24.9.12

Requiem aeternam

Da maratona só assisti ao final, o Requiem, ontem ao fim da tarde. Quis a sorte que no dia anterior tivesse falecido o tenor Aníbal Real, coralista do Teatro de São Carlos. Antes do início do concerto foi anunciado que o Teatro, e em especial o coro, dedicava o Requiem à memória do colega. Ouviu-se um minuto de absoluto silêncio.

A missa começou e, de imediato, o público sentiu a emoção que saía do coro e passava pelo seu maestro, pela orquestra e pelos solistas para a sala. Não foi apenas o Requiem de Mozart que se ouviu. Foi uma missa cantada e tocada com muita generosidade para o colega desaparecido na véspera. E isso deu ao concerto de ontem um carácter especial. À memória do Aníbal.

Foto de ensaio ©

Requiem, Kv. 626

Soprano Dora Rodrigues
Meio-soprano Patrícia Quinta
Tenor Bruno Almeida
Barítono Jorge Martins

Direcção musical Giovanni Andreoli

Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Orquestra Sinfónica Portuguesa

5 comentários:

  1. Calculo que o Requiem cantado assim seja uma coisa muito especial.

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  2. Como é que eles conseguirão cantar isso num momento assim?
    Em vez de fazer das tripas coração, é um autêntico fazer das lágrimas canção.
    Obrigada, Paulo.

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    1. Helena e Gi,
      Alguns cantores estavam visivelmente transtornados.

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  3. Deve ter sido muito marcante Paulo. Eu, confrontado com as opções do seu "post" anterior, decidi sacrificar uma das obras musicais que mais admiro (e que já ouvi inúmeras vezes) e ir experimentar algo que não conhecia - a ópera Páris e Helena no Sao Luiz, infelizmente à mesma hora. Não me arrependi, como escreverei dentro de dias, mas fiquei com muita pena de não ter podido ouvir ao vivo, ainda que mais uma vez, este Requiem.

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    1. Por motivos profissionais também só pude assistir a uma pequena parte das propostas e não consegui ir ao São Luís. Aguardo a sua opinião, Fanático_Um.

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