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30.9.13

Papagenos

(©)

A Flauta Mágica nasceu há precisamente 222 anos no Theater auf der Wieden, que existia no que era então um subúrbio de Viena, muito perto da actual Wiener Staatsoper. Emanuel Schikaneder, que dirigia o Teatro, escreveu o libreto e interpretou o papel de Papageno.

A Flauta encantou Ingmar Bergman e os seus Papagenos continuam deliciosos.


7.2.13

30.12.12

Artur Pizarro e Mozart

Entrar na noite (ou no dia) a ouvir Mozart por Artur Pizarro. Com a Orquestra Sinfónica da BBC, dirigida por Andrew Davis.

Concerto para Piano em Dó Maior K.503


12.12.12

Lisa della Casa e Galina Vishnevskaya

Chegaram ontem as notícias da razia. Desapareceram desta vida duas grandes cantoras do século XX: Lisa della Casa (93 anos) e Galina Vishnevskaya (86).

Lisa della Casa, nascida na Suíça, celebrizou-se como grande intérprete de Mozart e de Richard Strauss.

Em "Don Giovanni", com a direcção de Wilhelm Furtwängler:


Como Arabella, um dos grandes papéis da sua vida:



A cantora russa Galina Vishnevskaya abordou um reportório mais abrangente de soprano dramático. Verdi, Puccini e os Russos foram os seus compositores de eleição.

Canções e Danças da Morte, com Rostropovich, seu marido, ao piano:


24.9.12

Requiem aeternam

Da maratona só assisti ao final, o Requiem, ontem ao fim da tarde. Quis a sorte que no dia anterior tivesse falecido o tenor Aníbal Real, coralista do Teatro de São Carlos. Antes do início do concerto foi anunciado que o Teatro, e em especial o coro, dedicava o Requiem à memória do colega. Ouviu-se um minuto de absoluto silêncio.

A missa começou e, de imediato, o público sentiu a emoção que saía do coro e passava pelo seu maestro, pela orquestra e pelos solistas para a sala. Não foi apenas o Requiem de Mozart que se ouviu. Foi uma missa cantada e tocada com muita generosidade para o colega desaparecido na véspera. E isso deu ao concerto de ontem um carácter especial. À memória do Aníbal.

Foto de ensaio ©

Requiem, Kv. 626

Soprano Dora Rodrigues
Meio-soprano Patrícia Quinta
Tenor Bruno Almeida
Barítono Jorge Martins

Direcção musical Giovanni Andreoli

Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Orquestra Sinfónica Portuguesa

28.8.12

Para a rentrée


A Deutsche Grammophon já nos deixa ouvir um pedacinho do novo disco que Maria João Pires gravou com Claudio Abbado e a Orchestra Mozart e que sairá em Setembro. São os concertos nº 20 e 27 de Mozart, claro.


8.7.12

Ensemble Berlin

Há dias que se transformam em tardes prodigiosas e é um privilégio estar neles e poder vivê-las. Comecemos pelo princípio: junto à estação de Sintra apanhámos um autocarro gentilmente disponibilizado pela organização do Festival que nos levou pela Estrada de Monserrate até à Quinta da Piedade, ao som de canções de Quim Barreiros e Marco Paulo.

©
A história da Quinta da Piedade ficará para sempre ligada a Olga Nicolis di Robilant Álvares Pereira de Melo, Marquesa de Cadaval, que nela viveu e nela recebeu muitos dos seus amigos artistas, principalmente músicos. Se Sintra tem um festival de música de prestígio internacional, deve-o essencialmente a Olga Cadaval. Foi ela quem o impulsionou.

É notável a lista de artistas que de algum modo estão relacionados com a Marquesa de Cadaval, quer porque ela os protegeu com o seu mecenato, quer porque eram seus amigos: Nelson Freire, Martha Argerich, Jacqueline Dupré, Daniel Barenboim, Benjamin Britten (compôs em sua honra a parábola religiosa "Curlew River"), Gabriele D’Annunzio, Marinetti, Giacomo Puccini, Cole Porter, Maurice Ravel, André Malraux, Coco Chanel, Arthur Rubinstein, Ygor Stravinski, Mstislav Rostropovitch, Ortega Y Gasset, Graham Green, Saul Bellow, Maurice Maeterlinck, Cosima Wagner, Olga Pratts, José Vianna da Motta, Vitorino Nemésio, Fernando Lopes Graça, Maria Germana Tânger... (leia-se o Historial da Marquesa de Cadaval

Detalhe da casa de fresco
A quinta parece ter sido criada a pensar no prazer da música, nos divertimentos para as tardes de Verão.
Quando passamos o portão, a casa do século XVIII fica à esquerda e à nossa frente, em baixo, avistamos o pequeno jardim de buxo e a casa de fresco ao fundo, com a fachada de azulejos barrocos.

À esquerda do jardim de buxo está o palco, ao qual os músicos acedem subindo alguns degraus e onde vemos mais azulejos do século XVIII e esculturas representando putti e outras figuras com instrumentos musicais. E foi o que ia passar-se aí que nos levou para os lados de Colares.

Antes do início, uma senhora da organização anunciou que os músicos pediam desculpa pelo facto de a bagagem de um dos colegas (o trompista Martin Owen) estar perdida e ele ter de se apresentar sem trajo de concerto, uma vez que tinha chegado a Portugal havia poucas horas. Posto isto, passou-se ao que verdadeiramente interessava: o Divertimento. Um belíssimo Divertimento para oboé, clarinete e fagote de Mozart, seguido de dois quintetos para piano e sopros, um de Beethoven e o outro de Mozart. Aos músicos do Ensemble de Berlim juntou-se o pianista Shai Wosner.

Ensemble Berlin (fotos da quinta © telemóvel do Miguel Jorge)

Uma formação de sopros não é à partida o que me atrai a um concerto, eu que sou mais de piano e cordas. Contudo, algo me dizia que este concerto havia de ser muito bom. Pois não foi. Foi apenas excepcional. Foi um grupo de amigos que resolveram vir de Berlim para tocar na Serra de Sintra e deixar-nos com pele de galinha e com os olhos húmidos. Foram muitos os momentos sublimes. Um deles, um dos mais sublimes de todos, foi o segundo andamento do quinteto de Beethoven, quando os instrumentos começam a conversar uns com os outros: o oboé pergunta, o fagote responde que sim, a trompa retorque, o clarinete conclui e o piano sublinha. O que fascina nestes músicos é a cumplicidade que os une, a interpretação perfeita - Beethoven é Beethoven e Mozart é Mozart -, a técnica irrepreensível. Com instrumentistas deste calibre, como não há-de a Orquestra Filarmónica de Berlim ser a melhor do Mundo, dei eu comigo a pensar.
Os passarinhos gostaram tanto que começaram a acompanhar a música com os seus sopros naturais do alto dos ciprestes.

No regresso a Sintra, uma agradável surpresa: não havia música no autocarro!

Agora vou escrever aqui os nomes dos músicos para não me esquecer:
Christoph Hartmann, oboé
Andreas Ottensamer, clarinete
Mor Biron, fagote
Martin Owen, trompa
Shai Wosner, piano

E amanhã mais logo há Artur Pizarro em Queluz.

12.4.12

Per molts anys!

La Superba faz hoje 79 aninhos. Celebremos com alguns excertos do documentário Caballé - Beyond Music e terminemos com a Donna Elvira que cantou em Lisboa, ainda muito jovem, em 1960. Parabéns, Montse!






10.4.12

Coisas extraordinárias

Sem saber como, aterrei numa página do Youtube que contém a gravação do Concerto nº 2 de Beethoven repartido pelas mãos de Maria João Pires e de Martha Argerich. O que inicialmente me pareceu uma brincadeira de gosto duvidoso revelou-se, afinal, uma novidade (para mim) extraordinária. Pires e Argerich juntas?


(Todas as fotos © Festival Chopin and his Europe)

Foi no dia 30 de Agosto de 2010, em Varsóvia. Maria João tocou o primeiro andamento e Martha tocou o segundo e o terceiro, num piano de época, acompanhadas pela Orquestra do Século XVIII com o maestro Frans Brüggen.



E ainda... a Sonata de Mozart para piano a quatro mãos, KV 381.
As duas. Juntas.






24.3.12

Wolfgango Mozart

A Fundação Mozarteum de Salzburgo anunciou a descoberta de uma peça atribuída ao jovem Wolfgango [sic] Mozart. O Allegro molto foi ontem apresentado por Florian Birsak no pianoforte do próprio Mozart. Os detalhes da história são contados aqui [PDF], em Inglês.

Reprodução da primeira página do manuscrito (© ReproITMf, 2012)

Um pequeno excerto:

27.1.12

Terapia Mozart*

O jovem Mozart ao cravo, por Karl Offterdinger (1877), © Wikipedia

Aqui há dias, o Joaquim dedicou um post aos leitores portugueses do In Fernem Land e ofereceu-nos o Concerto nº 20 de Mozart, tal como Maria João Pires o tocou no passado dia 20 em Munique, com a Orquestra Sinfónica da Rádio da Baviera e Bernard Haitink.

Como hoje é dia de Mozart, que nasceu há exactamente duzentos e cinquenta e seis anos em Salisburgo, trago o presente do Joaquim para o valkirio, supondo que ele não se importará. Aliás, o que fica aqui é apenas o teaser. A ligação para o concerto completo está no referido post e recomenda-se.



*O título foi igualmente roubado ao Joaquim, já que não consegui encontrar um melhor.

14.1.12

Così fan tutte

"Così fan tutte" estreia hoje no Teatro de São Carlos. A temporada, como se sabe, empobreceu devido aos célebres cortes orçamentais, com cancelamentos e adiamentos, estando anunciada, porém, uma nova produção de "La Rondine" com "custos moderados".

Dá-se o caso de as coisas também não estarem a correr lá muito bem aos teatros por essa Europa fora. Em Copenhaga, os cortes no Teatro Real vão obrigar à redução de pessoal, segundo o Intermezzo. Em Itália, se excluirmos Milão, o panorama não é bonito. O Teatro Real de Madrid anunciou que provavelmente apresentará quatro óperas em versão de concerto na próxima temporada e em pior situação parece estar o Liceu de Barcelona, que estuda a hipótese de cancelar duas produções da temporada em curso.

7.11.11

Pires, Gardiner e Mozart

O que poderia esperar quem se lembrou de juntar na mesma sala Maria João Pires, John Eliot Gardiner e a Filarmónica de Viena?

Concerto para piano nº 9 de Mozart:


16.2.11

Don John

Chris Maltman
Quando ouvi Christopher Maltman, ele estava vestido a rigor. Agora, numa nova adaptação de "Don Giovanni" para cinema, aparece-nos bem mais descontraído.

27.1.11

Joannes Chrysostomus Wolfgangus Theophilus Mozart


Em dia de aniversário de Mozart, uma proposta: ouvir Maria João Pires com a Filarmónica de Berlim e Pierre Boulez, tal como estiveram na igreja do Mosteiro dos Jerónimos a 1 de Maio de 2003. É o Concerto para piano nº 20.

P.S. O Presidente da República não era Cavaco Silva.




1.10.10

O Prazer da Música


Uma proposta para o Dia Mundial da Música: Maria João Pires com Trevor Pinnock e a Orquestra de Câmara da Europa, no concerto de 29 de Setembro na Cité de la Musique, em Paris. Vá a 2 para aceder ao Concerto para Piano nº 27 de Mozart e não perca os encores a quatro mãos, em 3, se quer perceber o que é o prazer de fazer música.

Adenda: o Concerto nº 27:

26.9.10

Ainda Così

A propósito do que a Io escreveu sobre "Così Fan Tutte" na Gulbenkian, lembrei-me do que disse Dame Kiri Te Kanawa recentemente numa entrevista que descobri algures: Some young singers are pressured to be thin and sing like the larger singers of the past but with "tiny bodies". Ide lá ouvir o que diz quem sabe do que fala.

25.9.10

Così così

Confesso: a versão de "Così Fan Tutte" apresentada na Gulbenkian aborreceu-me. Achei-a assim-assim.
Detalhando um bocadinho:
  • Fui recordando a excelência de Karl Böhm, ou Gardiner, há quase vinte anos no Teatro de São Carlos. Isto das bitolas é tramado.
  • A Orquestra Barroca de Freiburg é excelente mas faltou Mozart onde não precisávamos de Bach. Ainda dei comigo a pensar se Mozart não teria adormecido profundamente em várias ocasiões caso tivesse vindo a Lisboa.
  • René Jacobs dirigiu sempre muito baixinho, sem espessura, sem volume, plano, liso.
  • Houve alguns momentos bonitinhos da parte dos cantores mas nenhum deles foi notável. Também pensei que podiam estar com medo de cantar alto e destoar daquela sonoridade sedenta de uma boa dose de cafeína revigorante.
  • Gostei da solução cénica. Apesar de se tratar de uma versão de concerto, os cantores actuaram como se estivessem numa versão encenada. Mas não é isso que torna memorável um concerto. A um concerto vai-se ouvir.
Ouça-se a abertura de "Così Fan Tutte" dirigida por Gardiner, registada no Théâtre du Châtelet, na mesma produção que passou por Lisboa no milénio passado.

3.8.09

Duas obras de Mozart descobertas

A Fundação Internacional Mozarteum declarou duas pequenas peças para piano que se encontram no Livro de Música de Nannerl (a irmã Maria Anna) como sendo composições originais de Mozart. Pensam os peritos que o jovem Wolfgang contaria à época uns sete ou oito anos de idade e ainda não dominava a escrita musical. Era o pai, Leopold Mozart, quem transcrevia as notas para a pauta enquanto o pequeno as tocava ao piano.
A Internationale Stiftung Mozarteum já nos deixa ouvir as gravações (um prelúdio e um andamento de concerto). Ide .