1- Eu vejo o alto mar nas mãos, na voz, nos olhos dos músicos. Tenho a certeza que tu também. As minhas mãos, que arranham com dificuldade um instrumento, prendem-me no cais. Mas ele está lá, ali tão perto e tão longe...
2- Os monstrinhos não, mas os mostrengos que nos roubam o tempo, o fôlego e a vontade... eu ando a afiar as facas! E vão ser eles ou eu!
1- Guitarra clássica. Aprendi outros (também não passaram de arranhões) mas já não lhes pego há anos. Eu estava meia a brincar, meia a sério no último comentário. A sensação é que os músicos, aqueles que tocam de corpo e alma, conquistaram um oceano que eu (nós, que não vivemos a música dessa forma) só vislumbro. Não sei se eles têm consciência disso, mas acho que se vê frequentemente nos olhos deles - olhos luminosos. Nunca reparaste?
2- :( (Para dizer a verdade eu se calhar também não, mas um pouquinho de fanfarronice não faz mal a ninguém ;) )
1- Pois, apetece, mas sem aulas é difícil fazer qualquer coisa que valha a pena, pelo menos no nível em que fiquei. Para voltar a ter aulas, por aqui, a melhor hipótese (não há muito por onde escolher) seria o conservatório mas isso seria demasiado exigente em termos de tempo, nos últimos anos tem sido complicado, e não está com perspectivas de melhorar.
Mas se pudesse (ou melhor, quando puder)o que gostava mais de aperfeiçoar era a voz. Tive algumas aulas de colocação de voz, mas também foi muito pouco. Um instrumento torna-se gradualmente parte do corpo, como se fosse um prolongamento dele, mas com a voz o instrumento é o nosso corpo, todo o corpo, e por isso me parece que o envolvimento com a música é maior (enfim, é uma perspectiva!). E é também um exercício de equilíbrio e harmonia, mais do que tocar um instrumento. Também é mais dependente do nosso estado físico e psíquico, por isso de certa forma é um desafio maior.
Cantar num coro é bom, e quando se tem oportunidade de trabalhar com maestros diferentes a experiência é mais enriquecedora, porque normalmente eles dão enfase a aspectos diferentes. Mas não é a mesma coisa que ter aulas, sabe sempre a pouco.
Abaixo os monstros devoradores de Homens!
ResponderEliminarJá reparaste que há um barco lá ao fundo? :)
(Estou a cair do sono, talvez por isso não esteja a dizer coisa com coisa. Ou talvez não)
E bom fim de semana!
ResponderEliminarLindas as fotos, forte o poema.
ResponderEliminarAbraço.
Jardineira, o que traria aquele barco para Lisboa?
ResponderEliminarPinguim, obrigado.
Bom Domingo.
(Ah! Jardineira, eles andam aí.)
ResponderEliminarR.1 Que importa? O que importa é que é um barco no mar! E os barcos passam por cima todas as ondas :)
ResponderEliminarR.2 Vamos matá-los?
(Não ligues muito aos meus delírios ensonados! ;) )
Jardineira,
ResponderEliminar1-
"Ah, a frescura das manhãs em que se chega,
E a palidez das manhãs em que se parte..."
2-
NÃO! Não podemos matar os monstrinhos.
1- Eu vejo o alto mar nas mãos, na voz, nos olhos dos músicos. Tenho a certeza que tu também. As minhas mãos, que arranham com dificuldade um instrumento, prendem-me no cais. Mas ele está lá, ali tão perto e tão longe...
ResponderEliminar2- Os monstrinhos não, mas os mostrengos que nos roubam o tempo, o fôlego e a vontade... eu ando a afiar as facas! E vão ser eles ou eu!
(Acho que estou a delirar outra vez ;) )
1- Uma pontinha de inveja: nunca aprendi a arranhar um instrumento. Qual é?
ResponderEliminar2- Não posso...
1- Guitarra clássica. Aprendi outros (também não passaram de arranhões) mas já não lhes pego há anos. Eu estava meia a brincar, meia a sério no último comentário. A sensação é que os músicos, aqueles que tocam de corpo e alma, conquistaram um oceano que eu (nós, que não vivemos a música dessa forma) só vislumbro. Não sei se eles têm consciência disso, mas acho que se vê frequentemente nos olhos deles - olhos luminosos. Nunca reparaste?
ResponderEliminar2- :(
(Para dizer a verdade eu se calhar também não, mas um pouquinho de fanfarronice não faz mal a ninguém ;) )
1- O olhar/expressão de Arrau, por exemplo, como se ele nem já estivesse ali. As teclas transportam-no e nós vamos com ele.
ResponderEliminarE não te apetece re-pegar?
2- (mas a vontade é forte, se é!)
1- Pois, apetece, mas sem aulas é difícil fazer qualquer coisa que valha a pena, pelo menos no nível em que fiquei. Para voltar a ter aulas, por aqui, a melhor hipótese (não há muito por onde escolher) seria o conservatório mas isso seria demasiado exigente em termos de tempo, nos últimos anos tem sido complicado, e não está com perspectivas de melhorar.
ResponderEliminarMas se pudesse (ou melhor, quando puder)o que gostava mais de aperfeiçoar era a voz. Tive algumas aulas de colocação de voz, mas também foi muito pouco. Um instrumento torna-se gradualmente parte do corpo, como se fosse um prolongamento dele, mas com a voz o instrumento é o nosso corpo, todo o corpo, e por isso me parece que o envolvimento com a música é maior (enfim, é uma perspectiva!). E é também um exercício de equilíbrio e harmonia, mais do que tocar um instrumento. Também é mais dependente do nosso estado físico e psíquico, por isso de certa forma é um desafio maior.
Cantar num coro é bom, e quando se tem oportunidade de trabalhar com maestros diferentes a experiência é mais enriquecedora, porque normalmente eles dão enfase a aspectos diferentes. Mas não é a mesma coisa que ter aulas, sabe sempre a pouco.
2- Pois! :)