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Se fosse cínico, e tendo em conta o descalabro dos últimos anos, diria que qualquer solução é indiferente. Mas esta é uma via perigosa. A extinção do Ministério da Cultura representaria uma enorme desconsideração simbólica a um sector de amplas perspectivas e que tão importante tem sido na imagem externa de Portugal. Cabe dizer ainda que o argumento do PSD não colhe. Não é por ser uma área transversal que a Cultura não deve ter ministério próprio. Que eu saiba, um sector como, por exemplo, o Ambiente também tem implicações transversais e não é por isso que deixa de ter o ministério próprio, e outros exemplos haverá.
O Ministério da Cultura tem é que ser inteiramente reestruturado, em função dos novos dados da situação financeira e económica do país. No presente quadro tão negro, não tenho dúvidas que qualquer que seja o governo que saia das próximas eleições, a Cultura não será uma prioridade. Mas não deverá, por isso, deixar de ser, antes pelo contrário, um eixo de orientação estratégica.
Augusto M. Seabra (no Público: Dez personalidades ligadas à cultura falam sobre a importância de um Ministério da Cultura)
Caro Paulo,
ResponderEliminarNão posso estar mais de acordo consigo. Desinvestir na cultura é colocar-nos cada vez mais aquém da Europa desenvolvida!
Há que saber gerir bem com pouco (o que penso ser possível com as pessoas competentes e que sabem do assunto, e não com "boys"). Deixar cair é deixar morrer, uma decisão imprópria de um País que se quer desenvolvido e moderno.
Secundo a opinião do nosso caro FanaticoUm. A flagrante incompetência que grassa ao nível da gestão cultural é absolutamente larvar no que à potencial perspectivação, estruturação e implementação de uma verdadeira política cultura a médio e longo prazo concerne.
ResponderEliminarCultura?! Football!!
ResponderEliminarAgora falando a sério, acho que essa "reestruturação do MC" de que fala o autor passa por investir na qualidade e no aumento dos focos (e.g. museus e pequenos centros culturais) nas pequenas cidades. Até agora, tem-se gasto - digo eu - demasiado dinheiro e demasiada atenção em "novos-museus-dos coches", e em museusinhos e exposições que ninguém vê. Exemplos? Esses museusinhos é do que mais há, e as tais exposições, como por exemplo no museu da electricidade, uma sobre o povo (gostava mesmo de saber quem é que andou a meter dinheiro ao bolso com essa - rios de dinheiro em publicidade e conteúdo paupérrimo), ou estas separadas com fotografias de S. Carlos.
Mas crie-se competitividade, caramba!
Depois de uma semana a passear lá fora, confirmo a minha ideia de que aquilo em que a Europa é única é no seu património cultural, e que se Portugal se quer aguentar é por esse lado que tem de investir.
ResponderEliminarÉ-me indiferente que haja ou não um ministério da cultura desde que haja uma estratégia decente para os bens culturais.
Um Ministério da Cultura é sempre necessário.
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