Na velha casa de Sintra continua tudo igual. Apenas uma cobertura de flores tenta dar-lhe um aspecto colorido e animado.
(jolicrasseux) Dame Janer Baker, 1972
Le spectre de la rose
Soulève ta paupière close
Qu’effleure un songe virginal.
Je suis le spectre d’une rose
Que tu portais hier au bal.
Tu me pris encore emperlée
Des pleurs d’argent de l’arrosoir,
Et parmi la fête étoilée
Tu me promenas tout le soir.
Ô toi, qui de ma mort fus cause,
Sans que tu puisses le chasser,
Toutes les nuits mon spectre rose
À ton chevet viendra danser.
Mais ne crains rien, je ne réclame
Ni messe ni De Profundis,
Ce léger parfum est mon âme
Et j’arrive du Paradis.
Mon destin fut digne d’envie,
Et pour avoir un sort si beau
Plus d’un aurait donné sa vie.
Car sur ton sein j’ai mon tombeau,
Et sur l’albâtre où je repose
Un poète avec un baiser
Écrivit : "Ci-gît une rose
Que tous les rois vont jalouser".
Théophile Gautier/Hector Berlioz
O que está aquilo a fazer lá?!!
ResponderEliminarPassei só a correr, talvez entenda quando puder tirar um bocadinho para ouvir a música de acompanhamento...
(?)
Bizarro... As cortinas costumam colocar-se por dentro das janelas, com os desenhos para o interior. Tenho de concluir que, embora não pareça, estou dentro da velha casa de Sintra e os tectos que vejo são do mundo lá fora - que também precisa deles, quem diria...
ResponderEliminarQue estranho, a tela a cobrir a casa. Podia ser mais discreta.
ResponderEliminarMas a rosa é linda. Pode bem ser a que Berlioz "viu" no belo poema de T.Gautier. Conheço muito pouco da obra de Berlioz. Não é muito o meu género, mas acho que, depois disto, vou aprofundar o assunto. O mesmo para Régine Crespin.
Bela postagem.
Bjs.
Aquela tela que cobre a fachada e que parece uma cortina, como diz a Maria (dos anos '70, acrescento eu), finge há muuuito tempo que a casa está a, ou para, ser restaurada. No pequeno jardim da entrada sobrevive, triste, "aquela" roseira a que eu não consigo resistir.
ResponderEliminarBerlioz também não faz parte da minha colecção de preferidos, no entanto compôs algumas coisas interessantes. Este ciclo de canções, "Les Nuits d'Été", é muito bonito, apesar de ainda agora ter começado a Primavera. Penso que as melhores interpretações são de Régine Crespin e Janet Baker. No menu do vídeo, aparece uma interpretação arrepiante de Dame Janet Baker.