9.3.12

O Apogeu da Grécia

O apogeu da Grécia (Blick in Griechenlands Blüte), 1836, por Wilhelm Ahlborn (d'après Karl Friedrich Schinkl)
(Alte Nationalgalerie)

"(...) a Alemanha também já fez saber que este anúncio é um “passo histórico” em direcção a uma estabilização na zona euro." (Notícia no Público)

5 comentários:

  1. Visão ultra-romântica, sim, era a do meu séc. XIX preferido...como eram diferentes os valores nessa época ! Toda a ajuda à Grécia teria sido imediata e abundante...

    Será que o "espírito" da Europa era afinal mais coerente e solidário nessa época em que ingleses e alemães tinham o culto do Mediterrâneo clássico ? Conheciam bem a pobreza de Espanha, Itália, Grécia e Egipto, mas ficavam beatos ante a imensa riqueza histórica e patrimonial do Sul. E vinham para cá morar, abdicando da qualidade de vida lá em casa.

    Havia mais Europa?

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    1. Não sei se nessa época de nacionalismos exacerbados havia mais Europa. Mas é muito interessante esta visão (Blick) romântica que os povos cultos do Norte tinham dos do Sul, cheia de admiração por um passado que estes muitas vezes desprezavam. Conhece a história da Custódia de Belém? Estava na Casa da Moeda pronta para ser derretida. Foi D. Fernando II quem a salvou.

      Schinkel conhecia profundamente a arte da Grécia antiga e foi um dos grandes arquitectos do neo-classicismo berlinense. Os seus edifícios traziam para a cidade moderna a essência dessa cultura que ele tanto admirava.

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  2. Faz falta essa admiração, hoje, em que todos lá vão de turismo mas ninguém, em boa verdade, estuda ou conhece os clássicos. DEvia ser obrigatório para estar em postos de decisão da União Europeia.

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  3. Mário, Mário, onde estão hoje os heróis da antiga Grécia, capazes de fazer frente aos persas ou de atravessar o mar para resgatar a sua honra aos filhos de Príamo?
    Os descendentes de Ulisses fazem contratos fictícios para usar os fundos enviados por Bruxelas; os bisnetos de Aquiles escondem-se entre as leis que lhes permitem receber quinze meses de ordenado por cada onze que trabalham; os construtores de templos foram pais dos que desfeiam as nobres praias da Hélade com péssima arquitectura...

    No século XIX a Europa do norte acorreu a salvar a cultura grega das garras do otomano; hoje é de si própria que a Grécia tem de ser salva.

    Bem; depois desta ilíada de cabeleireiro, uma dúvida: há um congresso da minha especialidade em Atenas em Novembro; mas ainda haverá Atenas em Novembro?

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