7.4.14

A 2ª de Mahler

Joana Carneiro (©)

É só para dizer que tivemos direito a uma Ressurreição extraordinária. A obra, absolutamente esmagadora, foi magnificamente dirigida por Joana Carneiro. A Orquestra Sinfónica Portuguesa, o Coro do Teatro Nacional de São Carlos e as solistas Dora Rodrigues e María José Montiel estiveram em plena sintonia com a música de Mahler. Foi lindo de ver e no final o público explodiu aplaudindo de pé.



No entanto, o que aconteceu ontem no CCB é i-na-cei-tá-vel. Durante uns bons quinze minutos após o início do concerto, foram entrando e sendo sentadas dezenas de pessoas na plateia, acompanhadas pelo cochichar do pessoal de sala. Não adianta pedir muito claramente aos espectadores que desliguem os telemóveis em vez de os deixarem no silêncio porque os ecrãs e as vibrações perturbam os artistas e o restante público, e logo a seguir destruir a audição de metade de um andamento. Não foi a primeira vez que isto aconteceu no CCB. Parece tratar-se de um problema crónico lá para os lados de Belém.


3 comentários:

  1. Inaceitável, de facto. Mais valia atrasarem o início do concerto.

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    1. Também penso que teria sido preferível.

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  2. Armindo11.4.14

    Perdi esse concerto porque estava nessa tarde num sítio melhor, ali para os lados da Avenida de Berna... Mas o relato do incidente pelo Valkírio pôs-me o sangue a ferver. Por coincidência, tinha recebido há pouco o meu novo cartão de Amigo CCB para 2014-15 e resolvi escrever aos serviços de marketing do CCB para lhes dar feedback. Referindo-me ao texto do Valkírio, convidava o CCB a formular uma politica mais apropriada de gestão dos retardatários. De facto, acreditava então na minha ingenuidade que eles nunca tinham pensado no assunto. Curiosamente, uns dias depois, folheando um calendário do CCB deparei com este aviso: "Seja pontual, pois não é permitida a entrada nas salas após o início dos espectáculos". Portanto existe uma norma, segundo a qual o que se passou no domingo não deveria ter sucedido.

    Hoje recebi a amável resposta do CCB, em que referem os problemas de trânsito e estacionamento na área de Belém nesse dia, devido ao fecho da zona de estacionamento em frente ao Mosteiro dos Jerónimos e à congestão devida à ao Mercado CCB. Reconhecem que a opção que foi tomada de deixar entrar os retardatários provocou alguma perturbação no início do concerto, mas consideram que é uma situação delicada pois é difícil impedir a entrada a quem chega atrasado e vem com expectativa de assistir ao concerto.

    Na resposta, o CCB não indica se a opção de atrasar o início do concerto, dadas as circunstâncias excepcionais, timha sido devidamente considerada e rejeitada. Também não explicam por que razão não se retiveram os retardatários até ao primeiro momento oportuno para os deixar entrar, que seria a talvez primeira pausa entre movimentos. Suspeito que o que tornou a situação especialmnte delicada é que haveria gente de influência nas subvenções do CCB e outros oligarcas entre os retardatários e que para continuar nas boas graças destes teve que se deixá-los entrar e com eles o resto da manada também. Daí a balbúrdia.

    Acho que os espectadores incomodados pelo incidente (sobretudo os que têm cartão Amigo) deviam fazê-lo saber aos serviços de apoio/marketing. A reacção vale o que vale, mas uma coisa é certa, sem feedback as coisas dificilmente irão melhorar por si só.

    Outra ideia: que tal fazer uma vaquinha para lhes pagar uma viagem de estudo à Avenida de Berna?

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