20.4.08

Primaveras Livres

Hoje, Domingo, almoço num restaurante em Lisboa. Famílias. Um miúdo pega num guarda-chuva e começa a brincar como se ele fosse uma espingarda. Alguém diz que aquela brincadeira é feia, que não se deve dar tiros. A mãe contrapõe: "Deixa-o estar. É natural, então! Ele é rapaz." Ainda há mães assim.*

* (Aqui fica, para as mães que não conhecem Lluís Llach.)

Lluís Llach: "Abril 74"



Lluís Llach com Josep Carreras: "Abril 74"

(jasabet)

Abril 74

Companys, si sabeu on dorm la lluna blanca,
digueu-li que la vull
però no puc anar a estimar-la,
que encara hi ha combat.

Companys, si coneixeu el cau de la sirena,
allà enmig de la mar,
jo l'aniria a veure,
però encara hi ha combat.

I si un trist atzar m'atura i caic a terra,
porteu tots els meus cants
i un ram de flors vermelles
a qui tant he estimat,
si guanyem el combat.

Companys, si enyoreu (busqueu) les primaveres lliures,
amb vosaltres vull anar,
que per poder-les viure
jo me n'he fet soldat.

I si un trist atzar m'atura i caic a terra,
porteu tots els meus cants
i un ram de flors vermelles
a qui tant he estimat,
quan guanyem el combat.
Lluís Llach

Companheiros, se sabeis onde dorme a lua branca,
dizei-lhe que a quero
mas não posso ir amá-la,
porque ainda há combate.

Companheiros, se conheceis o canto da sereia,
lá no meio do mar,
eu iria vê-la,
mas ainda há combate.

E se um triste azar me atinge e caio por terra...
levai todos os meus cantos
e um ramo de flores vermelhas
a quem tanto amei,
se ganharmos o combate.

Companheiros, se procurais as primaveras livres,
convosco eu quero ir,
que para as poder viver
me fiz soldado.

E se um triste azar me atinge e caio por terra...
levai todos os meus cantos
e um ramo de flores vermelhas
a quem tanto amei,
quando ganharmos o combate.