Eu também acho que o Bach de Richter é intemporal e grandioso. No entanto, a sua lentidão mística está completamente fora de moda, como sabemos. Já ninguém interpreta Bach assim, com esta monumentalidade.
Os paradigmas interpretativos advindos dos preceitos musicológicos, actualmente, em voga serão, certamente, diversos, conquanto, na minha óptica, não desabilitem em absoluto a elevação propiciada pelas leitura de Richter.
Quem não tem pressa e gosta do seu Bach feito lentamente em tacho de barro, adora as interpretações de Rosalyn Tureck (1914-2003). No Goldberg dela que eu tenho - que perfaz cerca de 90 minutos em 2 CDs! - a Aria demora 4'43''. Para comparar, Murray Perahia, numa interpretação mais au courant - em todos os sentidos ;) - expedita isso em 3'58''. Mas há mais: numa récita pouco antes da sua morte, Tureck conseguiu prolongar o prazer por quase cinco minutos. Está aqui:
Como diz uma amiga minha, quando Rosalyn Tureck tocava, ouvíamos as notas todas de Bach, uma a uma. Obrigado por esta versão tântrica da Aria, Bosc. Não a conhecia
Ouça-se, igualmente, o admirável pioneirismo de Wanda Landowska ou um magistral Gaspar Cassadó na integral, por mim priorizada, das suites para violoncelo solo (Vox, 1957).
Belíssima foto, belíssima flor e belíssima música.
ResponderEliminarObrigado, Gi.
EliminarDa simplicidade... que não se usa. Belo, tudo! Abr da bettips
ResponderEliminarSimplicidade monumental e reverente, bettips. É coisa antiga.
EliminarAbraço.
Por algum motivo, o Bach de Richter encerra uma intemporalidade que sucede em envolver, continuamente, o ouvinte.
ResponderEliminarEu também acho que o Bach de Richter é intemporal e grandioso. No entanto, a sua lentidão mística está completamente fora de moda, como sabemos. Já ninguém interpreta Bach assim, com esta monumentalidade.
EliminarOs paradigmas interpretativos advindos dos preceitos musicológicos, actualmente, em voga serão, certamente, diversos, conquanto, na minha óptica, não desabilitem em absoluto a elevação propiciada pelas leitura de Richter.
EliminarExactamente.
EliminarQuem não tem pressa e gosta do seu Bach feito lentamente em tacho de barro, adora as interpretações de Rosalyn Tureck (1914-2003). No Goldberg dela que eu tenho - que perfaz cerca de 90 minutos em 2 CDs! - a Aria demora 4'43''. Para comparar, Murray Perahia, numa interpretação mais au courant - em todos os sentidos ;) - expedita isso em 3'58''. Mas há mais: numa récita pouco antes da sua morte, Tureck conseguiu prolongar o prazer por quase cinco minutos. Está aqui:
Eliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=A2MfdZCais0
Bosc d'Anjou
Como diz uma amiga minha, quando Rosalyn Tureck tocava, ouvíamos as notas todas de Bach, uma a uma.
EliminarObrigado por esta versão tântrica da Aria, Bosc. Não a conhecia
Ouça-se, igualmente, o admirável pioneirismo de Wanda Landowska ou um magistral Gaspar Cassadó na integral, por mim priorizada, das suites para violoncelo solo (Vox, 1957).
EliminarPassione, estamos a falar de sofrimento, agonia, não é, de todos nós, segundo eles dizem...
ResponderEliminarBoa Páscoa, apesar de tudo, com primavera e flores.
Concordo em absoluto com a Gi. Obrigado Paulo.
ResponderEliminarObrigado. E boa Páscoa, para quem for de Páscoa.
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