"A Sagração da Primavera", com a música de Stravinsky
(fibonacci69)
Comentário de Elisabete França (Lisboa) à notícia do Público:Falta neste obituário uma informação significativa no contexto português. Mais importante do que ter actuado em Portugal há 3 anos e com a criação coreográfica já marcada pelo academismo, foi a vinda de Maurice Béjart e da sua companhia de então, em 1968 (ou seria 67?), ao Coliseu de Lisboa. Aí, a sua declaração de solidariedade com os movimentos de libertação das colónias portuguesas motivou a intervenção da PIDE e a expulsão do artista de território nacional.
Gostei do vídeo escolhido para homenagear esta grande figura do bailado contemporâneo. Pode descansar em paz, que, felizmente, poderemos recordar o seu tão aclamado trabalho.
ResponderEliminarBjs.
Espléndida coreografía para esta obra tan hermosa como difícil. Descanse en paz. También hemos perdido en esta semana a Fernando Fernán Gómez. Semana negra, sin duda. Un saludo, Paulo.
ResponderEliminarTambém gosto deste Béjart do "Sacre" e do "Bolero", muito anterior ao academismo de que fala Elisabete França no seu comentário à notícia do Público. Os últimos trabalhos que vi dele não tinham o mesmo rasgo de provocação.
ResponderEliminarFernando Fernán Gómez também foi uma perda importante, Marian.
Penso que o facto que refere ocorreu em 1968 pois aconteceu no dia do assassinato de Robert Kennedy. E foi a propósito deste acontecimento que Bejart proferiu umas palavras insurgindo-se contra todas as ditaduras. O público aplaudiu-o de pé durante 20 minutos. No dia seguinte foi expulso de Portugal.
ResponderEliminarCaro Luís. Obrigado pela visita e pelo seu comentário.
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