Falta pouco mais de um mês para a estreia de "Eugene Onegin" (Yevgeny Onegin, ou Евгений Онегин, se quisermos complicar mais) no Teatro Nacional de São Carlos, dando-se assim o início do fim da desastrosa temporada lírica 2009/2010. Esta ópera de Tchaikovsky foi apresentada na Gulbenkian há cerca de dois anos, em versão de concerto, e tinha sido vista em Março de 1993, numa bela encenação de Andrei Serban, quando se comemorava o bicentenário do TNSC.
Fotografia da primeira representação de "Eugene Onegin" (1879)
(do programa de sala do TNSC de 1993)
(do programa de sala do TNSC de 1993)
No I acto, Tatiana conhece Onegin e logo se apaixona por ele. Durante a noite, escreve-lhe uma carta confessando a sua paixão. É essa cena que podemos ouvir aqui em cima, interpretada por Ljuba Welitsch em versão alemã, gravada em 1948, e que podemos encontrar neste disco.
Veja-se também a força interpretativa de Ljuba Welitsch nesta cena de "O Cônsul", de Menotti:
muito, muito bom.
ResponderEliminarouvi essa versão de concerto na Gulbenkian e confesso que tenho um ligeiro tremor quando olho os bilhetes que tenho para a récita do S. Carlos lá para Junho ...
À Gulbenkian não pude ir, mas a Tatiana era a mesma do São Carlos: Elena Prokina. Também receio que esta produção fique muuuuuuuuito aquém da outra, que era belíssima.
ResponderEliminarEu hesito: ir, não ir? Nunca vi o Evgeny Onegin (mais uma grafia para a colecção...) e gostava, mas será boa ideia estrear-me agora ali?
ResponderEliminarNão sei, Gi. É uma ópera muito bonita mas muito facilmente estragável.
ResponderEliminarE a Tatiana/Tatjana/Tatyana?
Então o que é que os assusta nesta produção que vai a S. Carlos? Peter Konwitschny não vale nada? Gostava de ouvir a vossa opinião...
ResponderEliminarAnónimo,
ResponderEliminarHá duas coisas que me assustam, a saber:
1 - a memória das produções recentes em São Carlos não me permite prever que se dê agora um milagre;
2 - Konwitschny não me inspira muita confiança, a avaliar pelo pouco que vi dele: uma encenação muito feia de "Tristão e Isolda" em Munique, apesar de Waltraud Meier; umas coisas soltas no Youtube; se não me engano, também foi ele que encenou a última "La Bohème" em São Carlos. Apesar de o próprio afirmar que não se considera um representante do Regietheater, parece-me que ele é um óptimo exemplo dessa moda alemã que já deu o que tinha a dar.