17.3.10

Veremos - II

Gabriela Canavilhas

Falta cumprir-se o sonho.
Gabriela Canavilhas reuniu-se ontem à tarde com Christoph Dammann e consta que levava na carteira um convite para a demissão do actual director artístico do Teatro Nacional de São Carlos.

Pelos vistos, o Ministério da Cultura entrou em negociações com o Senhor Dammann, negociações essas que visam definir e enquadrar o papel do actual director nos objectivos do teatro de ópera. O que quererá isso dizer?

A dois anos do termo do contrato, Dammann, penso eu, exigirá uma indemnização choruda. Garanto, porém, à Senhora Ministra que, se me sair o Euromilhões - e eu saio daqui directo para a tabacaria -, a ajudo a pagá-la.

10 comentários:

  1. A RR lembra que Damman (...) tem gerido um orçamento cada vez mais magro, com um apoio mecenático também reduzido, mas eu pergunto se não haveria uma espécie de ciclo vicioso maus-espectáculos-pouco-dinheiro, e se não haveria maneira de quebrar esse ciclo, maneira que obviamente o sr. Damman não encontrou.

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  2. O que me chateia é que anda este país tipo cata-ventos, sem rumo, e nós, os contribuintes, passamos a vida a pagar indemnizações a quem foi indevidamente contratado para um lugar qualquer para o qual não tinha competência.

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  3. O que eu gostava era de poder exigir a Isabel Pires de Lima e a Mário Vieira de Carvalho que partilhassem as despesas da indemnização a Dammann e me deixassem gozar o meu Euromilhões em paz.

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  4. Paulo,

    penso de igual forma. A incompetência não se restringe a Dammann. Abrange igualmente aqueles que o nomearam.

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  5. Anónimo17.3.10

    Pois o problema parece ser exactamente esse, o contrato que ele tem na mão implica uma indemnização choruda, que deve rondar os 400 mil pelos dois anos que faltam. Ora, como sabemos, o dinheiro não abunda, e o S. Carlos ficará ainda mais debilitado financeiramente. Vamos dar tempo à ministra para resolver o problema, sem pressões. Ela já mostrou que o sabe fazer, e sem partir a loiça toda. Eu aposto em duas semanas.

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  6. Boa aposta, caro anónimo.

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  7. Anónimo,
    O Senhor Dammann soube muito bem tomar conta do seu contrato, não fosse o diabo tecê-las. Pena foi o TNSC não se ter precavido de modo a poder exigir-lhe igual montante no caso de ser obrigado a destitui-lo do cargo por gestão danosa. Num caso desta gravidade, o Estado português deveria ter direito a indemnização.

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  8. Anónimo17.3.10

    Neste país a impunidade é a palavra de ordem.M V de Carvalho e P de Lima são tão ou mais responsáveis.Colocaram no S.Carlos um pronvinciano cuja visão não lhe permite fazer mais.Eles são responsáveis,SIM!

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  9. E quem devia pagar a indemnização? Não devia ser quem o contractou?
    Oxalá que vá e não volte!

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