27.5.09

Terreiro do Paço

(imagem roubada algures)

O estudo prévio da reformulação do Terreiro do Paço já foi apreciado e teve parecer favorável na Câmara de Lisboa. Quando as obras estiverem prontas logo veremos o resultado dos losangos à pulôver, das linhas inspiradas nas cartas de marear que lembram a Carrilho da Graça “os tempos do fascismo e a exposição do mundo português”, do mármore verde em torno do cavalo de Dom José, do trânsito a engarrafar-se à volta da praça (ou já existem alternativas para o escoamento dos automóveis?).

Ontem, no seguimento da discussão do projecto na Ordem dos Arquitectos, segundo o Público, o arquitecto Bruno Soares prometeu que vai rever o desenho de alguns detalhes: os degraus à volta do monumento a Dom José e a passadeira de pedra entre o arco da Rua Augusta e o Cais das Colunas. Detalhes, portanto, já que a essência do projecto se mantém.

E árvores? Para Rui Tavares "não há razões históricas para a sua exclusão definitiva". E razões técnicas? Haverá?

7 comentários:

  1. Não gosto nada das linhas a fazer losângulos a fazer lembrar as peúgas burlington.E o plano o que tem a ver com as linhas orientadoras da praça? Para mim depois da horrenda entrada do Metro (cujos arquitectos tem um mau gosto a toda a prova)o terreiro do Paço está estragado definitivamente nunca mais lá fui passear.

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  2. Às vezes é preferível estar quieto do que fazer asneira mas isto é difícil de aceitar.

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  3. Interessante e reveladora. Que nojo!
    Obrigada pelo excerto, Paulo, e claro que merece divulgação.

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  4. A votação foi interessante. Fica aqui um excerto da notícia do Público, não vá ela sumir-se, como por vezes acontece (sublinhados meus):

    O PSD e os movimentos Lisboa com Carmona e Cidadãos por Lisboa, liderado pela vereadora Helena Roseta, votaram contra reunindo sete votos. O PS mais o vereador Sá Fernandes votaram a favor também com sete votos. O PCP, que tem dois vereadores na assembleia, absteve-se. Depois da igualdade de votos, António Costa foi obrigado a exercer o voto de qualidade.

    O novo modelo de circulação rodoviária na Baixa também foi aprovado, mas sem ser necessário o voto de qualidade de António Costa. Nesta votação, Lisboa com Carmona e o PSD votaram ambos contra, com cinco votos. Os quatro vereadores do PCP e dos Cidadãos por Lisboa, abstiveram-se e o PS mais o vereador Sá Fernandes votaram a favor.

    Durante as duas votações, o vereador Carmona Rodrigues não esteve presente. Caso estivesse estado na primeira, poderia ter inviabilizado o parecer favorável para a reformulação do Terreiro do Paço, uma vez que o seu movimento votou contra o mesmo.

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  5. Vi ontem o que está projectado para o Terreiro do Paço. Confesso que fiquei surpreendida: num país quente como Portugal, deixam um espaço desses sem árvores?! Já imagino a dor de cabeça (literal) que vai ser atravessar essa praça.
    Também me pergunto o que vão fazer com ela. Esplanadas? Ou espaço de cenário para fotografias?
    No caso das esplanadas, onde é que os visitantes podem estacionar os carros?
    E como é que a circulação se vai fazer naquela zona?

    Mas as questões mais importantes (e não são minhas, são do amigo que me mandou os projectos) são outras:

    - a Praça do Comércio pode ser tratada como uma praceta qualquer? Não deveria ser objecto de tutela, pela sua relevância histórica, identitária e pattrimonial, por parte de um organismo idóneo e competente, ligado ao Património Histórico Nacional (em parceria, obviamente, com a C. M. Lisboa)?

    - Um projecto destes não deveria ser previamente objecto de debate público? (E, acrescento eu, nem digo apenas dos habitantes de Lisboa, mas de todo o país.)

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  6. Anónimo30.5.09

    Cada vez que uma Praça de Lisboa é objecto de reformulação/recuperação perde a sua identidade pois ficam todas parecidas umas com as outras. Vejam o Jardim de S. Pedro de Alcantara, o Largo do Carmo, etc.

    J. Ildefonso.

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  7. Gostamos das árvores no TP. Mas a questão chave está mesmo no comentário da Helena: decisão deste tamanho sem debate público não é aceitável.

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