgo, onde conduziu estes "Dialogues des Carmélites", de Francis Poulenc (1899-1963).

A acção desta ópera decorre em Paris, no seio de uma comunidade de irmãs carmelitas, durante o período de terror da Revolução Francesa. Presas e condenadas ao cadafalso, na cena final vemo-las cair, uma após outra, enquanto entoam o "Salve Regina".

Poulenc foi educado na tradição católica romana, o que muito contribuiu para o número considerável de obras sacras que compôs, apesar de ter estado ligado a vários artistas e movimentos de vanguarda no início da sua carreira. Depois de ter sofrido a morte de vários amigos e de se debater numa luta interior constante entre as suas tendências sexuais e o profundo sentimento religioso, encontrou nos temas de carácter sacro uma das principais fontes de inspiração.

(Onegin65)

13.7.08

Les Amours d’Astrée et de Céladon



Há filmes que nos regalam a vista como se tivessem um único objectivo: consolar corações. A partir do romance "L'Astrée", escrito por Honoré d'Urfé nos inícios do séc. XVII, Éric Rohmer mostra-nos uma Gália de pastores, pastoras, ninfas e druidas que falam aquele Francês clássico, poético e lento, que mais ninguém fala. É música para os nossos ouvidos.

Túnicas esvoaçantes, cabelos longos encaracolados, campos primaveris e florestas frescas, a lembrarem a estética pré-rafaelita.

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Os Amores de Astrea e de Celadon

11.7.08

Pur ti miro...

Tipuana tipu

Nerone e Poppea: Pur ti miro, pur ti godo
(musicca75)


Pur ti miro, pur ti godo,
Pur ti stringo, pur t'annodo,
Più non peno, più non moro.
O mia vita, o mio tesoro.


Io son tua, tuo son io,
Speme mia, dillo, di.
Tu sei pur, l'idol mio,
Mio ben, mio cor, mia vita, sì.

Final de "L'Incoronazione di Poppea", de Claudio Monteverdi

Poppea: Mireille Delunsch
Nerone: Anne Sofie von Otter
Marc Minkowski e Les Musiciens du Louvre

8.7.08

Maria Callas - A Exposição de Lisboa

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A Central Tejo (Museu da Electricidade) vai mostrar a exposição dedicada ao cinquentenário da Traviata de Lisboa, a partir de 12 de Julho e até 19 de Outubro de 2008.

Callas no camarim do Teatro de São Carlos, em 1958

A preparação desta mostra tinha sido abordada aqui mas, agora, já se conhecem alguns detalhes relativamente às peças que vamos poder ver ao vivo e a cores. Além dos vestidos de noite e das jóias de uso pessoal, destacam-se os trajes de cena*, como o da "Tosca" encenada por Franco Zeffirelli em Covent Garden, em 1964. Felizmente, o II acto foi filmado e é fundamental, pela intensidade dramática, por ter tanto teatro quando Floria Tosca planta o punhal no coração de Scarpia e profere "Questo è il bacio di Tosca". Pois é, o vestido que Callas usava naquele momento é este*:


*Era, de facto, mais ou menos como este. O site de Nina Foresti apresenta fotos de diversos trajes de cena usados por Callas e das suas cópias.

Il bacio di Tosca, Callas com Tito Gobbi
(34fgsfgsdtu48w7qtaqt)

Ainda segundo o site oficial da exposição, poderemos também admirar os adereços de cena do filme "Medea", de Pasolini, um colar da "Aida" do México (Mi bemol), de 1950, e a coroa desenhada por Christian Dior para a "Norma" da Ópera de Paris, em 1965.

Coroa de Norma, desenhada por Christian Dior


www.callas.it
Great Callas Exhibitions 2008 in Lisbon
The Callas Exhibition
Maria Callas - A Exposição de Lisboa

6.7.08

À beira do Mondego



Fui lá ver e a publicidade não era enganosa. Em Coimbra, na margem esquerda do Mondego, junto à nova Ponte Pedro e Inês, está um campo de flores a olhar para a cidade. Por lá andam centáureas brancas e azuis...



... linárias amarelas...



... e outras surpresas azuis e...




1.7.08

Sinos incandescentes




A árvore-do-fogo, Brachychiton acerifolius, a florir no céu do Jardim Botânico.