Herr, lehre doch mich,
daß ein Ende mit mir haben muß,
und mein Leben ein Ziel hat,
und ich davon muß.
Siehe, meine Tage
sind einer Hand breit vor Dir, und mein Leben ist
wie nichts vor Dir.
Senhor, ensina-me a compreender
que irei ter um fim,
que a minha vida tem uma meta,
e que eu tenho que partir.
Repara que os meus dias
são um palmo diante de ti, e que a minha vida é
nada aos teus olhos.
(Tradução de José Maria Pedrosa Cardoso - Gulbenkian)
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29.3.13
Herr, lehre doch mich
(Ein Deutsches Requiem completo)
10.2.13
Artur Pizarro nos 20 anos da OSP
Parece que, nos próximos tempos, vamos ter Pizarro mais vezes por cá, segundo o próprio confidenciou à conversa com Pedro Wallenstein (Músicos da OSP). A sua próxima visita será já em Março, no CCB, com Pavel Gomziakov.
Ontem pudemos ouvê-lo no Teatro de São Carlos a tocar o Concerto nº 2 de Brahms, dirigido por Rui Pinheiro, que substituiu Martin André por motivo de doença. Não é surpresa que os concertos de Artur Pizarro transmitam grandes emoções. Para lá da técnica e do virtuosismo, Artur tem o condão de passar para o público sentimentos profundos em relação à obra que está a interpretar, só possíveis graças a uma enorme maturidade e, diria eu, a um modo de encarar a arte herdado dos grandes pianistas. Artur é um pianista moderno, que coloca a sua i-partitura sobre o piano, mas que pouco ou nada tem a ver com a esmagadora maioria dos pianistas que vão aparecendo e pululando por aí. Artur é um pianista moderno mas à antiga, se é que me faço entender.
(© Hardmusica) |
A sua interpretação do concerto de Brahms foi belíssima, no entanto o 3º andamento, Andante, merece um realce especial. Começa com um solo de violoncelo, magnífico no arco de Irene Lima, subtilmente acompanhado pela orquestra, ao qual se junta mais tarde o piano em diálogo perfeito. Artur e Irene proporcionaram-nos as emoções que só os grandes artistas podem dar. Foi o momento mais sublime da noite e, com ele, concretizou-se um dos meus sonhos secretos: Irene Lima e Artur Pizarro juntos. E Pizarro, como se soubesse que era esse o meu desejo, convidou Irene para tocarem um encore: foi o Largo da Sonata de Chopin. O entendimento entre ambos foi tão evidente que nem se percebe por que razão não tocam mais vezes um com o outro.
Na primeira parte do concerto de ontem ouvimos Abertura Festiva, uma obra de Luís Tinoco em estreia absoluta, encomendada para a comemoração dos 20 anos da OSP, e a Sinfonia nº 5 de Joly Braga Santos. Poderá ser uma mania minha, mas continua a parecer-me uma ideia disparatada dispor a orquestra no meio da sala. Não só fica mais de metade da plateia por vender como a acústica da sala não foi pensada para isso. Numa obra para grande orquestra como a sinfonia de Braga Santos, em que os metais e a percussão têm um peso quase predominante, o som torna-se ensurdecedor. Imagine-se a ouvir a dita sinfonia na sua salinha com o volume da aparelhagem no máximo e perceberá a ideia. Tirando isso, parabéns aos músicos da Orquestra Sinfónica Portuguesa.
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