O que estou a ouvir na Antena 2 parece dar razão às más críticas que tenho lido sobre a "Agrippina". Não sei se terá sido boa ideia transmitir uma récita em directo. Isto é muito capaz de afastar potenciais espectadores que estejam indecisos.
Poderá ser pastelão,mas horripilante não é!!!!! Também tem coisas boas!Continuo a afirmar que,os solos da violoncelista da orquestra,(porque é que ninguém fala nisso???),o solo de violino e algumas árias têm muita qualidade.Não sou o único a reconhecer isto.Pessoas com capacidades e qualidades musicais reconhecidas,têm dito o mesmo! É certo que as coisas más são muitas(alguns cantores não têm classificação), mas afirmar que é um mau espectáculo...! Já vi ,ouvi e toquei coisas verdadeiramente más e esta não é das piores. Saudações musicais
Acreditam que tive de sair da Sala quando a Schill cantou Bel piacere?! Cheguei a tremer de tanto disparate!! Acho que só não me vim embora por... curiosidade[?], porque não tinha boleia!
Duas vozes/interpretações se aproveitam, mas a custo: a de Agrippina Coku e a de Ottone Watts, com graves problemas de [nem sei como chamar-lhe!] dicção[?], pronúncia[?], pois chegou a não ser italiano a língua em que o senhor cantou.
Os figurinos - que até achei bonitos... séculos XVII (os deles) e XVIII (os delas) [talvez escreva um disparate, mas, depois de noite tão disparatada, que importância tem?! seriam do século I os dos figurantes?!] - não condizem, de todo, com os cenários (mamarrachos de 'plástico'!) e acabam por tornar-se quase ridículos, por obrigar a movimentos/gestos absurdos, a uma completa falta de graça...
A encenação... idem! Qual Dramma per Musica?! O que temos ali é comédia, Senhores, comédia! E desde os primeiros acordes, com O Velório. Se o esperava espirituoso, engraçado..., esperei mal. Não desgostei da música do Côrte-Real, mas tê-la-ia preferido se... 'descontextualizada' - sem libretto.
Dos músicos, sou transparente, não falo, não posso. Não tenho ouvido, ainda, para fazê-lo. Sempre acreditei na minha OSP!, sempre sonhámos juntos. São, de há muito, "os meus melhores amigos". E, tendo para mim que uma orquestra só 'faz e acontece' conforme o maestro que tem à frente, a culpa, seja lá ela do que for [mas é verdade que foram raras(?!!) as vezes em que cantores e orquestra se reuniram numa harmonia, numa... beleza(?!!) sem mais], é de Kok.
Perdão! Do Dammann e de um Ministro cujo nome desconheço. Aliás!, de Isabel Pires de Lima e do Vieira de Carvalho.
Ooh!! E o quanto me lembrei das produções italianas...
E o que pensei no facto de, posto isto, é claro que o Dammann não podia ter pedido à Elisabete Matos que fizesse uma audição!
Ahh! E o quanto desdenho as opiniões do senhor Silveira!! [parei aqui por outros posts] Opiniões?!! Nem devíamos lê-las!! A pessoa que vai indisposta para o Teatro, que vai com o objectivo único de procurar, de encontrar (inventar!) o erro, a falha, não merece ser lida/ouvida!
Caros Senhores, Paulo...,
Perdão, se disse, se me entusiasmei como não devia. A verdade é que estou cansada de ver a Casa, a Casa Mágica!, aquela em que tudo é possível..., de sabê-la a decair. Decair. E isto, hoje, foi de mais!
Depois de ler no blogue da Gi, também comecei a ouvir... e depois desisti. As cordas davam-me "alfinetadas" nos ouvidos, para não falar nas vozes, claro está. Como prezo a qualidade dos meus serões (e, particularmente, a saúde dos meus ouvidos) desisti... e desculpem lá continuar a utilizar a comparação do restaurante, mas das duas uma: ou o "restaurante" tem livro de reclamações e o utilizador deixa a queixa registada (o TNSC não tem, correcto?) ou os clientes deixam de lá ir. Enquanto um "restaurante" mau estiver cheio e (ainda por cima!) com os clientes a aplaudir, continuará com a falta de qualidade, não vai mudar. O que me custa é que este "restaurante" tira dinheiro aos contribuintes, mesmo os que não lá vão...
Caro(a) Mimi, falar das datas dos figurinos é anedótico na apreciação de todo um trabalho cénico. Claro que devido ao analfabetismo musical da maioria da populaça (também cada vez mais rasca) que senta o cú naquelas cadeiras, as orquestras e os maestros saem sempre mais ou menos incólumes dos últimos desastres e toca a desancar no que enche o olho, neste caso, as saias...Mas até um ouvido incauto, nesta Agrippina, percebe que por exemplo o baixo-continuo se perdeu, que as teclas estão completamente arítmicas e sem expressão, que nas intervenções de conjunto cada um toca a seu tempo (orquestra vs. contínuo barroco), que muitas vezes parece o concerto do coreto, que as opções de corte e costura ( sim porque a música foi amputada ) são mais que duvidosas, que o maestro se pela por uns quantos segundos de harmonia que seja, mas esta não anda lá, enfim, mesmo que sem conhecimentos musicais, experimente várias versões de outras tantas arias disponíveis no Youtube, e descubra...as semelhanças.
Tenho lido os seus textos e tenho uns comentarios a fazer-lhe. Eu fui ver a Agrippina na sexta e fui com a partitura da mesma para verificar atentamente os erros musicais. As cordas, mais concretamente os violinos e as violas, estavam desafinadissimos e super descoordenados, o tal cello barroco mal se ouvia e por um naipe inteiro de violoncelos e outro de contrabaixos a fazerem o continuo altera completamente o conceito barroco de baixo continuo e abafa os outros instrumentos. Os sopros mesmo assim nem estiveram mal bem como os trompetes. Nem vou falar das vozes porque so a Coku se conseguiu safar. Agora pergunto-lhe: Sera justo pagar um preço elevadissimo por um bilhete para assistir a um espetaculo que nem vale a gasolina que gastei para ir de minha casa ao Sao Carlos? E ainda por cima ter que levar com uma encenaçao ao estilo de Manuel de Oliveira? Nao, claro que nao! E o mais frustrante e que o sr. Dammann fica-se a rir e a beber champanhe com os amigos pago com o dinheiro dos pobres que todos os meses, na esperança da proxima opera prestar para alguma coisa, dirigem-se ao Sao Carlos. Claro que nao estou a culpa-lo nem a qualquer outro musico, estou sim a criticar os dirigentes desta suposta casa de opera que apresenta espectaculos que cada vez mais se vao assemelhando a audiçoes de um conservatorio da provincia.
Antes de mais, as datas dos figurinos, para que quem não esteve na sala e os não viu possa fazer, e tão condicionadamente eu sei - dois séculos de roupa... é muita roupa!, uma pequena, tão pequena ideia do que se viu. E precisando: a ideia, li, foi a de trazer Agrippina à opulência napoleónica. Depois, não desanquei as saias, foi mesmo a única coisa de que gostei. De qualquer forma, há-de concordar comigo, não?: que cantor pode estar confortável naquelas vestimentas? E, se espreita o desconforto, a voz onde está, se não está a técnica?! Ouviu o lamento de Ottone, não ouviu?
É bem verdade que não possuo o conhecimento, o palavreado, os meios, mas - Henrique?, não se chama Henrique, não?! - se há coisa que não sou é surda. E se há coisa que não fez foi ler para além do que o chocou.
Fico contente porque, juntos - a populaça e a fidalguia -, conseguimos A CRÍTICA! Sendo a Ópera um espectáculo... completo, continuarei a falar dela num sentir inteiro! Porque não vou apenas para ouvir os cantores ou a orquestra, para seguir à risca uma partitura!, "ahh!, que fífia!!", para me deslumbrar com as saias, com as luzes, mas... pelO TODO, pelo turbilhão de emoções, pelO BELO que, naquela Casa, foi já muito dourado. Se o não é hoje, não é pela Orquestra decerto!
Ora ainda bem que há alguma discussão!!!E eu ainda tenho de sofrer mais duas récitas. Vamos começar: Caro anónimo, Raramente as orquestras saem incólumes.Os maestros...quase sempre! O baixo continuo perdeu-se!Porquê?Se somos todos entendidos na coisa fácilmente se percebe que as "tropelias" e enganos dos cantores,que são,digamos...infelizes ,fizeram o pobre homem passar um mau bocado.São 2:30 de música,sempre a serrar.As cordas não estão juntas...!Hummm!Só em disco é que tudo é perfeito e além disso custa a crer que tenha sido assim toda a récita,mas respeito a sua opinião.Houve "junções" e "disjunções".E também andei no Youtube e logo a primeira que apanhei(em Paris)levei logo com desafinação nas cordas nalgumas árias e na abertura a orquestra também não está junta.Portanto,não somos os únicos a errar!Os CANTORES!!!!Esses sim!!!!!Fabulosos! Caro Tiago, Com todo o respeito,quando vou ver concertos ou óperas,a partitura fica em casa.Vou ver o espectáculo no seu todo, e não procurar erros.Como pode apreciar uma passagem de um andamento ,ou uma ária ,se está concentrado na linha dos violinos deixando tudo resto? O naipe inteiro de violoncellos são...2!!!Um terceiro toca de vez em quando!O naipe inteiro de contrabaixos são...1!O outro toca de vez em quando. É verdade que o conceito,o estilo,e tudo o mais que seja barroco foi alterado,mas aí é a direcção( muuuiiito fraquiiiinnhhhaaaaa) do Teatro que é irresponsável.6f a récita não foi grande coisa.Eu sei que não pode nem deve acontecer mas às vezes as coisas não saem como nó queremos.Decerto que isso também lhe acontece.Se os cantores(aquilo não são contratenores,são contratempos)fossem bons,garanto-lhe que tudo mudaria.Mas a culpa não é deles...é de quem os contratou!!!! .Concordo que os bilhetes são caríssimos( já senti isso no meu bolso) e acho isso inadmissível,mas eu também já paguei caro para ir ver espectáculos dos quais não gostei nada.Por isso compreendo perfeitamente o seu ponto de vista e da minha parte,como interveniente no espectáculo,só lhe posso dizer que fiz tudo o que podia.Não chegou...peço-lhe desculpa!Sem querer ofender,e se fôr caso disso,apresento desde já as minhas desculpas,mas o seu discurso é muito parecido com o do Doutor Henrique Silveira.Partitura nos concertos,Dammann e champanhe,conservatório de provincia...!Mas...caro Tiago,tudo dito de uma forma educada e inteligente e com razão em muita coisa. Obrigada pelos seus comentários
P.S. qualquer dia também vou falar de rsetaurantes.
Por amor de Deus nao me compare ao Henrique Silveira!!!! Sei que ele tambem traz a partitura e todos esses apetrechos, mas ele é um professorzeco com a mania que conhece todos os membros da Filarmónica de Berlim e que se dá muito bem com o senhor Wagner em Bayreuth, quando na realidade é um músico falhado que não conseguiu vincar nessa área e deve ter portanto como objectivo de vida tentar causar a desgraça a todos os que conseguem tocar alguma coisa. Se lhe servir para consolo, o Henrique Silveira já tocou em alguma orquestra?, ja alguma vez pisou um palco?, esteve dentro do fosso do São Carlos que já tem 200 anos e é dos mais antigos da Europa ainda em uso?, não me parece.. Pessoalmente, concordo em algumas coisas com ele, mas eu sou um simples mortal que tenta apreciar a musica pela qual gasta tanto dinheiro... Quanto ao baixo contínuo, tem de me desculpar, mas onde eu estava sentado nao se via a orquestra e portanto calculei que tinha sido a sinfónia portuguesa em peso que tinha ido tocar! De qualquer forma, terça feira ouvi tambem na antena 2 e já me pareceu um pouco mais equilibrada a música. Consegui também para hoje um bilhete e vou ver se a ópera está melhor. Mas é natural que na estreia saia sempre pior do que passado uns dias...
P.S.: adorei o velório! Aí estao todos de parabéns.
Caro Tiago, Mais uma vez peço desculpas pela comparação!Não se zangue comigo!Descreveu lindamente o Doutor Silveira. Quanto à Agrippina ,vamos sempre melhorando um bocadinho,mas hoje,apesar de me parecer que o público presente gostou e da trupe do Doutor Silveira ter dado mais um buzito,a sensação no fosso era de pouca satisfação pelos resultados.Hoje saí um pouco mais desiludido...!Muitas vezes ,o resultado que passa para fora é bem melhor do que aquele que temos dentro do fosso...Não sei...!Digam de vossa justiça. Saudações Musicais
Sr.Mlinsky vi o espectáculo da estreia e vi o de hoje (24 de Abril), e o de hoje parecia uma molto sustenita versão da estreia...o tempo muda assim tão radicalmente de récita para récita? E os cantores aguentam-se a este tipo de variações da real gana do Sr Kok? É que realmente fracos já eles são, mas com surpresas destas a saírem do magnânime fosso, a coisa não melhora...
Caro Anónimo, É verdade o que diz!!!Francamente também fiquei surpreendido!!????Será que foi a pedido dos cantores?Acontece!Ou será que foi opção do maestro Kok?Sinceramente não lhe sei responder!Mas não ajuda a melhorar a coisa...no que diz respeito ao estilo e leveza da música.No entanto, fiquei com a impressão de que orquestra e cantores estiveram mais juntos.Será só impressão minha?É difícil avaliar o "todo" dentro da "fossa"!
O senhor Calado está ressabiado porque,Pinamonti convidava-o para as digressões que a OSP fazia ao estrangeiro(Itália...por exemplo!!!) onde comia e bebia à borlix.Pinamonti tratava-o bem e agora Dammann tem outras amizades e não lhe liga nehuma.Por isso as críticas desse senhor Calado ,não são isentas,algumas coisas são perfeitos disparates(por muito menos ele pede para se fechar o S. Carlos e eu diria que, já que não podem despedir Calado,fechem o Expresso) e aconselhava-o a ir à ópera e fazer críticas quando estiver sóbrio.Eu também sei muita coisa e não sou burro!!! Isto não significa que eu esteja a defender a actual direcção do TNSC pela qual eu tenho muito pouco simpatia. Saudações musicais
Fui na sexta pela segunda vez ver a ópera e sinceramente a orquestra pareceu-me muito mais coordenada do que na semana passada, embora aquela direcção do Kok continue a ser muito superficial. Aquele suposto "cantor" Manuel Brás da Costa é que canta sempre como se tivesse sofrido um pontapé no meio das pernas e eu fui um dos que apupou no final da récita quando ele veio agradecer. Eu não percebo tambem a relutância dos críticos em aceitar o Velório do Côrte-Real, porque eu adorei e acho que está muitíssimo bem feito. Tabem reparei que nesta sexta o público gostou muito mais, embora alguns tenham saído a meio da récita e no intervalo ouvi falar muito mal dela. Mas pelos vistos era só paleio, porque no final quase todos aplaudiram entusiasticamente.
P.S.: Sua excelsa pessoa, o exmo. Sr. Professor Doutor Henrique Silveira atribuiu à performance da estreia, no programa da antena 2 "Preto no Branco", um 0 numa escala até 20...
O público fartou-se de aplaudir. Serão todos surdos ou serei eu?
ResponderEliminarTalvez sejas demasiado exigente e difícil de contentar, Gi.
ResponderEliminarHorripilante. Se aquilo era Händel, então Susan Boyle é a melhor soprano do século. Que pastelão!
ResponderEliminarAinda bem que só ouvi (30m, UF!) , nem quero imaginar o que seria ver...
Mário
D me livre e guarde!
ResponderEliminarPoderá ser pastelão,mas horripilante não é!!!!!
ResponderEliminarTambém tem coisas boas!Continuo a afirmar que,os solos da violoncelista da orquestra,(porque é que ninguém fala nisso???),o solo de violino e algumas árias têm muita qualidade.Não sou o único a reconhecer isto.Pessoas com capacidades e qualidades musicais reconhecidas,têm dito o mesmo! É certo que as coisas más são muitas(alguns cantores não têm classificação), mas afirmar que é um mau espectáculo...!
Já vi ,ouvi e toquei coisas verdadeiramente más e esta não é das piores.
Saudações musicais
Acreditam que tive de sair da Sala quando a Schill cantou Bel piacere?! Cheguei a tremer de tanto disparate!! Acho que só não me vim embora por... curiosidade[?], porque não tinha boleia!
ResponderEliminarDuas vozes/interpretações se aproveitam, mas a custo: a de Agrippina Coku e a de Ottone Watts, com graves problemas de [nem sei como chamar-lhe!] dicção[?], pronúncia[?], pois chegou a não ser italiano a língua em que o senhor cantou.
Os figurinos - que até achei bonitos... séculos XVII (os deles) e XVIII (os delas) [talvez escreva um disparate, mas, depois de noite tão disparatada, que importância tem?! seriam do século I os dos figurantes?!] - não condizem, de todo, com os cenários (mamarrachos de 'plástico'!) e acabam por tornar-se quase ridículos, por obrigar a movimentos/gestos absurdos, a uma completa falta de graça...
A encenação... idem!
Qual Dramma per Musica?! O que temos ali é comédia, Senhores, comédia!
E desde os primeiros acordes, com O Velório. Se o esperava espirituoso, engraçado..., esperei mal. Não desgostei da música do Côrte-Real, mas tê-la-ia preferido se... 'descontextualizada' - sem libretto.
Dos músicos, sou transparente, não falo, não posso. Não tenho ouvido, ainda, para fazê-lo.
Sempre acreditei na minha OSP!, sempre sonhámos juntos. São, de há muito, "os meus melhores amigos". E, tendo para mim que uma orquestra só 'faz e acontece' conforme o maestro que tem à frente, a culpa, seja lá ela do que for [mas é verdade que foram raras(?!!) as vezes em que cantores e orquestra se reuniram numa harmonia, numa... beleza(?!!) sem mais], é de Kok.
Perdão! Do Dammann e de um Ministro cujo nome desconheço. Aliás!, de Isabel Pires de Lima e do Vieira de Carvalho.
Ooh!! E o quanto me lembrei das produções italianas...
E o que pensei no facto de, posto isto, é claro que o Dammann não podia ter pedido à Elisabete Matos que fizesse uma audição!
Ahh! E o quanto desdenho as opiniões do senhor Silveira!! [parei aqui por outros posts]
Opiniões?!! Nem devíamos lê-las!!
A pessoa que vai indisposta para o Teatro, que vai com o objectivo único de procurar, de encontrar (inventar!) o erro, a falha, não merece ser lida/ouvida!
Caros Senhores, Paulo...,
Perdão, se disse, se me entusiasmei como não devia.
A verdade é que estou cansada de ver a Casa, a Casa Mágica!, aquela em que tudo é possível..., de sabê-la a decair. Decair.
E isto, hoje, foi de mais!
Depois de ler no blogue da Gi, também comecei a ouvir... e depois desisti. As cordas davam-me "alfinetadas" nos ouvidos, para não falar nas vozes, claro está. Como prezo a qualidade dos meus serões (e, particularmente, a saúde dos meus ouvidos) desisti... e desculpem lá continuar a utilizar a comparação do restaurante, mas das duas uma: ou o "restaurante" tem livro de reclamações e o utilizador deixa a queixa registada (o TNSC não tem, correcto?) ou os clientes deixam de lá ir. Enquanto um "restaurante" mau estiver cheio e (ainda por cima!) com os clientes a aplaudir, continuará com a falta de qualidade, não vai mudar. O que me custa é que este "restaurante" tira dinheiro aos contribuintes, mesmo os que não lá vão...
ResponderEliminarSaudações, Moura Aveirense
Eu não tive oportunidade de ouvir a transmissão da Antena 2, mas, segundo as críticas, parece que a "coisa" não estará a correr muito bem.
ResponderEliminarÉ uma pena, mas é o que temos...
Viva,
ResponderEliminarLancei à pouco um programa na Rádio Zero/podcast, espero que o possa seguir:
http://ornitologia.wordpress.com .
Falo de música, mas a Agrippina e a Salomé do São Carlos ficaram, apropriadamente, de fora.
Saudações ornitológicas,
--
Nuno Pássaro
Caro(a) Mimi, falar das datas dos figurinos é anedótico na apreciação de todo um trabalho cénico. Claro que devido ao analfabetismo musical da maioria da populaça (também cada vez mais rasca) que senta o cú naquelas cadeiras, as orquestras e os maestros saem sempre mais ou menos incólumes dos últimos desastres e toca a desancar no que enche o olho, neste caso, as saias...Mas até um ouvido incauto, nesta Agrippina, percebe que por exemplo o baixo-continuo se perdeu, que as teclas estão completamente arítmicas e sem expressão, que nas intervenções de conjunto cada um toca a seu tempo (orquestra vs. contínuo barroco), que muitas vezes parece o concerto do coreto, que as opções de corte e costura ( sim porque a música foi amputada ) são mais que duvidosas, que o maestro se pela por uns quantos segundos de harmonia que seja, mas esta não anda lá, enfim, mesmo que sem conhecimentos musicais, experimente várias versões de outras tantas arias disponíveis no Youtube, e descubra...as semelhanças.
ResponderEliminarSr. Jose Mlinsky
ResponderEliminarTenho lido os seus textos e tenho uns comentarios a fazer-lhe.
Eu fui ver a Agrippina na sexta e fui com a partitura da mesma para verificar atentamente os erros musicais. As cordas, mais concretamente os violinos e as violas, estavam desafinadissimos e super descoordenados, o tal cello barroco mal se ouvia e por um naipe inteiro de violoncelos e outro de contrabaixos a fazerem o continuo altera completamente o conceito barroco de baixo continuo e abafa os outros instrumentos. Os sopros mesmo assim nem estiveram mal bem como os trompetes. Nem vou falar das vozes porque so a Coku se conseguiu safar.
Agora pergunto-lhe:
Sera justo pagar um preço elevadissimo por um bilhete para assistir a um espetaculo que nem vale a gasolina que gastei para ir de minha casa ao Sao Carlos?
E ainda por cima ter que levar com uma encenaçao ao estilo de Manuel de Oliveira? Nao, claro que nao!
E o mais frustrante e que o sr. Dammann fica-se a rir e a beber champanhe com os amigos pago com o dinheiro dos pobres que todos os meses, na esperança da proxima opera prestar para alguma coisa, dirigem-se ao Sao Carlos.
Claro que nao estou a culpa-lo nem a qualquer outro musico, estou sim a criticar os dirigentes desta suposta casa de opera que apresenta espectaculos que cada vez mais se vao assemelhando a audiçoes de um conservatorio da provincia.
Olá Paulo
ResponderEliminarDesconhecia o seu blogue e twitter.
Bem vindo ao Bioterra.
Abraços
Amigo Anónimo,
ResponderEliminarnão precisa de ser rude.
Antes de mais, as datas dos figurinos, para que quem não esteve na sala e os não viu possa fazer, e tão condicionadamente eu sei - dois séculos de roupa... é muita roupa!, uma pequena, tão pequena ideia do que se viu. E precisando: a ideia, li, foi a de trazer Agrippina à opulência napoleónica. Depois, não desanquei as saias, foi mesmo a única coisa de que gostei. De qualquer forma, há-de concordar comigo, não?: que cantor pode estar confortável naquelas vestimentas? E, se espreita o desconforto, a voz onde está, se não está a técnica?! Ouviu o lamento de Ottone, não ouviu?
É bem verdade que não possuo o conhecimento, o palavreado, os meios, mas - Henrique?, não se chama Henrique, não?! - se há coisa que não sou é surda. E se há coisa que não fez foi ler para além do que o chocou.
Fico contente porque, juntos - a populaça e a fidalguia -, conseguimos A CRÍTICA!
Sendo a Ópera um espectáculo... completo, continuarei a falar dela num sentir inteiro! Porque não vou apenas para ouvir os cantores ou a orquestra, para seguir à risca uma partitura!, "ahh!, que fífia!!", para me deslumbrar com as saias, com as luzes, mas... pelO TODO, pelo turbilhão de emoções, pelO BELO que, naquela Casa, foi já muito dourado.
Se o não é hoje, não é pela Orquestra decerto!
Goze bem as suas árias!
Mimì
Paulo, desculpe.
Ora ainda bem que há alguma discussão!!!E eu ainda tenho de sofrer mais duas récitas.
ResponderEliminarVamos começar:
Caro anónimo,
Raramente as orquestras saem incólumes.Os maestros...quase sempre!
O baixo continuo perdeu-se!Porquê?Se somos todos entendidos na coisa fácilmente se percebe que as "tropelias" e enganos dos cantores,que são,digamos...infelizes ,fizeram o pobre homem passar um mau bocado.São 2:30 de música,sempre a serrar.As cordas não estão juntas...!Hummm!Só em disco é que tudo é perfeito e além disso custa a crer que tenha sido assim toda a récita,mas respeito a sua opinião.Houve "junções" e "disjunções".E também andei no Youtube e logo a primeira que apanhei(em Paris)levei logo com desafinação nas cordas nalgumas árias e na abertura a orquestra também não está junta.Portanto,não somos os únicos a errar!Os CANTORES!!!!Esses sim!!!!!Fabulosos!
Caro Tiago,
Com todo o respeito,quando vou ver concertos ou óperas,a partitura fica em casa.Vou ver o espectáculo no seu todo, e não procurar erros.Como pode apreciar uma passagem de um andamento ,ou uma ária ,se está concentrado na linha dos violinos deixando tudo resto?
O naipe inteiro de violoncellos são...2!!!Um terceiro toca de vez em quando!O naipe inteiro de contrabaixos são...1!O outro toca de vez em quando.
É verdade que o conceito,o estilo,e tudo o mais que seja barroco foi alterado,mas aí é a direcção( muuuiiito fraquiiiinnhhhaaaaa) do Teatro que é irresponsável.6f a récita não foi grande coisa.Eu sei que não pode nem deve acontecer mas às vezes as coisas não saem como nó queremos.Decerto que isso também lhe acontece.Se os cantores(aquilo não são contratenores,são contratempos)fossem bons,garanto-lhe que tudo mudaria.Mas a culpa não é deles...é de quem os contratou!!!! .Concordo que os bilhetes são caríssimos( já senti isso no meu bolso) e acho isso inadmissível,mas eu também já paguei caro para ir ver espectáculos dos quais não gostei nada.Por isso compreendo perfeitamente o seu ponto de vista e da minha parte,como interveniente no espectáculo,só lhe posso dizer que fiz tudo o que podia.Não chegou...peço-lhe desculpa!Sem querer ofender,e se fôr caso disso,apresento desde já as minhas desculpas,mas o seu discurso é muito parecido com o do Doutor Henrique Silveira.Partitura nos concertos,Dammann e champanhe,conservatório de provincia...!Mas...caro Tiago,tudo dito de uma forma educada e inteligente e com razão em muita coisa.
Obrigada pelos seus comentários
P.S. qualquer dia também vou falar de rsetaurantes.
Há cada vez menos "indecisos"....
ResponderEliminarSr. Jose Mlinsky
ResponderEliminarPor amor de Deus nao me compare ao Henrique Silveira!!!!
Sei que ele tambem traz a partitura e todos esses apetrechos, mas ele é um professorzeco com a mania que conhece todos os membros da Filarmónica de Berlim e que se dá muito bem com o senhor Wagner em Bayreuth, quando na realidade é um músico falhado que não conseguiu vincar nessa área e deve ter portanto como objectivo de vida tentar causar a desgraça a todos os que conseguem tocar alguma coisa. Se lhe servir para consolo, o Henrique Silveira já tocou em alguma orquestra?, ja alguma vez pisou um palco?, esteve dentro do fosso do São Carlos que já tem 200 anos e é dos mais antigos da Europa ainda em uso?, não me parece..
Pessoalmente, concordo em algumas coisas com ele, mas eu sou um simples mortal que tenta apreciar a musica pela qual gasta tanto dinheiro...
Quanto ao baixo contínuo, tem de me desculpar, mas onde eu estava sentado nao se via a orquestra e portanto calculei que tinha sido a sinfónia portuguesa em peso que tinha ido tocar!
De qualquer forma, terça feira ouvi tambem na antena 2 e já me pareceu um pouco mais equilibrada a música. Consegui também para hoje um bilhete e vou ver se a ópera está melhor.
Mas é natural que na estreia saia sempre pior do que passado uns dias...
P.S.: adorei o velório! Aí estao todos de parabéns.
Caro Tiago,
ResponderEliminarMais uma vez peço desculpas pela comparação!Não se zangue comigo!Descreveu lindamente o Doutor Silveira.
Quanto à Agrippina ,vamos sempre melhorando um bocadinho,mas hoje,apesar de me parecer que o público presente gostou e da trupe do Doutor Silveira ter dado mais um buzito,a sensação no fosso era de pouca satisfação pelos resultados.Hoje saí um pouco mais desiludido...!Muitas vezes ,o resultado que passa para fora é bem melhor do que aquele que temos dentro do fosso...Não sei...!Digam de vossa justiça.
Saudações Musicais
Sr.Mlinsky vi o espectáculo da estreia e vi o de hoje (24 de Abril), e o de hoje parecia uma molto sustenita versão da estreia...o tempo muda assim tão radicalmente de récita para récita? E os cantores aguentam-se a este tipo de variações da real gana do Sr Kok? É que realmente fracos já eles são, mas com surpresas destas a saírem do magnânime fosso, a coisa não melhora...
ResponderEliminarCaro Anónimo,
ResponderEliminarÉ verdade o que diz!!!Francamente também fiquei surpreendido!!????Será que foi a pedido dos cantores?Acontece!Ou será que foi opção do maestro Kok?Sinceramente não lhe sei responder!Mas não ajuda a melhorar a coisa...no que diz respeito ao estilo e leveza da música.No entanto, fiquei com a impressão de que orquestra e cantores estiveram mais juntos.Será só impressão minha?É difícil avaliar o "todo" dentro da "fossa"!
Aqui fica a opinião da Gi, que já assistiu à "Agrippina".
ResponderEliminarA ler igualmente a (demolidora) crítica de Jorge Calado, no Expresso de ontem ;)
ResponderEliminarO senhor Calado está ressabiado porque,Pinamonti convidava-o para as digressões que a OSP fazia ao estrangeiro(Itália...por exemplo!!!) onde comia e bebia à borlix.Pinamonti tratava-o bem e agora Dammann tem outras amizades e não lhe liga nehuma.Por isso as críticas desse senhor Calado ,não são isentas,algumas coisas são perfeitos disparates(por muito menos ele pede para se fechar o S. Carlos e eu diria que, já que não podem despedir Calado,fechem o Expresso) e aconselhava-o a ir à ópera e fazer críticas quando estiver sóbrio.Eu também sei muita coisa e não sou burro!!!
ResponderEliminarIsto não significa que eu esteja a defender a actual direcção do TNSC pela qual eu tenho muito pouco simpatia.
Saudações musicais
Viva. Fiz há pouco um comentário com um erro ortográfico. Que isso não impeça os leitores deste animado blog de ouvirem o Ornitologia.
ResponderEliminarNuno Pássaro,
ResponderEliminarNão impedirá, certamente. Eu já o ouço.
Parabéns pelo Ornitologia.
Aproveito a deixa para agradecer a todos os que vêm animar o valkirio.
Realmente a crítica do Calado é muito medíocre, porque quase decalcada a papel químico da do Seabra, basta comparar.
ResponderEliminarCaro Sr. Jose Mlinsky
ResponderEliminarFui na sexta pela segunda vez ver a ópera e sinceramente a orquestra pareceu-me muito mais coordenada do que na semana passada, embora aquela direcção do Kok continue a ser muito superficial.
Aquele suposto "cantor" Manuel Brás da Costa é que canta sempre como se tivesse sofrido um pontapé no meio das pernas e eu fui um dos que apupou no final da récita quando ele veio agradecer.
Eu não percebo tambem a relutância dos críticos em aceitar o Velório do Côrte-Real, porque eu adorei e acho que está muitíssimo bem feito.
Tabem reparei que nesta sexta o público gostou muito mais, embora alguns tenham saído a meio da récita e no intervalo ouvi falar muito mal dela. Mas pelos vistos era só paleio, porque no final quase todos aplaudiram entusiasticamente.
P.S.: Sua excelsa pessoa, o exmo. Sr. Professor Doutor Henrique Silveira atribuiu à performance da estreia, no programa da antena 2 "Preto no Branco", um 0 numa escala até 20...