Mostrar mensagens com a etiqueta Schubert. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Schubert. Mostrar todas as mensagens

22.11.13

Para o dia de Santa Cecília


O recente recital de Maria João Pires e António Meneses na Salle Pleyel, em Paris. Em linha durante os próximos 179 dias.

5.5.13

Fim-de-semana com teclas

O que faria um pianista se de repente lhe aparecesse um insecto não identificado no teclado? Dei comigo a pensar que Artur Pizarro* daria uma gargalhada sonora para o público, encolheria os ombros, enxotaria o bicho e continuaria a tocar; Maria João Pires pararia, sacudiria suavemente o bicho para que ele pudesse seguir o seu caminho e continuaria a tocar, enlevada pelo esvoaçar do animal; e etc., mas se calhar não seria nada assim.

Elisabeth Leonskaja

Elisabeth Leonskaja recolheu os braços levemente assustada, levantou-se, lançou o seu doce sorriso para o público e disse: "I'm sorry, there is something on the piano". Afastou-se por uns momentos, esperou que uma assistente de sala retirasse o bicho de cima do teclado e voltou a sentar-se. O recital continuou sem mais aparições. Era o último do ciclo de Sonatas para Piano de Schubert que a enorme, belíssima e magnífica Elisabeth Leonskaja apresentou no Grande Auditório da Fundação Gulbenkian.
Só me foi possível assistir a este, que provou tratar-se de um momento alto da temporada. A Senhora Leonskaja brilhou nas duas sonatas da primeira parte (D. 279 e D. 625), porém com a última sonata de Schubert (D. 960) hipnotizou o público. Nem tosses houve entre os andamentos. O II então, Andante, foi sublime. Uma interpretação inesquecível.

 Elisabeth Leonskaja num excerto da Sonata D. 845 de Schubert (à falta do Andante da D. 960):

Mas aconteceram-me outras coisas muito boas neste fim-de-semana. Uma delas foi ouvir Partitas de Bach no cravo de José Carlos Araújo, na Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves, aonde voltará nos dias 9 (mais Bach) e 16 (Carlos Seixas), sempre às 19 horas. Tente ir. É ali mesmo entre o Sheraton e a Maternidade Alfredo da Costa. Se não conseguir, sintonize a Antena 2, que transmitirá ambos os recitais em directo.

*Belíssimos os seus concertos (Schumann e Rach 2) nos Dias da Música do CCB.

30.12.12

Maria João Pires e Schubert



O novo disco de Maria João Pires, dedicado a Schubert, está para sair em Fevereiro de 2013. Todavia, para nos aguçar o apetite, a Deutsche Grammophon já deixa ouvir um pedacinho da Sonata nº 16.



(Se a ligação estiver avariada, é ir por aqui.)

18.9.12

Paul McCreesh na Orquestra Gulbenkian



A Fundação Calouste Gulbenkian anunciou há dias que Paul McCreesh será o Maestro Titular da Orquestra a partir da temporada de 2013/14, sucedendo a Lawrence Foster.

McCreesh tornou-se conhecido por cá com a apresentação de obras barrocas e clássicas no CCB, principalmente de Handel e Gluck, com o seu Gabrieli Consort & Players.



 Paul McCreesh com a Orquestra Sinfónica da Rádio Dinamarquesa:


19.5.12

Morreu o Cantor




A morte de Dietrich Fischer-Dieskau, há muito temida, aconteceu. Para mim foi o mais completo cantor da segunda metade do século XX, e consequentemente um dos mais importantes da história. Estou, absolutamente, de luto.

A sua voz de um poder imenso e de uma maleabilidade única, o seu preciosíssimo rigor musical e a absoluta entrega dramática e emocional foram postos ao serviço de um repertório absolutamente avassalador – de Monteverdi a Schnittke, com todo o Bach, todo o Mozart, todo o Wagner, todo o Strauss, muitíssimo Verdi e tantos, tantos italianos, no que diz respeito a ópera e a repertório sinfónico de concerto. Quanto ao universo do “lied” e da “mélodie” é verdadeiramente assombrosa a quantidade de obras que interpretou e imediatamente guindou a leituras modelares.

A sua morte é tanto mais inaceitável porque ele era o cantor imortal – a sua voz coexistiu, de facto, com as de Flagstad, Nilsson, Schwarzkopf, Seefried, Ludwig, Stich-Randall, Rysanek, Callas, Tebaldi, Di Stefano, Corelli, Bergonzi, Bastianini, Wunderlich, Domingo, Kraus, Pavarotti… e, no meio destes, conseguiu reinar durante décadas. Que tempos! Que gloriosos tempos!

Dúvidas? Ouça-se Fischer-Dieskau no “Wandrers Nachtlied I” de Schubert – na gravação com Jörg Demus! – e no Monólogo de Amfortas na gravação dirigida por Solti.

Depois, só resta chorar.

Jorge Rodrigues

Wandrers Nachtlied I D 224 by Fischer-Dieskau/demus on Grooveshark

18.5.12

Dietrich Fischer-Dieskau

O Mundo ficou hoje mais pobre. Julia Varady anunciou a morte do marido, Dietrich Fischer-Dieskau, quando faltavam poucos dias para comemorar 87 anos.


14.7.11

Ganymed

Zeus e Ganímedes, ca. 470 a.C. (Museu de Olímpia), © Editions Palmette

Ganymed por Gérard Souzay:

Wie im Morgenglanze
Du rings mich anglühst,
Frühling, Geliebter!
Mit tausendfacher Liebeswonne
Sich an mein Herz drängt
Deiner ewigen Wärme
Heilig Gefühl,
Unendliche Schöne!

Daß ich dich fassen möcht'
In diesen Arm!

Ach, an deinem Busen
Lieg' ich, schmachte,
Und deine Blumen, dein Gras
Drängen sich an mein Herz.
Du kühlst den brennenden
Durst meines Busens,
Lieblicher Morgenwind!
Ruft drein die Nachtigall
Liebend nach mir aus dem Nebeltal.

Ich komm', ich komme!
Wohin? Ach, wohin?

Hinauf! Hinauf strebt's.
Es schweben die Wolken
Abwärts, die Wolken
Neigen sich der sehnenden Liebe.
Mir! Mir!
In eurem Schosse
Aufwärts!
Umfangend umfangen!
Aufwärts an deinen Busen,
Alliebender Vater!

Goethe/Schubert

Io e ao Perseu dela.)

17.5.10

Matthias Goerne - "Schwanengesang"



O país pára para ver o último episódio da "Gabriela", quando há finais que envolvam a Selecção Nacional e para assistir à Conversa em Família. Imagino que seja essa a razão pela qual ainda há tantos bilhetes disponíveis para o último recital do ciclo de Schubert que Matthias Goerne trouxe à Gulbenkian. Hoje, antes de "Schwanengesang", poderemos ouvir também "An die ferne Geliebte", de Beethoven.
Schubert compôs as canções de "Schwanengesang" poucas semanas antes de falecer, em 1828, e não é certo que as entendesse como um ciclo, ao contrário de Viagem de Inverno e A Bela Moleira, cujos poemas seguem uma narrativa. No entanto, o conjunto das suas últimas canções foi publicado com o título Canto do Cisne e faz sentido apresentá-lo como se de um ciclo, ou de um testamento, se tratasse.
O Canto do Cisne termina* com um poema de Heinrich Heine, aqui na voz de Fischer-Dieskau, um dos mestres de Goerne:


O Sósia

A noite está calma, as ruas tranquilas,
Naquela casa morava o meu amor;
Há muito que ela abandonou a cidade,
Mas a casa permanece no seu lugar.

Está também ali um homem, fitando o alto
E torcendo as mãos no desespero da dor.
Que horror sinto ao ver o seu rosto -
A Lua revela-me o meu próprio vulto.

Oh! Meu sósia, pálido companheiro!
Por que imitas o desgosto de amor
Que me atormentou neste lugar,
Tantas noites, em tempos passados?

(Tradução de Maria Fernanda Cidrais, no programa de sala)

*"Die Taubenpost" é a última canção composta por Schubert, mas não integra a primeira edição de "Schwanengesang".

10.2.10

András Schiff na Gulbenkian

O concerto do próximo Sábado na Gulbenkian encontra-se esgotado, mas há quem tenha dois bilhetes a mais. O programa promete:

ORQUESTRA DE CÂMARA DA EUROPA
ANDRÁS SCHIFF (piano, direcção)

Franz Schubert
Rosamunde: Abertura; entreactos I e III e Música de bailado

Robert Schumann
Sinfonia Nº 1, em Si bemol maior, op. 38, Primavera

Johannes Brahms
Concerto para Piano nº 1, em Ré menor, op. 15

Os interessados deverão contactar o Amor e Outros Desastres.

András Schiff

András Schiff interpreta Impromptu em Lá bemol maior, D 935-Nº 2, de Schubert.

17.1.10

Viagens de Inverno II

A primeira vez que ouvi a Viagem de Inverno ao vivo foi no CCB, ainda ele era uma criança de colo, e cantou-a o tenor Peter Schreier. Se eu fosse uma pessoa organizada, saberia onde se tinha escondido o respectivo programa e agora diria qual foi a hora, o dia, o mês e o ano, e ainda, quem era o pianista que acompanhava Schreier. Enrubesço, mas não me é possível dar essa informação.
Recordo ainda a "Winterreise" de Matthias Goerne e uma outra, menos vulgar, que Nathalie Stutzmann cantou há uns anos na Gulbenkian (Goerne virá também cantá-la à Gulbenkian em Maio; queiram os deuses que até lá a população lisboeta se restabeleça das constipações de Janeiro) .


Rufus Müller

Ontem, novamente no CCB, pudemos assistir a uma belíssima interpretação de uma das obras máximas do Lied por Maria João Pires e Rufus Müller. Enquanto eu recordava a "Winterreise" estática, monolítica, tanto física como vocalmente, que Peter Schreier nos tinha dado no século passado, Rufus Müller trazia-nos uma visão muito mais arrebatadora e emocionante, sem cair no sentimentalismo. O bom gosto ganhou e o público rendeu-se.

12.1.10

Viagens de Inverno I

A Viagem de Inverno de Schubert acaba assim, nesta melancolia gelada, como se a Primavera nunca mais voltasse.
Neste Janeiro, para não nos esquecermos dos rigores, Lisboa oferece duas "Winterreisen" em dois dias seguidos. A 16, no CCB, o tenor Rufus Müller será acompanhado por Maria João Pires. A 17, na Gulbenkian, Christoph Prégardien apresentará uma versão diferente, arranjada por Hans Zender para orquestra de câmara em 1993. Prégardien será acompanhado pelo Remix Ensemble, com direcção de Peter Rundel.



Depois de Lisboa, Maria João Pires seguirá para Portimão, onde voltará a interpretar, a 17, "Winterreise" com Rufus Müller. A agenda da pianista dá-nos conta da tournée com a Orquestra Sinfónica de Londres e Sir John Eliot Gardiner, que passará por Basingstoke, Lisboa, Madrid, Paris, Estugarda, Amesterdão e Londres. Em Lisboa será no dia 26 de Janeiro, no Coliseu dos Recreios.

3.10.09

Anne Sofie von Otter - Rosamunde

Anne Sofie von Otter cantou ontem na Gulbenkian, para quem pôde lá estar, um programa baseado no disco Terezín · Theresienstadt, do qual constam canções de autores judeus que viveram nesse campo de concentração: Pavel Haas, Hans Krása, Erwin Schulhoff, Ilse Weber, Viktor Ullmann e outros. Experimente ouvir um pouco de Ich wandre durch Theresienstadt, de Ilse Weber.

No Câmara Clara do passado Domingo, enquanto os Portugueses faziam zapping entre os vários canais, escutando os vários painéis de comentadores e tentando saber qual das projecções viria a aproximar-se mais do resultado final, Paula Moura Pinheiro, Richard Zimler e João Paulo Esteves da Silva tinham uma interessante conversa sobre a criação artística em Terezín. O programa está disponível aqui.

Entretanto a Lua está cheia e brilha sobre a montanha: Der Vollmond strahlt auf Bergeshöh'n, de Schubert (música de cena para a peça "Rosamunde").

(Meyerbeer1)

3.8.09

À Música

Elisabeth Schwarzkopf
(9 de Dezembro de 1915 – 3 de Agosto de 2006)

(baritonoguapo)


An die Musik

Du holde Kunst, in wieviel grauen Stunden,
Wo mich des Lebens wilder Kreis umstrickt,
Hast du mein Herz zu warmer Lieb' entzunden,
Hast mich in eine bess're Welt entrückt!

Oft hat ein Seufzer, deiner Harf' entflossen,
Ein süßer, heiliger Akkord von dir
Den Himmel bess'rer Zeiten mir erschlossen,
Du holde Kunst, ich danke dir dafür!

Oh arte preciosa, em quantos momentos amargos,
Quando a selvagem roda da vida me apertava,
Acendeste no meu coração a chama do amor,
Me levaste para um mundo melhor!

Muitas vezes um suspiro, fluindo da tua harpa,
Um doce e sagrado acorde vindo de ti,
Me mostrou um céu de melhores tempos.
Arte abençoada, eu te agradeço.

28.5.09

Parabéns, Fischer-Dieskau


Dietrich Fischer-Dieskau faz hoje 84 anos.
(Obrigado, Maria Helena.)


(oakroom48)
Auf dem Wasser zu singen

Mitten im Schimmer der spiegelnden Wellen
Gleitet, wie Schwäne, der wankende Kahn:
Ach, auf der Freude sanftschimmernden Wellen
Gleitet die Seele dahin wie der Kahn;
Denn von dem Himmel herab auf die Wellen
Tanzet das Abendrot rund um den Kahn.

Über den Wipfeln des westlichen Haines
Winket uns freundlich der rötliche Schein;
Unter den Zweigen des östlichen Haines
Säuselt der Kalmus im rötlichen Schein;
Freude des Himmels und Ruhe des Haines
Atmet die Seele im errötenden Schein.

Ach, es entschwindet mit tauigem Flügel
Mir auf den wiegenden Wellen die Zeit;
Morgen entschwinde mit schimmerndem Flügel
Wieder wie gestern und heute die Zeit,
Bis ich auf höherem strahlendem Flügel
Selber entschwinde der wechselnden Zeit.

(Friedrich Leopold zu Stolberg-Stolberg/Franz Schubert)

(Versão do poema em Inglês disponível aqui)

5.5.09

Jonas Kaufmann - Sehnsucht


Born in Munich, July 10, 1969, tenor Jonas Kaufmann has made sensational debuts in recent seasons in many of the world's leading opera houses... Temos tenor.

Em 1817, mais coisa menos coisa, Caspar David Friedrich pintou uma das obras mais representativas do romantismo alemão: "Der Wanderer über dem Nebelmeer" (O viajante sobre o mar de névoa, actualmente na Kunsthalle de Hamburgo).

(imagem daqui)

Esta obra serviu de base à capa do novo disco de Jonas Kaufmann, "Sehnsucht" (Saudade), a sair antes do fim de Maio. Como o título indica, trata-se de um disco com gravações de árias alemãs, de compositores do período romântico e pré-romântico, a saber: Mozart, Beethoven, Schubert e Wagner, com Claudio Abbado e a Mahler Chamber Orchestra.



Veja-se ainda este excerto de "La Traviata", que Kaufmann cantou em Paris com Christine Schäfer, visite-se o seu MySpace e ouça-se In fernem Land, de "Lohengrin".

(leonorafl)

24.11.08

Alfred Brendel - Gulbenkian


A sonata em Si bemol maior, D. 960, foi a última composta por Schubert (1797 – 1828), pouco tempo antes da sua morte. Alfred Brendel vai tocá-la na Gulbenkian, num recital integrado na sua digressão de despedida, que terminará a 18 de Dezembro em Viena.

Domingo, 30 Nov 2008, 19:00 - Grande Auditório

ALFRED BRENDEL (piano)

Joseph Haydn
Variações em Fá menor, Hob:XVII:6

Wolfgang Amadeus Mozart
Sonata para Piano em Fá maior, K.533/K.494

Ludwig van Beethoven
Sonata para Piano N.º 13, em Mi bemol maior, op. 27 n.º 1

Franz Schubert
Sonata para Piano em Si bemol maior, D. 960


Brendel em Londres (Middle Temple), em 1988.

(lovethepiano)

4.2.08

La Folle Journée de Nantes 2008

"Schubert dans tous ses états"

Schubert retratado por Kupelwieser, 1813

Como já não temos direito à Festa da Música, o canal Arte, em colaboração com a France Musique, disponibiliza para nós alguns dos concertos que tiveram lugar em Nantes. Uma das obras-primas de Schubert (1797-1828) é o quinteto de cordas D.956, que podemos ver aqui, interpretado pelo Quarteto Prazák com Sonia Wieder-Atherton (violoncelo). Sempre ficamos a saber como foi.

22.12.07

A Longa Viagem do Inverno

Though I have worked very hard at the "Winterreise", every time I come back to it I am amazed not only by the extraordinary mastery of it, but by the renewal of the magic: each time, the mystery remains.

Benjamin Britten, 1964

O ciclo de canções "Winterreise", de Schubert (1797-1828), já aqui tinha entrado, por outras razões e com Dietrich Fischer-Dieskau. Hoje está de volta, trazido por Benjamin Britten e Peter Pears.


Wasserflut

Manche Trän' aus meinen Augen
ist gefallen in den Schnee;
seine kalten Flocken saugen
durstig ein das heiße Weh.

Wenn die Gräser sprossen wollen,
weht daher ein lauer Wind,
und das Eis zerspringt in Schollen,
und der weiche Schnee zerrinnt.

Schnee, du weißt von meinem Sehnen.
Sag, wohin doch geht dein Lauf ?
Folge nach nur meinen Tränen,
nimmt dich bald das Bächlein auf.

Wirst mit ihm die Stadt durchziehen,
muntre Straßen ein und aus.
Fühlst du meine Tränen glühen,
da ist meiner Liebsten Haus.

Wilhelm Müller

Torrente

Muitas lágrimas dos meus olhos
caíram sobre a neve.
Os flocos frios, sedentos,
bebem a dor ardente.

Quando as ervas querem nascer,
sopra um vento morno,
o gelo desfaz-se em pedaços
e a neve macia derrete.

Neve, tu conheces o meu desejo.
Diz, por onde vai a tua torrente?
Se seguires as minhas lágrimas,
o ribeiro leva-te daqui.

Percorrerás com ele a cidade
e as ruas alegres.
Quando sentires o ardor das minhas lágrimas,
aí é a casa da minha amada.

14.7.07

Régine Crespin

Em dia de França, aqui fica a homenagem a uma das maiores cantoras francesas do séc. XX, que nos deixou no passado dia 5, aos 80 anos de idade: Régine Crespin.
Foi uma grande Marechala ("O Cavaleiro da Rosa" de Richard Strauss), foi Dido ("Os Troianos" de Berlioz) e foi uma grande wagneriana: Kundry ("Parsifal"), Elsa ("Lohengrin"), Sieglinde e Brünnhilde ("A Valquíria")...

Soir, Gabriel Fauré


Voici que les jardins de la nuit vont fleurir.
Les lignes, les couleurs, les sons deviennent vagues;
Vois! le dernier rayon agonise à tes bagues,
Ma soeur, entends-tu pas quelque chose mourir?

Mets sur mon front tes mains fraîches comme une eau pure,
Mets sur mes yeux tes mains douces comme des fleurs,
Et que ton âme où vit le goût secret des pleurs
Soit comme un lys fidèle et pâle à ta ceinture!

C'est la pitié qui pose ainsi son doigt sur nous,
Et tout ce que la terre a de soupirs qui montent,
Il semble, qu'à mon coeur enivré, le racontent
Tes yeux levés au ciel, si tristes et si doux!

(Albert Victor Samain)


Lachen und Weinen, Schubert


Lachen und Weinen zu jeglicher Stunde
Ruht bei der Lieb auf so mancherlei Grunde.
Morgens lacht ich vor Lust,
Und warum ich nun weine
Bei des Abends Scheine,
Ist mir selb' nicht bewußt.

Weinen und Lachen zu jeglicher Stunde
Ruht bei der Lieb auf so mancherlei Grunde.
Abends weint ich vor Schmerz,
Und warum du erwachen
Kannst am Morgen mit Lachen,
Muß ich dich fragen, o Herz.

(Friedrich Rückert)
Rir e chorar
Rir e chorar a qualquer momento,
Sem motivo, é coisa de amor.
De manhã ri de alegria,
E por que choro agora
Com o brilho da noite,
Nem eu o sei.

Rir e chorar a qualquer momento,
Sem motivo, é coisa de amor.
À noite chorei de dor,
E por que acordas
A rir de manhã,
Tenho de te perguntar, meu coração.