25.7.14

Mais logo, na RTP 2

O concerto/homenagem a Elisabete Matos, que teve lugar no passado sábado no Festival ao Largo, vai ser transmitido hoje na RTP 2, às 23:06, após um documentário sobre a cantora.

No concerto da véspera, que quase chegou a não acontecer devido a uma chuvinha que, quando viu que ninguém arredava pé, decidiu desistir, foi assim:


20.7.14

Diecimila anni alla nostra Elisabete

Quem foi ao Largo pôde assistir a um concerto que foi uma homenagem a Elisabete Matos verdadeiramente extraordinária. Felizmente, Jorge Rodrigues avisou-nos logo no início que devíamos apertar os cintos de segurança. Após a abertura de La Forza del Destino, o voo começou com o Te Deum de Tosca por Sergei Leiferkus. Contou-nos Jorge Rodrigues que, quando ele foi convidado a participar no concerto, respondeu: "Elisabete Matos? Of course, I love her". Ouvir este grande senhor no Largo de São Carlos foi um privilégio enorme. E seguiu-se um longo excerto do II acto de Tosca. A Matos e Leiferkus juntaram-se Paulo Ferreira, Marco Alves dos Santos e Manuel Rebelo. Mais um privilégio: ouvir Paulo Ferreira finalmente em Lisboa; ele, que tem feito carreira essencialmente em teatros alemães e austríacos. Todo o drama de Tosca esteve ali: a perfídia de Scarpia, a dor do torturado Cavaradossi, o desespero de Floria Tosca, que nos deu um Vissi d'arte de ir às lágrimas.

(Do FB de Elisabete Matos)

Pequena pausa para acalmarmos os ânimos, com o intermezzo de Manon Lescaut, e passámos para Turandot, a última ópera de Puccini. Dora Rodrigues interpretou a célebre ária de Liù, Tu che di gel sei cinta, e Elisabete Matos voltou ao palco para cantar o que é um dos papéis mais extraordinários da História da Ópera e que parece ter sido escrito e composto a pensar nela e na sua voz. No concerto de sábado, Elisabete fez o que parecia impossível: superou-se a si própria, e à actuação da véspera, e a sua Turandot foi ainda mais... (agora escolham o adjectivo, porque eu já não tenho). Vejam na RTP 2, na próxima sexta-feira, 25 de Julho. Destacar momentos altos da sua Turandot é difícil, porque são todos. In questa reggia é de antologia, a cena dos enigmas também, frases como Percuotete quei vili! enchem-nos de pânico.
Mais uma vez, convém notar que Elisabete Matos esteve belissimamente acompanhada pelo Calaf de Paulo Ferreira, pela Liù de Dora Rodrigues, pelo Altum de Marco Alves dos Santos, pela Orquestra Sinfónica Portuguesa, pelo Coro do Teatro Nacional de São Carlos, pelo Coro Juvenil de Lisboa e pelo maestro John Neschling. Bravi tutti! Com um elenco destes, muitas ópera poderiam ser feitas em São Carlos. Se me deixassem mandar...

Final do concerto de sexta-feira (foto de A. Nunes)

16.7.14

A Matos por cá

Ainda mal refeito das sensações do recital soberbo de Elisabete Matos, Sergei Leiferkus e Artur Pizarro no Palácio de Queluz, a encerrar o Festival de Sintra no passado dia 11. Foi uma noite de canções de Rachmaninov e Tchaikovsky cantadas e tocadas a preceito, um serão de canto e piano inesquecível para quem lá esteve. Espero que Elisabete e Artur se juntem novamente e com frequência; fazem uma dupla excelente e o entendimento entre a cantora e o pianista é notável. Bravi tutti!

Durante os ensaios, no Salão Nobre do Teatro de São Carlos (a foto possível)

E eis que se aproxima um dos grandes acontecimentos do Festival ao Largo deste ano. Nos dias 18 e 19 (sexta-feira e sábado), quem manda é Puccini. Trata-se de uma homenagem a Elisabete Matos, com o coro do TNSC e a Orquestra Sinfónica Portuguesa sob a direcção de John Neschling. Tosca e Turandot respondem à chamada e com Elisabete estarão Sergei Leiferkus, Dora Rodrigues, Paulo Ferreira, Marco Alves dos Santos e Manuel Rebelo. Naturalmente, a não perder.

Elisabete Matos (Tosca) e Sergei Leiferkus (Scarpia) em Santiago do Chile

5.7.14

Irene Linda

Ontem à noite Irene Lima tocou Don Quixote, de Richard Strauss, com a OSP no Festival ao Largo. Violoncelista de alto calibre, como é sabido, é pena não a vermos mais vezes como solista. Se não foi, não perca logo às 21h30. Ela repete.

E o valkirio hoje tem direito ao seu momento "Caras", porque Irene Lima estava linda, com o vestido que Pilar del Rio usou em Estocolmo na cerimónia de entrega do Nobel a Saramago. Foi também esse mesmo vestido que Irene usou, a pedido de Pilar del Rio, quando tocou Bach na cerimónia fúnebre de José Saramago que teve lugar na Câmara Municipal de Lisboa.

Em O Evangelho Segundo Jesus Cristo, Maria Madalena diz "Olharei a tua sombra se não quiseres que te olhe a ti", ao que Jesus responde "Quero estar onde a minha sombra estiver, se lá é que estiverem os teus olhos". São estas as palavras bordadas na base do vestido.

25.6.14

Ao Largo 2014



O palco já está a ser montado junto ao Teatro de São Carlos para o 6º Festival ao Largo, que este ano decorrerá de 27 de Junho a 27 de Julho.

Comemoram-se os setenta anos de profissionalização do Coro do TNSC e Fiorenza Cossotto, escolhida para madrinha, será homenageada por ele no dia 26, às 15h30.
  • Os primeiros concertos no palco ao Largo, a 27 e 28, contam com a presença do Coro do TNSC e da OSP, dirigidos por Giovanni Andreoli, e também do Coro Juvenil de Lisboa, dirigido por Nuno Margarido Lopes.
Seguem-se concertos com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, a Banda Sinfónica da Guarda Nacional Republicana, a Orquestra Chinesa de Macau, entre outras. A programação está toda aqui e deixo apenas alguns destaques:
  • Poemas Sinfónicos (4 e 5 de Julho) - Entre outras obras, ouviremos Dom Quixote, de Richard Strauss, por Irene Lima, com a OSP e a direcção de Emil Tabakov.
  • Homenagem a Elisabete Matos (18 e 19 de Julho) - Cenas de Tosca e Turandot, com a participação de Elisabete Matos, Dora Rodrigues, Sergei Leiferkus, Paulo Ferreira, Marco Alves dos Santos, Coro do TNSC, Coro Juvenil de Lisboa e OSP. A direcção musical é de John Neschling.
  • Companhia Nacional de Bailado (25, 26 e 27 de Julho) - A encerrar o Festival, Orfeu e Eurídice, de Gluck, com a coreografia de Olga Roriz.
O Festival ao Largo conta este ano com o patrocínio do Millennium bcp e parcerias com os festivais de música de Sintra, do Estoril e de Alcobaça. O que ainda não se sabe é se o Millennium bcp continuará a apoiar o TNSC na próxima temporada.

22.6.14

Príncipe Real

Os Amigos do Príncipe Real chamam novamente a atenção para os riscos que correm o Jardim do Príncipe Real e o Reservatório da Patriarcal no caso de o projecto de construção do parque de estacionamernto subterrâneo seguir em frente. Foi lançada uma petição, que deve ser assinada aqui.


5.6.14

Sintra 2014

Foi hoje apresentado o programa do próximo Festival de Sintra, a decorrer de 20 de Junho a 11 de Julho em locais como o Centro Cultural Olga Cadaval, as Quintas da Piedade, do Ramalhão e da Penha Longa e o Palácio de Queluz.
O tema central é a Universalidade do Romantismo e o concerto inaugural, com a OSP dirigida por Álvaro Cassuto, é dedicado a Vianna da Motta. O Palácio de Queluz será o palco do encerramento do festival, com uma noite de música russa interpretada por Elisabete Matos, Sergei Leiferkus e Artur Pizarro. É pôr na agenda.

Consulte o sítio oficial do Festival.


4.6.14

"Norma"

Mais logo, estreia "Norma" no Teatro de São Carlos. Com repetição nos próximos dias 6 e 8.

Norma Dimitra Theodossiou
Oroveso Wojtek Gierlach
Pollione Alejandro Roy
Flavio Bruno Almeida
Adalgisa Patrizia Biccirè
Clotilde Catia Moreso


CORO DO TEATRO NACIONAL DE SÃO CARLOS
Maestro titular Giovanni Andreoli

ORQUESTRA SINFÓNICA PORTUGUESA
Direção musical Speranza Scappucci

18.5.14

Ainda La Gioconda #2

Na estreia foi assim:






16.5.14

Ainda La Gioconda #1

(No FB do Teatro de São Carlos há mais)

E a segunda noite foi mais um sucesso estrondoso, com uma Elisabete Matos arrebatadora.

14.5.14

La Gioconda em São Carlos


Foto de ensaio (©)

Uma breve nota sobre "La Gioconda" que ontem estreou em São Carlos: um sucesso estrondoso, como se esperava. Elisabete Matos esteve deslumbrante, num papel que parece ter sido talhado para ela. Desde o início, ela É Gioconda. E no IV acto, com um suicidio que traz a casa abaixo, consegue ultrapassar-se a si própria e é sublime. Porém, há um pequeno momento que é da mais pura filigrana: o seu Enzo adorato, ah, come t'amo! Inesquecível.

Parabéns a todos, orquestra, coro, maestro e restantes solistas, pelo feito notável de terem conseguido montar esta ópera com tão pouco tempo de ensaios.

Os mais renitentes à apresentação de óperas em versão de concerto que se cuidem. É que cantores de um certo calibre conseguem transmitir mais emoção cenicamente numa versão como esta do que muitos em versões encenadas.

5.5.14

José Carlos Araújo à conversa com Jorge Rodrigues

José Carlos Araújo na Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves (Abril de 2013)

Jorge Rodrigues falou há dias com José Carlos Araújo a propósito do projecto da gravação integral da obra para tecla de Carlos Seixas. Em jeito de Ritornello, aqui fica a entrevista e a Sonata K. XIV, em fá sustenido menor, gravada no cravo Antunes, como consta no CD III. O sétimo será lançado brevemente, também na colecção melographia portugueza.








7.4.14

A 2ª de Mahler

Joana Carneiro (©)

É só para dizer que tivemos direito a uma Ressurreição extraordinária. A obra, absolutamente esmagadora, foi magnificamente dirigida por Joana Carneiro. A Orquestra Sinfónica Portuguesa, o Coro do Teatro Nacional de São Carlos e as solistas Dora Rodrigues e María José Montiel estiveram em plena sintonia com a música de Mahler. Foi lindo de ver e no final o público explodiu aplaudindo de pé.



No entanto, o que aconteceu ontem no CCB é i-na-cei-tá-vel. Durante uns bons quinze minutos após o início do concerto, foram entrando e sendo sentadas dezenas de pessoas na plateia, acompanhadas pelo cochichar do pessoal de sala. Não adianta pedir muito claramente aos espectadores que desliguem os telemóveis em vez de os deixarem no silêncio porque os ecrãs e as vibrações perturbam os artistas e o restante público, e logo a seguir destruir a audição de metade de um andamento. Não foi a primeira vez que isto aconteceu no CCB. Parece tratar-se de um problema crónico lá para os lados de Belém.


5.4.14

Ressurreição

Amanhã há Mahler no CCB.


Com Dora Rodrigues (soprano), María José Montiel (meio-soprano), o Coro do Teatro Nacional de São Carlos e a Orquestra Sinfónica Portuguesa, sob a direção de Joana Carneiro.

2.4.14

Arménia


Vem das mãos da Helena Araújo e do Ricardo Espírito Santo, o que é o mesmo que ter um carimbo de qualidade garantida. Ambos idealizaram e realizaram um documentário sobre a Arménia e o genocídio do povo arménio, sobre o qual passam cem anos em 2015. A Fundação Gulbenkian apoiou e a estreia está prevista para Outubro. Já podemos ver as primeiras imagens. Belíssimas.
Em 2015, 'celebra-se' o centenário do genocídio do povo arménio.
É uma história extraordinária que não pode nem deve ser esquecida.
O nosso enfoque será muito pouco bélico, antes mergulhar na cultura arménia e, dessa forma, partilhar a resiliência dum povo admirável.
Ricardo Espírito Santo

7.3.14

Études-Tableaux (e Sonata nº 2) - Rach

Artur Pizarro e o Professor Campos Coelho (© Artur Pizarro)

Para quem não pôde ouvir Artur Pizarro na Gulbenkian, aqui fica um cheirinho: Études-Tableaux Nºs 1 , 6 e 9 , Op. 39.


O recital de piano e tosses foi gravado pela Antena 2. Apesar de Pizarro se ter dirigido aos espetadores (assim mesmo, segundo o novo acordo ortográfico), pedindo-lhes que evitassem tossir ou utilizassem um lenço para abafar o ruído, o público constipado teimava em fazer-se ouvir. As peças que ouvimos aqui foram, de certo modo, poupadas.

Adenda: Também já podemos ouvir o 3º andamento da Sonata Nº 2, Op. 36, versão de 1931.


6.3.14

São Carlos com temporada até Junho

Foi hoje anunciada a programação do Teatro de São Carlos até Junho. Os elencos ainda não estão completos, mas já se sabe que vêm aí Poliuto, La Gioconda (com Elisabete Matos) e Norma, todas em versão de concerto. Destaque ainda para a 2ª sinfonia de Mahler, dirigida por Joana Carneiro, com Dora Rodrigues e Maria José Montiel.


Segundo Tiago Bartolomeu Costa, no Público, Paolo Pinamonti será consultor para a programação do Teatro Nacional São Carlos (TNSC) [por três anos] e não está prevista a nomeação de um director artístico enquanto esta situação se manter. Enquanto esta situação se mantiver, diria eu.

28.2.14

Ciclo Rachmaninov por Artur Pizarro


Ao longo de seis recitais, a terem lugar até ao fim deste ano, Artur Pizarro vai apresentar a integral de Rachmaninov para piano solo. Todos os programas serão estreados no Teatro The Stables (Milton Keynes) e passarão por Saint John's Smith Square (Londres) antes de chegarem a Lisboa. Ouviremos o primeiro programa já na próxima segunda-feira, no novo Grande Auditório da Gulbenkian.
Variações sobre um tema de Corelli, op. 42
Sonata para Piano nº2, em Si bemol menor, op. 36
Études-Tableaux, op. 39

O jornal Público juntou-se à Fundação Gulbenkian para comemorar a reabertura do Grande Auditório e assim nasceu a campanha Música a Dobrar: "na compra de um bilhete para qualquer concerto da temporada Gulbenkian Música 13/14 (até Junho de 2014), receberá um bilhete gratuito para o evento escolhido, desde que apresente este Jornal". A promoção vai até 8 de Março, portanto apresse-se.

E não perca a entrevista que Artur Pizarro deu a Jorge Rodrigues para o Grande Auditório.

IV Exposição e Concurso de Camélias

Amanhã, 1 de Março, das 2 às 7 da tarde, nos jardins do Palácio da Vila. A entrada é gratuita.


Os Jardins do Palácio Nacional de Sintra voltam a receber a Exposição e Concurso de Camélias, organizada pela Parques de Sintra em parceria com a Associação Portuguesa de Camélias e agora na sua quarta edição.

O concurso conta não só com camélias das Quintas Históricas de Sintra, camélias dos Parques sob gestão da Parques de Sintra e de produtores de camélias nacionais, mas também este ano com expositores espanhóis. Atribuem-se prémios aos melhores classificados nas categorias de “Melhor Camélia” e “Melhor Variedade Histórica”.

As Cameleiras em flor, que abrilhantam os jardins e quintas de Sintra todos os anos de Outubro a Abril, tornaram-se o ex-libris do inverno sintrense, sendo motivo de bailes e festas.

Desde 2009, a Parques de Sintra tem vindo a desenvolver o estudo, classificação e recuperação da extensa coleção de camélias do Parque da Pena, que inclui mais de 2.250 exemplares, concentrados principalmente em quatro locais: Jardim das Camélias, Jardim Rainha D. Amélia, Jardim da Condessa d’Edla e Alto do Chá. Este inventário incluiu o mapeamento em sistemas de informação geográfica, a identificação botânica das espécies e, por fim, a identificação das variedades representadas na coleção. Atualmente estão identificadas 285 variedades pertencentes a 5 espécies diferentes: Camellia japonica, Camellia reticulata, Camellia sasanqua, Camellia sinensis e Camellia rusticana.

14.2.14

O regresso do Grande Auditório

(©)

Está quase. Amanhã, 15 de Fevereiro, o Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian regressa ao contacto com o seu público. Foram cerca de oito meses de obras para renovar a melhor sala de concertos do país, dotando-a de condições técnicas, acústicas e de conforto mais de acordo com o século XXI e, ao que parece, sem a descaracterizar. A antiga canópia (estrutura sobre o palco) foi substituída por uma mais leve que abre um vasto campo de novas possibilidades técnicas, tornando a sala mais versátil, perfeitamente adaptada a receber não apenas uma programação musical, mas também cinema, conferências ou teatro, além de produzir melhoramentos acústicos. Esta será a alteração mais visível (via FCG).

Adenda: Entretanto, Jorge Rodrigues regressa também com as propostas da programação do Grande Auditório, a ouvir no podcast semanal.

(©)


Pode consultar aqui o programa da festa de reabertura.

8.2.14

Viaje a Reims



Se quer passar umas horas divertido e bem-disposto, aproveite a caravana que parte para Reims amanhã e no dia 11. É um não-rossiniano convicto quem lho diz.
Ontem à noite, o Teatro de São Carlos estava praticamente cheio e, apesar de um ou outro ponto menos positivo, a noite foi boa.

Cristiana Oliveira e Luís Rodrigues

Gostaria apenas de realçar alguns dos melhores aspectos de "Il Viaggio a Reims": a encenação de Emilio Sagi, a direcção da maestrina Yi-Chen Lin (que já dirigiu a obra em Pesaro), os solos de Eduarda Melo, um grande momento buffo de Luís Rodrigues, mais um pequeno dueto de Luís Rodrigues e Cristiana Oliveira. São dezassete cantores em cena, quase todos portugueses, que se divertem bravamente a fazer esta ópera. Vaut le détour.

Eduarda Melo



Brokeback Mountain #2


Se quiser ver como é afinal a ópera dos pastores, a medici.tv já a tem disponível. Se lhe for pedido que se registe, não se assuste. É grátis.


5.2.14

O Schumann de Maria João Pires em Londres

Quem é amigo, quem é? Ora ouvejam aqui o Concerto de Schumann, que Maria João Pires tocou há dias com a Orquestra Sinfónica de Londres e Sir John Eliot Gardiner no Barbican Hall. Do programa constavam também a Abertura As Hébridas (‘Gruta de Fingal’) e a Sinfonia nº 3, Escocesa, de Mendelssohn.




29.1.14

Brokeback Mountain #1

Teve ontem estreia mundial em Madrid, no Teatro Real, a ópera Brokeback Mountain, de Charles Wuorinen, com libreto de Annie Proulx, autora da novela que deu origem ao filme de Ang Lee. Daniel Okulitch e Tom Randle são Ennis del Mar e Jack Twist.

O Arte Live Web já pensou em quem não pode ir num instante ali a Madrid e vai transmitir em directo a récita de 7 de Fevereiro às nossas 19h00. A Medici.tv também. É pôr na agenda.

Os críticos que já lá estiveram não são unânimes: The Guardian, The New York Times, El País, El Mundo.

Eis algumas imagens emprestadas pelo Teatro Real.







23.1.14

No Silêncio de uma Nota

(©)

Um documentário de 2008 sobre a arte de Maria João Pires, com depoimentos do irmão Hugo, da filha Joana, de António Vitorino de Almeida, Jorge Rodrigues, Carla Seixas, Adriano Jordão, Rui Vieira Nery e muitos outros.


20.1.14

Maestra

O mandato da nova maestrina titular da Orquestra Sinfónica Portuguesa não podia ter começado melhor. Antes de dirigir a peça de abertura do concerto, perante uma sala cheia que deu gosto ver, Joana Carneiro (directora musical da Berkeley Symphony desde 2009 e maestrina convidada da Orquestra Gulbenkian) dirigiu-se ao público, manifestando a honra que sente por ter sido convidada para o cargo e a esperança num "novo ciclo verdadeiramente positivo" (aplausos). Oxalá a sua voz chegue ao sítio certo. Depois falou também com Luís Tinoco, que explicou em breves palavras a história de Before Spring, uma obra estreada em 2010 no CCB, na sua versão original para orquestra de câmara, como abertura à Sagração da Primavera (na coreografia de Olga Roriz). Joana Carneiro pediu ao compositor que adaptasse este tributo à Sagração para a versão sinfónica que se ouviu ontem pela OSP.


A obra de Luís Tinoco pareceu-me muito interessante. Sem mostrar referências óbvias a Stravinsky, sentíamos aqui e ali de onde vinham certos acordes. Perto do final, alguns músicos saíram do palco para se colocarem em diversos pontos da sala, criando um curioso efeito sonoro. Sabendo da apetência de Joana Carneiro pela música contemporânea, era de esperar, como se verificou, um bom resultado.

Passando a Beethoven, ouvimos uma Grande Fantasia Coral com Artur Pizarro na sua melhor forma (o Steinway do São Carlos com um som esplendoroso) e a orquestra, o coro e os solistas totalmente empenhados e a uma só voz. Quanto a Pizarro, resta-nos esperar o seu regresso a Lisboa, já em Março, a iniciar a integral das obras para piano de Rachmaninov no novo Grande Auditório da Gulbenkian.

Na segunda parte do programa ouvimos a Sinfonia nº 6, Pastoral. E Joana Carneiro levou a OSP a transcender-se, produzindo um som limpo e brilhante a que não estávamos habituados. Mais uma vez se prova a qualidade da Sinfónica Portuguesa, desde que tenha um maestro à altura. No final do concerto, o público aplaudiu com um entusiasmo sentido e verdadeiro. Alguém dizia que Joana Carneiro devia ser promovida a maestra, pois maestrina é pouco para ela. Concordo.

Só podemos desejar que tudo lhe corra de feição, já que a orquestra e o coro estiveram a um nível de grande qualidade, respondendo sempre com precisão aos seus gestos claros e seguros, dando prova da empatia que já se gerou entre ela e os corpos artísticos da casa. Ou, pelo menos, assim parece.

Claudio Abbado partiu hoje. Descanse em Paz


18.1.14

Grão a grão...

o Teatro de São Carlos vai-nos deixando saber o que aí vem. Já a seguir, em Fevereiro, toca-nos Il Viaggio a Reims, de Rossini. É uma produção do Teatro Real de Madrid em colaboração com o Rossini Opera Festival de Pesaro.


5, 7 e 11 de fevereiro de 2014 20h
9 de fevereiro de 2014
16h


Dramma giocoso em um ato de Luigi Balocchi

Corinna Eduarda Melo
Marquesa Melibea Marifé Nogales
Condessa de Folleville Carla Caramujo
Madame Cortese Cristiana Oliveira
Cavaleiro Belfiore Dempsey Rivera
Conde de Libenskof Vassilis Kavayas
Lord Sidney Francisco Tójar
Don Profondo Luís Rodrigues
Barão de Trombonok Diogo Oliveira
Don Alvaro João Merino
Don Prudenzio Nuno Dias
Don Luigino João Sebastião
Delia Bárbara Barradas
Maddalena Ana Ferro
Modestina Carolina Figueiredo
Zefirino/Gelsomino Bruno Almeida
Antonio João Oliveira

Encenação e cenografia Emilio Sagi
Figurinos Pepa Ojanguren
Desenho de luz Eduardo Bravo
Direção musical Yi-Chen Lin
ORQUESTRA SINFÓNICA PORTUGUESA
Maestrina titular Joana Carneiro

9.1.14

Joana Carneiro e Artur Pizarro


Temporada propriamente dita ainda não há, mas o Teatro de São Carlos já tem um concerto agendado com Artur Pizarro e a maestrina Joana Carneiro para dia 19 de Janeiro, às 18h00.
Os bilhetes já estão à venda e o programa é assim:
Luís Tinoco
Before Spring
«
a tribute to the Rite»

versão para orquestra sinfónica, encomenda do Teatro Nacional de São Carlos

Ludwig van Beethoven
Fantasia Coral, op. 80
I. Adagio
II. Finale. Allegro – Meno allegro (Allegretto) – Allegro moltoAdagio ma non troppoMarcia, assai vivaceAllegroAllegretto ma non troppo quasi andante con moto «Schmeichelnd hold und liebliech klingen» – Presto

Ludwig van Beethoven

Sinfonia n.º 6, op. 68, Pastoral
I. Allegro ma non troppo, «Despertar de sentimentos alegres na chegada ao campo»
II. Andante molto mosso, «Cena à beira do riacho»
III. Allegro, «Alegre reunião de camponeses»
IV. Allegro, «Trovões e tempestade»
V. Allegretto, «Canto do pastor: sentimentos alegres e gratos após a tempestade»

Solistas
Ana Serro, Ana Franco, Natália Brito, Bruno Almeida, João Sebastião, Nuno Dias
Piano Artur Pizarro
Direção musical Joana Carneiro


Orquestra Sinfónica Portuguesa
Coro do Teatro Nacional de São Carlos

Para abrir o apetite...


2.1.14

Um jardim em perigo

Lemos n'O Corvo um texto sobre a degradação acelerada do jardim do Príncipe Real, que, antes da requalificação, era um dos mais belos de Lisboa. Pedro Lérias, entre outros Amigos do Príncipe Real, põe novamente o dedo na ferida. O texto é de Isabel Braga e termina assim:
No Príncipe Real, já não existe o jardim romântico que ali foi construído em 1853, com canteiros cercados por gradeamentos de ferro a proteger uma multiplicidade de plantas, flores e pequenos arbustos, sebes que formavam recantos com alguma privacidade, renques de árvores a toda a volta a formar uma cortina contra o ruído da cidade. Existe um jardim, em espaço aberto e degradação acelerada. Resta esperar que, daqui a algumas décadas, aquela praça não volte a ser o local de entulho que, segundo a Wikipédia, ali existia há 170 anos.
Quando havia flores no Príncipe Real
Feliz Ano Novo