Foto de ensaio (©) |
Uma breve nota sobre "La Gioconda" que ontem estreou em São Carlos: um sucesso estrondoso, como se esperava. Elisabete Matos esteve deslumbrante, num papel que parece ter sido talhado para ela. Desde o início, ela É Gioconda. E no IV acto, com um suicidio que traz a casa abaixo, consegue ultrapassar-se a si própria e é sublime. Porém, há um pequeno momento que é da mais pura filigrana: o seu Enzo adorato, ah, come t'amo! Inesquecível.
Parabéns a todos, orquestra, coro, maestro e restantes solistas, pelo feito notável de terem conseguido montar esta ópera com tão pouco tempo de ensaios.
Os mais renitentes à apresentação de óperas em versão de concerto que se cuidem. É que cantores de um certo calibre conseguem transmitir mais emoção cenicamente numa versão como esta do que muitos em versões encenadas.