22.7.10

Sublime Touch of a Shy Genius

Compreende-se que Maria João Pires, que amanhã terá a bonita idade de 66 anos, se sinta cansada de actuar em palcos por toda a parte. Contudo, ficaremos muito felizes se ela resolver não se retirar tão depressa. Ainda ontem, às dez da noite, deu um magnífico recital de Nocturnos de Chopin no Royal Albert Hall (programa). Podemos ouvi-lo repetidamente no BBC iPlayer durante os próximos seis dias.


O Público menciona um artigo do London Evening Standard onde se lê isto: “I feel the Proms are full of real people and not just the classical music public. They're very warm, very nice.” And the vast auditorium? “I will imagine that I am in a small hall with 100 people.” 
No mesmo jornal podemos ler uma crítica com um título sugestivo: Maria João Pires' sublime touch of a shy genius.
E o Telegraph diz o seguinte: That unexpected intimacy accounts for some of the intensity of Maria Joao Pires’s recital of Chopin Nocturnes on Wednesday. But it would have counted for nothing without her special poetry. She’s a tiny, almost bird-like figure, and she seemed even smaller in that huge space, which was packed with more people than I’ve ever seen for a late-night Prom. It must be daunting for a pianist, but Pires seemed perfectly at ease, as if she was playing for a few friends at home.

Requalificação

 
Brahea armata (Julho de 2007, no Príncipe Real)

Não será uma grande novidade, mas o Público diz hoje que já há árvores a morrer no Príncipe Real.
Rui Pedro Lérias, um Amigo do Príncipe Real, tem chamado a atenção para vários problemas que assolam aquele jardim. São as árvores jovens que definham, a falta de sombra, a poeira que não há meio de acamar, tudo isto conferindo um aspecto desolador a um jardim outrora fresco, frondoso e agradável. Parece que a ideia era requalificar*, um verbo que cada vez assusta mais, pois as intervenções a que assistimos tendem a alterar tudo para pior.





*O claustro do Mosteiro de Alcobaça também foi requalificado: