Os cisnes sagrados vogavam na floresta de Monsalvat, perto do templo do Santo Graal, quando Parsifal (o "tolo puro") disparou uma flecha e matou um deles, para grande tristeza do bom Gurnemanz. Também ele, Parsifal, não sabia que a beleza não se come.
Prelúdio do I acto de "Parsifal", de Richard Wagner (22 de Maio de 1813 - 13 de Fevereiro de 1883), pela Orquestra Filarmónica de Viena, dirigida por Sir Georg Solti.
Hoje o meu pc resolveu implicar com o teu blog, mas finalmente consigo ouvir.
ResponderEliminarParece-me que nenhum dos dois era tolo e a música é belíssima, posso dizê-lo sem nenhum custo!
Fico muito contente por teres gostado (afinal talvez não seja assim tão difícil).
ResponderEliminarÉ impossível ficar indiferente à música de Wagner!
ResponderEliminarEste trecho é admirável, como o são todas as aberturas das suas óperas.
Abraço.
"I'm such a fool!" E agora vou ficar como o cisne...
ResponderEliminarPara agadecer todo o ambiente musical, verde e caloroso que aqui se sente... Um abraço
Sempre tive alguma dificuldade em ouvir Wagner. Quando era miúda entrava em pânico quando o meu pai metia as bobines de fita gravada com Wagner que os amigos lhe arranjavam na Emissora Nacional. O ambiente criado era assustador para os meus ouvidos de criança. Cresci, já consigo ouvir, mas o amargo de boca mantém-se
ResponderEliminar:)))))))))))
Beijinhos e boa semana
Pinguim, penso que ninguém compôs música tão envolvente como ele. Pode até ser difícil no início mas, depois de se estranhar, entranha-se.
ResponderEliminarMoi, o prazer é meu e não acho nada bem ficares como o cisne.
Ana, se eu tivesse sido obrigado a ouvir gravações de Wagner da Emissora Nacional quando era criança, talvez a música dele me fosse agora insuportável. Tenho uma amiga que não gosta de ópera, nem de música clássica em geral, porque o pai achava que havia de cultivar os filhos. Um herdou o gosto do pai, a outra antes pelo contrário.
Pois é, Paulo, mas, tanto quanto sei, quem levou mais injecções foi ela. O irmão não esteve tão presente.
ResponderEliminarWagner é arrebatador. A sua música envolve-nos completamente e transporta-nos para onde mais nenhum compositor consegue. Fica-se submerso num mar de sons intensos, vulcânicos, maravilhosos. Os seus sons são pouco espirituais, muito ligados à terra, aos elementos da vida, às paixões humanas. Uma exaltação permanente. Magnífico!
Talvez por isso mesmo, Cigarra. O que prova que não devemos querer incutir o nosso gosto aos outros, sob risco de apanharmos com o efeito boomerang.
ResponderEliminarQuanto à espiritualidade dos sons wagnerianos, penso que "Parsifal" é um caso distinto. Talvez por ter sido a sua última ópera (Wagner morreu menos de um ano após a estreia - em Bayreuth), sente-se nela um chamamento ao divino que não existe na tetralogia ou em "Tristão", embora ele se tenha feito anunciar anteriormente em "Tannhäuser" e "Lohengrin". No entanto, em todas essas obras acaba por sobressair um lado musical mais telúrico e passional. Acho eu.