17.1.10

Viagens de Inverno II

A primeira vez que ouvi a Viagem de Inverno ao vivo foi no CCB, ainda ele era uma criança de colo, e cantou-a o tenor Peter Schreier. Se eu fosse uma pessoa organizada, saberia onde se tinha escondido o respectivo programa e agora diria qual foi a hora, o dia, o mês e o ano, e ainda, quem era o pianista que acompanhava Schreier. Enrubesço, mas não me é possível dar essa informação.
Recordo ainda a "Winterreise" de Matthias Goerne e uma outra, menos vulgar, que Nathalie Stutzmann cantou há uns anos na Gulbenkian (Goerne virá também cantá-la à Gulbenkian em Maio; queiram os deuses que até lá a população lisboeta se restabeleça das constipações de Janeiro) .


Rufus Müller

Ontem, novamente no CCB, pudemos assistir a uma belíssima interpretação de uma das obras máximas do Lied por Maria João Pires e Rufus Müller. Enquanto eu recordava a "Winterreise" estática, monolítica, tanto física como vocalmente, que Peter Schreier nos tinha dado no século passado, Rufus Müller trazia-nos uma visão muito mais arrebatadora e emocionante, sem cair no sentimentalismo. O bom gosto ganhou e o público rendeu-se.

4 comentários:

  1. Tenho em casa as memórias de Hermann Prey, First Night Fever, em que ele dedica um capítulo inteiro à Winterreise. A ver se consigo digitalizar e mandar-te. :)

    Ai, meu Deus! O The Art of Conducting!

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  2. Obrigado, Teresa. Mas sem aflições, por favor.

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  3. E foste presente em ambas as Viagens? Nós não fomos sequer numa e por isso vamos de castigo para o canto da sala, de costas, como devem ir todos os relapsos desleixadores de Schubert. Se falharmos algum dos dias do Goerne, lá terá de se passar às punições corporais...

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  4. Não, PV. Fui presente apenas nesta e contava que me dissésseis como tinha sido a outra viagem. Para já, tenciono não me candidatar às punições corporais de Maio, que os carrascos serão implacáveis.

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