6.4.08

Don Carlos, Infante de Espanha - Schiller na Cornucópia


Recriação poética de Frederico Lourenço
Encenação Luis Miguel Cintra
Cenário e figurinos Cristina Reis
Desenho de luz Daniel Worm D’Assumpção

Distribuição
Duarte Guimarães, José Manuel Mendes, Luís Lucas, Luís Lima Barreto, Luis Miguel Cintra, Márcia Breia, Nuno Casanovas, Nuno Lopes, Rita Durão, Rita Loureiro, Sofia Marques e Vítor de Andrade.

De 10 de Abril a 18 de Maio de 2008
Teatro do Bairro Alto, Lisboa

(...) Frederico Lourenço volta a trabalhar para a Cornucópia com um projecto de sua própria iniciativa: a sua versão do Don Carlos, um dos grandes textos do Teatro Romântico Alemão, mais conhecido pela ópera de Verdi que o utilizou como libreto. É um drama histórico exemplar que recria o reinado de Filipe II de Espanha como sociedade despótica e repressora dos valores da liberdade política e individual. O rei casa com Isabel de Valois, amada do jovem príncipe Don Carlos, herdeiro do trono. O amor do príncipe com aquela que se tornou sua madrasta torna-se impossível. Don Carlos e o seu amigo Rodrigo, marquês de Posa, querem impedir a repressão violenta da revolta na Flandres. São perseguidos como rebeldes pela Inquisição, presente em cena na figura todo poderosa do Grande Inquisidor. Rodrigo sacrifica-se por Don Carlos. (...)


Da ópera "Don Carlos" já falei aqui. Deixo agora o dueto do Infante com o amigo Rodrigo, cantado por Roberto Alagna e Thomas Hampson quando o Théâtre du Châtelet mostrou a versão (quase) integral do original em francês (Paris, 1996).


Dieu, tu semas dans nos âmes
Un rayon des mêmes flammes,
Le même amour exalté,
L'amour de la liberté!
Dieu, qui de nos coeurs sincères
As fait les coeurs de deux frères,
Accepte notre serment.
Nous mourrons en nous aimant!