O Met já nos mostrou um pouco do que vai ser A Valquíria de Robert Lepage, a estrear logo à noite e com transmissão em directo no live stream. Quem for à Gulbenkian no dia 21 de Maio poderá assistir em diferido a uma das récitas.
Na minha opinião, o olho de Wotan (inicialmente coberto pelo cabelo) é um primeiro presságio de quebra no design: a partir de agora, diga-se o que se disser, o ciclo já não está 100% coeso...
O problema, a meu ver, é que não vou poder ver A Valquíria.
E agora a sério: n'O Ouro, a máquina não me entusiasmou. Achei muita parra para tão pouca uva e os efeitos visuais de alta tecnologia não me comovem. Sobrou-me Cirque du Soleil onde me faltou encenador.
Por outro lado, o facto de Wotan aparecer agora com outro visual não me incomoda nada, antes pelo contrário. Podemos interpretar a pala como a assunção da perda do olho (que ele antes queria esconder).
Caro Paulo, Sempre que visito o seu blogue tenho um presente. Desta vez foi a ligação que permite ouvir esta Valquiria ao vivo. Só ouvi os últimos 25 minutos do primeiro acto, mas fiquei deveras impressionado com os cantores (embora confesse que a minha grande admiração pelo Kaufmann "facilite" as apreciações. Vamos ouvir agora como entra a Debra Voight... Em relação a esta, confesso que tenho algumas reservas...
É bem verdade o que diz, Paulo. Infelizmente não vou poder ouvir tudo hoje, dado o adiantado da hora e as obrigações profissionais matinais. Mas depois terei a desforra!! Se o Anel é mágico para mim, a Valquiria é, talvez, a "jornada" que mais gosto, mas o Crepúsculo também anda muito perto.
Vou ouvir o início do 2º acto e depois tenho que interromper. Amanhã cá voltarei para ler mais apreciações de quem sabe. Desejo-lhe (com inveja, confesso) a continuação de uma boa audição.
Gostei muito do Kaufmann. Eva-Maria Westbroek esteve bem até perto do final do I acto, depois a voz pareceu-me apresentar alguns problemas. No II acto acabou por ser substituída. Achei o Terfel muito melhor que n'O Ouro, apesar de aqui e ali me soar estranho. Fricka e Hunding a contento. Debbie Voigt fez-nos passar por alguns momentos penosos.
Estavas a ouvir? E eu a pensar que os omentários eram de há dias? Bolas! Bolas! Bolas! Esta minha falta de atenção ao PARE, ESCUTE E OLHE um dia destes ....
Já percebi que dia 21, a coisa poderá ser desequlibrada. Mas vai valer pelo mocinho Kaufmann, não é? E o que aconteceu à Eva-Marie, coitadinha?
E tenho tanta pena da Voigt. Desde que me mostraste o mulherão que era e o vozeirão que tinha, fico mesmo com pena dela ser mais uma vítima da ditadura.
Segundo consegui apurar, a Eva-Maria sofreu uma intoxicação alimentar e passou um mau bocado antes do início da récita. Devia ter mesmo cancelado, mas Peter Gelb insistiu em que ela cantasse e o resultado foi o que se viu.
Apesar dos eventuais (previsíveis) desequilíbrios, acho que vai ser muito excitante. A Debbie é muito esforçada e talvez consiga aprender o resto do libreto até lá. Na estreia inventou um bocadinho, quando não sabia o que dizer. Já no que toca ao estado vocal, a coisa fia mais fino.
Paulo, cá está aquilo que nos pareceu, Lepage foi mesmo contestado e Kaufmann soma e segue ;) Eva-Maria Westbroek, foi pena, o Met não é para todos ;) Que achas desta apreciação? Não está longínqua daquilo que nós conversámos e do que nos íamos apercebendo e ouvindo. Glória
Não-sei-que-mais, tropeçou na máquina, "Ms. Voigt rescued the moment by laughing at herself. She stayed put on the row of flat, fixed beams at the front of the stage and tossed off Brünnhilde’s “Hojotoho” cries. " Eu acho que ouvi exactamente isso a acontecer, lol :-S (New York Times)
Glória, A crítica do NYT está mesmo muito perto da nossa opinião sobre o que ouvimos, excepto quando fala de rhythmic accuracy and verbal clarity referindo-se a Deborah Voigt. Enfim, não é que isso me surpreenda. Quanto à Eva-Maria, estava doente. Terá cedido às pressões de Peter Gelb, o que foi um erro.
Plácido, Ouviu-se qualquer coisa estranha, sim. Mais tarde, os locutores do Met explicaram o que se tinha passado. Tenho para mim que os cantores vêem a máquina como um estorvo.
The problem was that for the rest of the scene, whenever Wotan or Brünnhilde walked atop the set, the beams wobbled and creaked. At times Mr. Terfel, a big, strong man, had to extend his arms to balance himself. No imagery is worth having to endure the sounds of creaking gears and looks of nervousness on the faces of singers.
Ou muito me engano ou isto vai ser muito bom.
ResponderEliminarConto assistir a 21 de Maio.
Eu gostaria, mas não há Gulbenkian no Porto.
ResponderEliminarBem que alguma sala de espectáculos do Porto poderia fazer a transmissão.
ResponderEliminarPenso na Casa da Música, no Rivoli... E em Espanha há muitas cidades que têm a transmissão em salas de cinema.
ResponderEliminarNa minha opinião, o olho de Wotan (inicialmente coberto pelo cabelo) é um primeiro presságio de quebra no design: a partir de agora, diga-se o que se disser, o ciclo já não está 100% coeso...
ResponderEliminarO Wotan d'O Ouro do Reno era um jovem. Agora é um homem maduro; passaram muitos anos. Não acho que seja esse o problema deste Anel, Plácido.
ResponderEliminarEstou aqui a ouvir o broadcast (http://www.metoperafamily.org/stream.aspx), ouço mal a Sieglinde, e o Kaufman ainda pior :-O
ResponderEliminarRE:
ResponderEliminarClaro, só depois do Ouro nasce a Brünnhilde, mas não vejo donde é que uma coisa implica a outra...
Já agora, qual é o problema, a seu ver?
:-P
O live stream está óptimo.
ResponderEliminarEu cá só comecei a ouvir quando entrou o Hunding... mas ouçamos...
ResponderEliminarO problema, a meu ver, é que não vou poder ver A Valquíria.
ResponderEliminarE agora a sério: n'O Ouro, a máquina não me entusiasmou. Achei muita parra para tão pouca uva e os efeitos visuais de alta tecnologia não me comovem. Sobrou-me Cirque du Soleil onde me faltou encenador.
Por outro lado, o facto de Wotan aparecer agora com outro visual não me incomoda nada, antes pelo contrário. Podemos interpretar a pala como a assunção da perda do olho (que ele antes queria esconder).
ResponderEliminarCaro Paulo,
ResponderEliminarSempre que visito o seu blogue tenho um presente. Desta vez foi a ligação que permite ouvir esta Valquiria ao vivo.
Só ouvi os últimos 25 minutos do primeiro acto, mas fiquei deveras impressionado com os cantores (embora confesse que a minha grande admiração pelo Kaufmann "facilite" as apreciações.
Vamos ouvir agora como entra a Debra Voight... Em relação a esta, confesso que tenho algumas reservas...
É um belo par de Gémeos, caro FanaticoUm. E o Jonas não surpreendeu; já se esperava dele um grande Siegmund.
ResponderEliminarÉ bem verdade o que diz, Paulo. Infelizmente não vou poder ouvir tudo hoje, dado o adiantado da hora e as obrigações profissionais matinais. Mas depois terei a desforra!!
ResponderEliminarSe o Anel é mágico para mim, a Valquiria é, talvez, a "jornada" que mais gosto, mas o Crepúsculo também anda muito perto.
Como não posso ir à desforra resta-me fazer serão.
ResponderEliminarVou ouvir o início do 2º acto e depois tenho que interromper. Amanhã cá voltarei para ler mais apreciações de quem sabe.
ResponderEliminarDesejo-lhe (com inveja, confesso) a continuação de uma boa audição.
Ahah. Obrigado.
ResponderEliminarPeter Gelb acaba de anunciar que Westbroek se sente indisposta mas vai continuar a actuação.
Eu cá vou deixar o pc a gravar e volto depois. Boa continuação... :-)
ResponderEliminarAs suas (e minhas) reservas em relação a Deborah Voigt confirmam-se.
ResponderEliminar(Esse, Plácido, a meu ver, é um dos problemas deste Anel.)
E então? Correu bem a audição?
ResponderEliminarEstes bocadinhos que aqui pusestes foram escolhidos a dedo. E que bem que está o mocinho Kaufmann.
Pena que não possas ver dia 21 ...
Ouvindo, Io.
ResponderEliminarEscutando, Paulo.
ResponderEliminarGlória
Glória,
ResponderEliminarFIM.
:-O Perdi a ligação à net a meioooooooooooo!!!!!!!!!!!!
ResponderEliminarGostei muito do Kaufmann. Eva-Maria Westbroek esteve bem até perto do final do I acto, depois a voz pareceu-me apresentar alguns problemas. No II acto acabou por ser substituída.
ResponderEliminarAchei o Terfel muito melhor que n'O Ouro, apesar de aqui e ali me soar estranho.
Fricka e Hunding a contento.
Debbie Voigt fez-nos passar por alguns momentos penosos.
Deixe lá, Plácido. Na Gulbenkian ouvirá tudo.
ResponderEliminarCaro Paulo,
ResponderEliminarObrigado pelo resumo, saberia que o iria encontrar aqui. Serve para aguçar o apetite que será saciado muito brevemente.
E eu espero pelo seu comentário na devida altura. Calculo que alguns cantores possam melhorar durante as próximas récitas.
ResponderEliminarEstavas a ouvir? E eu a pensar que os omentários eram de há dias? Bolas! Bolas! Bolas! Esta minha falta de atenção ao PARE, ESCUTE E OLHE um dia destes ....
ResponderEliminarJá percebi que dia 21, a coisa poderá ser desequlibrada. Mas vai valer pelo mocinho Kaufmann, não é? E o que aconteceu à Eva-Marie, coitadinha?
E tenho tanta pena da Voigt. Desde que me mostraste o mulherão que era e o vozeirão que tinha, fico mesmo com pena dela ser mais uma vítima da ditadura.
Segundo consegui apurar, a Eva-Maria sofreu uma intoxicação alimentar e passou um mau bocado antes do início da récita. Devia ter mesmo cancelado, mas Peter Gelb insistiu em que ela cantasse e o resultado foi o que se viu.
ResponderEliminarApesar dos eventuais (previsíveis) desequilíbrios, acho que vai ser muito excitante. A Debbie é muito esforçada e talvez consiga aprender o resto do libreto até lá. Na estreia inventou um bocadinho, quando não sabia o que dizer. Já no que toca ao estado vocal, a coisa fia mais fino.
http://www.nytimes.com/2011/04/25/arts/music/walkure-opera-review.html?_r=1&pagewanted=1&ref=music
ResponderEliminarPaulo, cá está aquilo que nos pareceu, Lepage foi mesmo contestado e Kaufmann soma e segue ;)
Eva-Maria Westbroek, foi pena, o Met não é para todos ;)
Que achas desta apreciação? Não está longínqua daquilo que nós conversámos e do que nos íamos apercebendo e ouvindo.
Glória
Não-sei-que-mais, tropeçou na máquina,
ResponderEliminar"Ms. Voigt rescued the moment by laughing at herself. She stayed put on the row of flat, fixed beams at the front of the stage and tossed off Brünnhilde’s “Hojotoho” cries. "
Eu acho que ouvi exactamente isso a acontecer, lol :-S
(New York Times)
Glória,
ResponderEliminarA crítica do NYT está mesmo muito perto da nossa opinião sobre o que ouvimos, excepto quando fala de rhythmic accuracy and verbal clarity referindo-se a Deborah Voigt. Enfim, não é que isso me surpreenda.
Quanto à Eva-Maria, estava doente. Terá cedido às pressões de Peter Gelb, o que foi um erro.
Plácido,
Ouviu-se qualquer coisa estranha, sim. Mais tarde, os locutores do Met explicaram o que se tinha passado. Tenho para mim que os cantores vêem a máquina como um estorvo.
The problem was that for the rest of the scene, whenever Wotan or Brünnhilde walked atop the set, the beams wobbled and creaked. At times Mr. Terfel, a big, strong man, had to extend his arms to balance himself. No imagery is worth having to endure the sounds of creaking gears and looks of nervousness on the faces of singers.