Mostrar mensagens com a etiqueta Terfel. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Terfel. Mostrar todas as mensagens

26.6.12

Felizes Aniversários

Festejando o aniversário da estreia absoluta d'A Valquíria, a 26 de Junho de 1870 em Munique, damos também os parabéns a Claudio Abbado, que hoje sopra 79 velas. Auguri!

27.5.11

Die Walküre at the Met - V

Como não voltar ao assunto quando alguém disponibilizou, resta saber até quando, uma série de excertos d'A Valquíria de Robert Lepage? Quem não viu aproveite agora, antes que alguém se arrependa e apague estes bocadinhos para todo o sempre. Ficai à vontade e falai da máquina, se quiserdes.












16.5.11

Die Walküre at the Met - IV

O sempre generoso Joaquim actualizou o post e disponibilizou os enllaços para a descarga da gravação (áudio) d'A Valquíria do Met (o I acto já está aqui a cantar). A Morte de Siegmund (no final do II acto) foi assim:

25.4.11

Die Walküre at the Met - II

Dando o devido desconto à qualidade do som, o Siegmund de Jonas Kaufmann na estreia soou assim:


Quem estiver interessado pode ler a crítica de Anthony Tommasini (The New York Times), que diz, entre outras coisas, isto:
But a problematic staging touch came at the opening of Act II. Here the planks jutted out to evoke the “wild rocky place” that Wagner calls for. Wotan, the bass-baritone Bryn Terfel, came bounding onto the beams, now horizontal, which were alive with images of rocky terrain. Then his rambunctious daughter Brünnhilde, the soprano Deborah Voigt, appeared. As Ms. Voigt started to climb the planks that evoke the hillside, she lost her footing and slid to the floor.
(...)
The problem here was not just that in this crucial dramatic moment, with Ms. Voigt about to sing the first line of her first Brünnhilde, Mr. Lepage saddled her with a precarious stage maneuver. The problem was that for the rest of the scene, whenever Wotan or Brünnhilde walked atop the set, the beams wobbled and creaked. At times Mr. Terfel, a big, strong man, had to extend his arms to balance himself. No imagery is worth having to endure the sounds of creaking gears and looks of nervousness on the faces of singers.
Pergunto: O Senhor Lepage concebeu a máquina (the machine - assim é conhecida a estrutura cénica de quarenta e cinco toneladas e não sei quantos milhões de dólares) para cantores líricos ou para equilibristas do Cirque du Soleil?
Pode ouvir aqui a entrada de Brünnhilde (Deborah Voigt com Bryn Terfel).

"Die Walküre" at the Met
Esta foto foi enviada por um simpático leitor que a fez acompanhar do seguinte texto:
Caro Valkirio,
Ofereço esta foto para o que puder servir... grato pelo prazer de ler o seu blog.
Bosc d'Anjou
Caro Bosc d'Anjou, grato fico eu. Pela foto, que acabou de ter serventia, e por o ter a si como leitor.

ADENDA: O Joaquim já escreveu sobre a estreia dest'A Valquíria e colocou a gravação à nossa disposição. É ir lá.

22.4.11

Die Walküre at the Met - I

Deborah Voigt
O Met já nos mostrou um pouco do que vai ser A Valquíria de Robert Lepage, a estrear logo à noite e com transmissão em directo no live stream. Quem for à Gulbenkian no dia 21 de Maio poderá assistir em diferido a uma das récitas.




25.3.09

Decapitados

Esta Salomé foi pintada por Lucas Cranach, o Velho, e está no Museu Nacional de Arte Antiga, por sinal, muito bem acompanhada.
Quando vejo a cabeça de João Baptista numa bandeja de prata sinto um calafrio, só de pensar no sangue esguichando do pescoço acabado de degolar, como se vê num quadro de Gregório Lopes pendurado numa igreja em Tomar. Por paixão, vingança, capricho, eu sei lá, Salomé dançou para exigir a cabeça de Jochanaan a Herodes.



Lucas Cranach parece ter gostado do tema e pintou também a cabeça de Holofernes nas mãos de Judite. As razões desta eram outras e ela não mandou recado: pegou na espada e foi ao campo do adversário decapitá-lo.

Judite e Holofernes
Kunsthistorisches Museum, Viena (foto minha)




Jochanaan - Bryn Terfel
Salome - Catherine Malfitano



"Salome", de Richard Straus, estreia brevemente no Teatro de São Carlos. A acção tem lugar num parque infantil rodeado de prédios.

23.4.08

Narcisos gordinhos

Narcissus bulbocodium obesus
(Nativo da região centro e oeste de Portugal)


(jeffro887)

Falstaff:
Alice é mia!
Va, vecchio John, va, va per la tua via.
Questa tua vecchia carne
ancora spreme
Qualche dolcezza a te.
Tutte le donne ammutinate insieme
Si dannano per me!
Buon corpo di Sir John,
Ch'io nutro e sazio,
Va, ti ringrazio.

24.9.07

O Adeus de Wotan - Bryn Terfel

Há quem não aprecie Bryn Terfel, mas também há quem o considere o maior baixo-barítono dos nossos dias, herdeiro de Hans Hotter e Dietrich Fischer-Dieskau. Quando se trata do Deus dos Deuses, o Wotan de "O Anel do Nibelungo", é difícil encontrar um outro cantor que esteja ao seu nível. Aqui, ele canta a sua despedida a Brünnhilde, no final de "A Valquíria". O maestro é Claudio Abbado, dirigindo a Orquestra do Festival de Lucerna.

Brünnhilde desobedeceu a seu pai, Wotan, ao tentar dar a vitória a Siegmund na batalha contra Hunding, o marido de Sieglinde, embora essa fosse a vontade original do deus. Wotan castiga Brünnhilde severamente. Com um beijo, retira-lhe a divindade. A valquíria ficará adormecida no seu rochedo, envolta nas chamas do fogo mágico de Loge, até que o maior de todos os heróis a venha acordar.

(P.S. A música é sublime e sublimemente interpretada. Brünnhilde acorda aqui e aqui.)

WOTAN (Wotans Abschied)
Leb' wohl, du kühnes, herrliches Kind!
Du meines Herzens heiligster Stolz!
Leb' wohl! Leb' wohl! Leb' wohl!
Muss ich dich meiden,
und darf nicht minnig
mein Gruss dich mehr grüssen;
sollst du nun nicht mehr neben mir reiten,
noch Met beim Mahl mir reichen;
muss ich verlieren dich, die ich liebe,
du lachende Lust meines Auges:
ein bräutliches Feuer soll dir nun brennen,
wie nie einer Braut es gebrannt!
Flammende Glut umglühe den Fels;
mit zehrenden Schrecken
scheuch' es den Zagen;
der Feige fliehe Brünnhildes Fels!
Denn einer nur freie die Braut,
der freier als ich, der Gott!

Der Augen leuchtendes Paar,
das oft ich lächelnd gekost,
wenn Kampfeslust ein Kuss dir lohnte,
wenn kindisch lallend der Helden Lob
von holden Lippen dir floss:
dieser Augen strahlendes Paar,
das oft im Sturm mir geglänzt,
wenn Hoffnungssehnen das Herz mir sengte,
nach Weltenwonne mein Wunsch verlangte
aus wild webendem Bangen:
zum letztenmal
letz' es mich heut'
mit des Lebewohles letztem Kuss!
Dem glücklichen Manne
glänze sein Stern:
dem unseligen Ew'gen
muss es scheidend sich schliessen.
Denn so kehrt der Gott sich dir ab,
so küsst er die Gottheit von dir!

Loge, hör'! Lausche hieher!
Wie zuerst ich dich fand, als feurige Glut,
wie dann einst du mir schwandest,
als schweifende Lohe;
wie ich dich band, bann ich dich heut'!
Herauf, wabernde Lohe,
umlodre mir feurig den Fels!
Loge! Loge! Hieher!
Wer meines Speeres Spitze fürchtet,
durchschreite das Feuer nie!


Wotan
Adeus, minha criança temerária e magnífica!
Tu, o orgulho sagrado do meu coração!
Adeus! Adeus! Adeus!
Tenho de te abandonar
e não voltarei a dar-te, com amor, a saudação.
Não tornarás a cavalgar a meu lado,
nem me trarás mais o hidromel.
Tenho de te perder, a ti, que eu amo,
tu, a alegria dos meus olhos.
Que arda aqui um fogo nupcial,
como nunca ardeu antes!
Que as chamas incandescentes incendeiem o rochedo
e com o seu terror afastem os medrosos.
Que os cobardes fujam do rochedo de Brünnhilde!
Só um libertará a noiva,
o que for mais livre que eu, o Deus!

Este par de olhos brilhantes,
que tantas vezes acariciei,
quando a tua valentia merecia um beijo,
quando um louvor aos heróis
fluía dos teus lábios de criança;
Este par de olhos luminosos,
que nas tempestades me sorria,
quando o desespero me consomia o coração,
quando o meu desejo procurava os prazeres do mundo
por caminhos tortuosos;
Que uma última vez eu os possa beijar,
com o último beijo do adeus!
Que ao homem feliz brilhe a sua estrela,
para o infeliz imortal ela apaga-se.
Assim se afasta o Deus de ti,
roubando-te a divindade com este beijo!

Loge, ouve! Aparece!
Como te vi pela primeira vez, como labareda,
como uma vez me desapareceste,
chama ardente.
Porque te submeti, agora te invoco!
Sobe, chama mágica,
Envolve o rochedo de fogo!
Loge! Loge! Aqui!
Aquele que temer a ponta da minha lança
jamais atravessará este fogo!

(Ver o "Adeus de Wotan" em Bayreuth, com Donald McIntyre e Gwyneth Jones)

(Wotan no valkirio)

22.4.07

Bryn Terfel - "Tannhäuser" - Estrela da Noite


O du, mein holder Abendstern


Wolfram [ist zurückgeblieben; er hat Elisabeth lange nachgesehen, setzt sich links am Fuße des Talhügels nieder, ergreift die Harfe, und beginnt nach einem Vorspiele]

Wie Todesahnung Dämmrung deckt die Lande,
umhüllt das Tal mit schwärzlichem Gewande;
der Seele, die nach jenen Höhn verlangt,
vor ihrem Flug durch Nacht und Grausen bangt.

Da scheinest du, o lieblichster der Sterne,
dein sanftes Licht entsendest du der Ferne;
die nächt'ge Dämmrung teilt dein lieber Strahl,
und freundlich zeigst du den Weg aus dem Tal.

O du, mein holder Abendstern,
wohl grüßt' ich immer dich so gern.
Vom Herzen, das sie nie verriet,
grüße sie, wenn sie vorbei dir zieht,
wenn sie entschwebt dem Tal der Erden,
ein sel'ger Engel dort zu werden!



Wolfram (ficando só; depois de olhar longamente para Elisabeth, senta-se junto à colina, pega na harpa e, após um prelúdio, canta)

Como uma visão da morte, a noite cobre a Terra,
abraçando o vale com um manto negro.
A alma, que procura as alturas,
treme antes de partir, voando na escuridão.

E então tu apareces, a mais querida das estrelas,
enviando de longe a luz suave.
O teu raio abre a escuridão nocturna
e, como um amigo, tu mostras o caminho.

Tu, minha cara estrela da noite,
sempre te saudei com alegria.
Do coração, que nunca a traíu,
saúda-a quando ela passar por aí,
quando ela deixar os vales desta Terra
para ser um anjo perto de ti.

15.3.07

Bryn Terfel canta Wagner

Para quem gosta de Wotan e de Amfortas ("Parsifal").
Em 1993, Terfel cantou o Figaro das "Bodas" de Mozart no Teatro de São Carlos. Quem dirigia era Gardiner.

Bryn Terfel - O Adeus de Wotan


Aqui podem ver como Bryn Terfel interpretou o "Adeus de Wotan" em Covent Garden (também vai cantar este papel no Met), com fogo mágico e tudo. Na "Valquíria" de Graham Vick, em Lisboa, não houve fogo mágico. Houve umas letras vermelhas que corriam à volta da pobre Brünnhilde, enfiada num saco.

(wagnerianman)