Estão agora em flor, embora timidamente e rodeadas de automóveis estacionados, as corísias amarelas de Cascais, por trás da Igreja dos Navegantes (Largo Dr. Passos Vella).
Chorisia ou Ceiba insignis, como se lê no Dias com Árvores e no Mãos Verdes.
Chorisia ou Ceiba insignis, como se lê no Dias com Árvores e no Mãos Verdes.
Olá, Paulo
ResponderEliminarParece que as paineiras de cor branca são mais tímidas na floração, que as rosas, mesmo aqui a diferença e nítida. Os posts que você indica lançam a dúvida quanto ao gênero Chorisia ou Ceiba, mas na Flora brasiliensis, aparece como Chorisia, sem revisão.
abraços.
Obrigada, amigo, por descobrires plantas onde posso ir a correr ver...!!!
ResponderEliminarBeijos
Isabel
Lúcia. Parece que o género Chorisia foi integrado no género Ceiba, o que levanta algumas confusões. Em Portugal até se chama muitas vezes sumaúma à paineira, erradamente. Pode ler no Dias com Árvores.
ResponderEliminarIsabel, estas corísias, ou paineiras, começaram mesmo agora a florescer. Como diz a Lúcia, a sua floração nunca é tão exuberante como a da C. speciosa. Mas vai ver assim que fores a Cascais. As flores são muito bonitas e trata-se de um conjunto raríssimo de uma meia-dúzia de exemplares. Deve mesmo ser o único sítio em Portugal onde as podemos encontrar.
Beijos.
Cara Lúcia: Permita-me que a esclareça. A taxonomia botânica não é uma ciência cristalizada e estudos genéticos recentes induziram muitas mudanças de nomenclatura. Por isso as referências bibliográficas rapidamente se desactualizam. O género Chorisia desapareceu em 1998, tendo as suas espécies sido incluídas no género Ceiba. A obra Botânica Sistemática de Harri Lorenzi e Vinicius C. Souza (Instituto Plantarum, 2005) já consagra a nova designação, embora os dois volumes de Árvores Brasileiras, também de H. Lorenzi, com primeiras edições em 1992 e 1998, ainda mantenham os dois géneros.
ResponderEliminarConheço-as lindamente e já publiquei fotos delas ;não tão boas como estas.ADORO estas árvores.
ResponderEliminarPaulo, estive dias sem poder acessar os blogs e vi no final de semana este comentário. Peço a você para responder o que pude descobrir sobre o assunto. Maria, tenho conhecimento das trocas de nomes na botânica, mas não estava me referindo à Flora Brasiliensis, e sim a Flora Brasiliensis revisitada, que se propõem ser um check list atualizado da flora brasileira, embora ainda incompleto. Costumo consultar várias fontes confiáveis, e neste caso não vi a atualização na Rede de Sementes do Cerrado, onde não consta Chorisia insignis, mas apenas Ceiba insignis; entretanto se consultar o site da Rede, disponível no blog o gênero Chorisia permanece para a espécie speciosa e pubiflora. Vou procurar saber dos pesquisadores daqui, no momento oportuno, porque permanece o gênero Chorisia, visto que é posterior a revisão taxonômica.
ResponderEliminarNão tenho a Botânica sistemática, mas quem começou a estudar plantas no Brasil há algumas décadas sabe da importância de Harry Lorenzi. Mas outras instituições e as Redes de Sementes também, são formadas por profissionais atuantes da pesquisa, e considerar apenas os trabalhos de Lorenzi válidos seria um descaso com pesquisas de décadas de outros profissionais; alguns de Goiás, Distrito Federal e São Paulo, conheço e admiro.
Espero que possamos trocar outras informações. Acho que a internet e os blogs são uma chance maravilhosa de divulgar conhecimento e aprender, além de nos propiciar conhecer pessoas de além mar como vocês. Um abraço por enquanto e os meus cumprimentos pelo blog ‘dias com arvores’.
Lúcia: Obrigada pelas boas palavras e pela ajuda que está a dar para melhor entendermos este assunto. Esta mudança de nomenclatura é sustentada por vários artigos científicos de que o de P. Ravenna (On the identity, validity, and actual placement in Ceiba of several Chorisia species (Bombacaceae)..., Onira Botanical Leaflets 3 (15) 1998) é o mais citado. Curiosamente a família Bombacaceae também já desapareceu, os seus géneros pertencem agora à Malvaceae (que está gigantesca, contém até as tílias). A menos que haja pesquisa científica que refute estas alterações, são elas que temos de aceitar como válidas. Como vê, não se trata de dar voz apenas a Harri Lorenzi; e é natural que o assunto ainda envolva alguma disputa entre os cientistas.
ResponderEliminarAbraço.