Finalmente apresentada hoje, aí está a nova temporada do Teatro Nacional de São Carlos. Se quiser entreter-se, pode ir directamente a Temporada Lírica, a Temporada Sinfónica, a Bailado ou a Outras Iniciativas. Por agora é tudo, que não há tempo nem muita pachorra.
ADENDA: Leia-se o artigo de Isabel Coutinho no Público.
ADENDA: Leia-se o artigo de Isabel Coutinho no Público.
Nos próximos anos Martin André espera ter Verdi, Puccini e Mozart como pilares principais. Em 2013 comemora-se o nascimento de Wagner e Verdi e o director artístico pensa já na temporada que deve ser feita a longo prazo. Como acontece em qualquer teatro europeu.
M-E-D-O-N-H-O.
ResponderEliminarP-O-B-R-E.
ResponderEliminarT-R-I-S-T-E.
ResponderEliminarA sério, fui ver e não fiquei nada entusiasmada. Calculo que seja muito complicado fazer uma temporada decente sem tempo nem orçamento, mas esperava, contra tudo, mais criatividade.
Talvez para o ano que vem.
Talvez, Gi. Se não ficarmos mesmo como a Grécia, como predisse hoje um senhor alemão que sabe dessas coisas.
ResponderEliminarMas quero acreditar que sim (para não deprimir muito), que há-de ter sido difícil em tão pouco tempo desfazer as embrulhadas do Doutor Dammann.
É, realmente, uma temporada muito muito pobre. Mas tem a vantagem de dar oportunidade a muitos cantores portugueses, em detrimento dos estrangeiros que têm vindo nos últimos anos e que, salvo raríssimas excepções, são de muito má qualidade. Continua a não aparecer a Elisabete Matos! (O São Carlos está em dívida para com esta grande Senhora da lírica mundial e ainda não foi desta que reparou essa falha)!
ResponderEliminarHá também um excesso de óperas menos "conhecidas", com elevado potencial para o desagrado público. Mas é assim o nosso País. Esperemos que no próximo ano(já sem a desculpa da falta de tempo e da herança Dammann) a coisa melhore, como escreveu Gi.
sem dinheiro não há vicios
ResponderEliminarÉ a crise.
ResponderEliminarMas num teatro como o S. Carlos devia ser absolutamente proibido cantar-se uma ópera em versão concerto. Que raio, até na tourada é obrigatória a presença de banda de música, num teatro devia ser obrigatória a cena.
Caro FanaticoUm,
ResponderEliminarConcordo absolutamente que os nossos cantores tenham a oportunidade de cantar no TNSC. Nem ponho isso em causa. Tal como acho muito bem que sejam estreadas óperas de autores contemporâneos. Basear quase toda a temporada na prata da casa é que me parece muito pouco para um teatro com as pretensões do São Carlos.
Anónimo,
A questão do dinheiro deixa-me algumas dúvidas. Não sei se será mais barato (uma vez que não há dinheiro) montar duas óperas em estreia absoluta que pegar em produções antigas de óperas de reportório que seguramente teriam muito mais público.
Xico,
ResponderEliminarEm todos os teatros se faz ópera em versão de concerto e daí não vem mal ao Mundo, desde que não se abuse e se tenha os cantores à altura. Nem quero falar agora do mal que certas encenações podem fazer à ópera.
Concordo que as versões de concerto podem ser espectáculos excelentes (vejam-se os exemplos na Gulbenkian), mas nos teatros de ópera gostamos de ver a coisa completa. Contudo, como o Paulo refere, por esse mundo fora, nos teatros de ópera, são comuns as versões de concerto.
ResponderEliminarTambém concordo com o Paulo quando refere que a falta de dinheiro não é tudo. Recordo-me que há duas ou três temporadas atrás, um dos maiores desastres foi uma ópera
Das Marchen que, ao que constou na altura, foi a produção mais cara da temporada, bem acima de meio milhão de euros.
Infelizmente confirmaram-se as minhas piores previsões. E para quem tenciona frequentar concertos, um aviso: o medíocre Martin André não é frequentável.
ResponderEliminarAs óperas fizeram-se para serem encenadas. Um teatro de ópera tem essa obrigação. Se lá fora fazem-no, fazem mal. Quando não houve dinheiro para fazer óperas, como foi o caso da Inglaterra do Haendel, fizeram-se cantatas e oratórias.
ResponderEliminarÉ evidente que eu posso em casa ouvir a música de um bailado, mas não posso levar a um teatro de ópera e ballet, um bailado sem dança. O mesmo para a ópera. Parece-me sempre uma perversão.
Teremos teatro lido no D. Maria?
Um programa que nem vale a pena comentar. A Carmen não consigo abrir, pois remete para a ópera de Nino Rota. Eu, se vivesse em Portugal iria ver por curiosidade a Dona Branca e a ópera de Nino Rota, autor de lindíssimas melodias, como a música de La Strada e de Il Gattopardo. Mas com nível internacional eu recomendo a Kabanicha de Dagmar Pečkova, pelo que conheço da sua voz.
ResponderEliminarMário,
ResponderEliminarHá que dizê-lo com toda a frontalidade: dada a conjuntura, as minhas expectativas também não eram altas. E temo que, por este andar, os anos que se avizinham também não sejam brilhantes. Quanto a Martin André como maestro, ainda não posso pronunciar-me.
Por enquanto, julgo não ser exequível avaliar a prestação de Martin André enquanto director artístico com base numa modestíssima temporada no planeamento da qual a sua intervenção enfermou de óbvias limitações.
ResponderEliminarNo que aos títulos propostos concerne, encontramos duas obras em versão de concerto (Dona Branca e Cavalleria Rusticana, esta última parte integrante da série Contar uma Ópera a par com Gianni Schicchi), duas óperas contemporâneas em estreia absoluta (Paint Me e Banksters) e uma ópera germânica cantada em português (Hansel und Gretel)no Teatro Camões. Restam Kata Kabanova, Gianni Schicchi/Blue Monday e Carmen. Um panorama que ameaça inviabilizar qualquer leitura de carácter mais abonatório.
Não obstante a manutenção de uma influência marcadamente "dammanniana", gostaria de secundar o caríssimo Raul, destacando alguns intérpretes com os quais valerá a pena contactar, designadamente, Dagmar Pečkova e Arnold Bezuyen em Kata Kabanova e Andrew Richards e Marco Vinco na Carmen. Lamentavelmente insuficiente, porém, tão somente o possível.
Xico,
ResponderEliminarRepito: já assisti a óperas em versão de concerto muito mais empolgantes que certas versões encenadas. Bons cantores/intérpretes podem transmitir muito mais emoção num concerto que em encenações medíocres. Recordo um I acto d'A Valquíria com Elisabete Matos, há uns anos no CCB, que foi excelente e certamente não teria sido melhor com uma encenação tonta.
Também me lembro de um Fidelio de grande qualidade com Simon O´Neill (Florestan), igualmente no CCB e em versão de concerto. Curiosamente, o mesmo Simon O'Neill tem cantado o papel de Siegmund em concerto com Baremboim e Waltraud Meier. Os três estarão na abertura da próxima temporada do Scala. Mas antes disso, quem estiver pelo Norte pode dar um pulinho à Coruña, já no dia 1 de Outubro. O concerto com Elisabete Matos e Simon O'Neill promete.
Raul,
ResponderEliminarAquela ligação para a Carmen está baralhada. Experimente esta. Tal como o Hugo Santos, partilho do seu interesse pela Kátìa Kabanová. Pode vir ser a melhor produção da temporada. Já ouvi Dagmar Pečkova ao vivo em Lisboa e tenho muito boas recordações dela.
Bem, a temporada está mesmo fraquinha...
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