14.4.12

Visitas

(Foto de Alfredo Rocha © TNSC)
Ter Artur Pizarro em Lisboa para tocar num dia o Rach 3 e no dia seguinte o Rach 1 foi um luxo que mais uma vez provou que ele é um pianista de excepção. E sempre que cá vem, como se isso fosse possível, parece que toca melhor que da vez anterior.
No Teatro de São Carlos, com a Orquestra Gulbenkian e Pedro Neves, e na Gulbenkian, com a Orquestra Sinfónica Portuguesa e Martin André, foram duas noites de festa. Como que inspiradas por Pizarro, ambas as orquestras se mostraram em grande forma nestas suas visitas. Uma iniciativa que deveria repetir-se na próxima temporada, digo eu. Foi um gesto bonito que, tendo continuidade, poderá servir também para aproximar os públicos das duas casas.

Novidade, para mim, foi Pedro Neves, que realiza actualmente um doutoramento na Universidade de Évora sobre as sinfonias de Joly Braga Santos. O ainda jovem maestro e a Orquestra Gulbenkian interpretaram com grande segurança e convicção a Sinfonia nº 4 de Braga Santos, uma obra pouco ouvida nas nossas salas de concerto, como, aliás, todas as outras daquele que é um dos compositores portugueses mais importantes do século XX. Aqui, pela Orquestra Nacional da Irlanda, com a direcção de Álvaro Cassuto: