7.12.13

La Traviata no Scala

Diana Damrau e Piotr Beczala durante um ensaio (© Corriere della Sera)

Hoje, como sempre a 7 de Dezembro, é dia de inauguração da nova temporada do Teatro alla Scala e a ópera escolhida para o efeito foi "La Traviata", nem menos. Diana Damrau e Piotr Beczala serão Violetta e Alfredo. Mara Zampieri também lá estará, como Annina. O maestro será Daniele Gatti e a encenação é de Dmitri Tcherniakov. Comemora-se ainda o bicentenário de Verdi e celebra-se Santo Ambrósio. Que ele nos valha.

A transmissão, em diferido, começa pelas 19h49!

(Adenda: Fica disponível, para quem não viu, durante vinte e oito dias.)

27 comentários:

  1. Obrigado, Paulo, vou tentar. Pelo menos pela Diana Damrau.
    Bom serão.

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  2. Santo Ambrósio não está a ajudar. Vamos vendo Toscanini.

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  3. J. Ildefonso.7.12.13

    Estou no trabalho. Mas se os aviões deixarem...
    Obrigado Paulo.

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    1. Problemas técnicos. O Arte está a transmitir gravações históricas.

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    2. É só no Arte HD, Paulo. O meu estava a transmitir ok mas... sem som ! Parte cénica muito muito feia...

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    3. No Arte HD não sei. No Arte normal e no arte.live.web começou ao mesmo tempo, mas depois da hora prevista. Com som. A encenação está ali a estragar, sim.

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    4. Bem, lá fui vendo. Desiludi-me com a Damrau. Já não é a da Raínha da Noite.

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  4. J. Ildefonso.7.12.13

    É tudo tão feio. A pobre Zampieri está sinistra. Não percebo se gosto da Damrau ou não. Há lá voz mas o timbre é tão feio. Defintivamente gosto do Beczala. O cd de arias eslavas é belissimo.

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  5. Também vi e gostei das interpretações dos solistas, sobretudo da Damrau. E foi muito agradável rever, ao fim de muitos anos, a Mara Zampieri, apesar de num papel secundário. A encenação foi deplorável e sempre a piorar com o decorrer da ópera.

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  6. Também vi. Achei a encenação deprimente e subscrevo aquela vaia enorme. O figurinista também não ajudou. Quem pode ser Violetta com aquelas cabeleiras?
    Pobres cantores que tiveram de servir aquele Konzept.

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  7. Vaia enorme para a encenação, vaia grande para a direcção de orquestra, merecidas; o aplauso delirante para a Damrau é que não entendo. Voz completamente estragada.

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  8. Daniele Gatti, que dirigiu tão bem "Parsifal" no Met, andou às voltas com a "Traviata" e acabou por não acertar.

    A encenação é uma coisa mal acabada e um óptimo exemplo de como se pode prejudicar a música e os cantores. Aquele vai-e-vem coreografado no II acto, além de desconcentrar, perturba a linha de canto. Tanto Damrau como Beczala se ressentem disso. Por outro lado, o fraseado e a intenção, seguindo à risca (suponho) as indicações de Tcherniakov, transformam Violetta e Alfredo em pessoas bastante vulgares (no sentido de ordinárias, mesmo).

    Beczala não esteve no seu melhor, mas daí a ser vaiado... não entendi. Como não entendi o delírio em torno de Damrau. Teve momentos muito bons, mas a voz não tem corpo que chegue (a julgar pelo que ouvi na televisão) para fazer dela uma Violetta extraordinária. No II acto, nas suas cenas com Germont e com Alfredo, não se passou nada. Talvez no Teatro a voz tenha outro impacto.

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  9. A título particular, confesso que as concepções estéticas e dramáticas gizadas por Tcherniakov produzem um temor íntimo que me vai mantendo algo ao largo das produções a que se reportam.

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    1. Concordo. O que o senhor faz não me interessa nada. Nem a nível estético nem a nível conceptual. Antes pelo contrário.

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  10. Links para ver agora? Alguém? :)

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    1. O arte.live.web há-de ter a "Traviata" disponível. É aguardar...

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    2. Já está disponível.

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  11. J. Ildefonso.9.12.13

    Do que consegui ver achei tudo muito feio. Um espetáculo completamente supérfluo porque não beneficia ninguém. Nem compositor, nem interpretes, nem instituição e muito menos o público. Vi em Paris um Macbeth do Tcherniakov que conseguia ser ainda mais feio e que colocava a Violeta Urmana a fazer truques de magia durante o brinde!
    Não percebi a contestação ao Beczala. Pareceu-me o mais consistente de todos em palco. Achei muito desinteressante a Violeta da Damrau. O timbre não é muito bonito e a interpretação é completamente pedestre. Verdade seja dita que não foi minimamente ajudada pelo encenador ou pelo guarda-roupa. O vestido azul eléctrico era horrendo e em nada lhe favorecia a figura. Gostava de vê-la ao vivo noutro papel mais congenial porque acho que é uma cantora sobre a qual não tenho opinião completamente formada.
    Também o barítono não entusiasma nada. Não há um fraseio, uma ideia...
    Em suma uma noite digna dum teatro de 3ª categoria.

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  12. J. Ildefonso.9.12.13

    Lembro-me que foi incomparavelmente melhor a Traviata do Muti com a Fabbricini, o Alagna e o Coni em meados dos anos 90.

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  13. Bos Festas a todos.
    Nunca gostei da Damrau e acho o Beczala um tenor de excepção.
    23.12.2013

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  14. Paulo,
    Tenho de "retratar-me", pois o meu comentário foi feito antes de visualisar esta Traviata. Não vejo por que a direcção orquestral foi assobiada e quando foi. Quanto à encenação, posso compreender, embora já tenha visto muito pior (Netbreko/Salzburgo e a Ciofi/Scala) e confesso que certo jogo mímico, principalmente no primeiro acto, achei muito interessante. A presença da Zampieri não é nada decadente, como afirma o amigo Indefonso. Então a idade não perdoa e ela se está gordinha até lhe fica bem no contexto o ar de dona de "saloon". Quanto ao Beczala, apenas confirma o meu comentário anterior; o barítono levou a técnica do "lied"para o Germont; a Damrau foi a surpresa total e estou absolutamente do lado do público do Scala. Para além de uma leitura do texto, particular, bem entendido, mas coerente, a voz "encheu-se" para o papel e foi uam mágnifica "Violeta". O Scala pode apupar injustamente, mas de ópera italiana percebe.
    Um abraço

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    1. Em certos momentos (ex: Germont: Un padre ed una suora), Gatti escolheu uns tempos estranhos, na minha opinião. Contudo, parece-me injustificada a pateada.
      O "jogo mímico" foi das coisas que mais me enervaram na encenação.

      Reparou na entrada atrasada de Violetta com o Barão na festa de Flora? Andaram ali todos um bocado atrapalhados, Gatti foi segurando as pontas com a orquestra.

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