FanaticoUm, Marcante, sim, mas não necessariamente no bom sentido. Das ratazanas à cena final, todas as ideias do encenador me parecem de um mau gosto inconcebível e totalmente desprovidas de sentido.
Paulo, Concordo com o que diz, mas o impacto visual é marcante e totalmente fora do que habitualmente se vê. Sou, como sabe, muito avesso a encenações modernas, mas confesso que esta me deixou com vontade de a ver ao vivo. E achei as interpretações vocais de Petra Lang e de Klaus Florian Vogt soberbas.
FanaticoUm: não sou avesso a encenações modernas, já as vi que me deslumbraram: um King Arhur, de Purcell, dir. Harnoncourt; uma Theodora de Händel em Glyndebourne, dir Christie; um Don Giovanni encenado por Sellars...
O problema é serem MÁS no sentido em que desvalorizam ou prejudicam a música e o canto; fazem rir onde se deve chorar ou vice versa; sobrepõem o ego do encenador, com a sua mensagem modernaça particular (em geral, crítica social e política) ao conteúdo histórico da obra; contrastam excessivamente um gosto pelo "feio", "inarmonioso", "deselegante", com a estética musical e do canto onde a beleza, harmonia e elegância estão presentes.
Recordo que quem estreou esta produção, no ano passado, foi o Kaufmann, que logo se retirou. Gosto de pensar que terá sido por achar a encenação horrível. O "Lohengrin" que ele cantou em Munique, embora muito feio, ganha imenso quando comparado com este. Na minha opinião, a nível vocal também.
Caro Mário, Concordo consigo. Eu sou ainda mais conservador que o Mário e, à partida, vou predisposto a não gostar quando sei que é uma encenação moderna. Por vezes acabo por me deixar surpreender. Neste caso, como vi na televisão, gostaria de ver o efeito ao vivo (isto não quer dizer que gostasse). E há sempre uma alternativa que um amigo meu profundo amante e conhecedor de Wagner (que não é o meu colega de blogue wagner_fanatic) aconselha e faz - quando o que se passa no palco não é agradável, fecham-se os olhos e aprecia-se a música. Eu confesso que não consigo fazê-lo.
Caro Paulo, Sou um admirador incondicional do Kaufmann e, para mim, ele é o melhor Lohengrin no activo. Mas a encenação de Munique (que já vi ao vivo) é (também) horrível!!
Não tenho nada contra encenações modernas. O que me interessa é se são bonitas e fazem sentido - ou se pelo menos não perturbam a fruição da música, o que actualmente já é quase muito bom - ou se, pelo contrário, além de serem feias, deturpam o significado da obra e comprometem a interpretação de músicos e cantores .
Esta é nojenta. Pode ser um conceito brilhante mas passar uma série de horas repugnada e terminar com uma cena final que parece ser a mais repugnante de todas não me apetece muito.
Comparativamente a este arremedo da autoria de Hans Neuenfels, a encenação de Munique perfila-se perfeitamente tolerável.
Klaus Florian Vogt, que tive a fortuna de ver ao vivo, e Petra Lang são dois dos mais interessantes intérpretes wagnerianos da actualidade. A inteligência dramático-vocal patenteada por ambos afigura-se extremamente salutar no actual panorama lírico.
Hugo, Comparativamente a este arremedo da autoria de Hans Neuenfels, a encenação de Munique perfila-se perfeitamente tolerável. É exactamente o que eu acho.
Olá, Paulo! Estou de férias, não tive acesso ao Arte, e fiquei desolada quando vi que a transmissão ia passar... Gostava imenso de a ver, espero que mais tarde ou mais cedo possa segui-la no Mezzo ou no Brava. Não desgostei do Lohengrin de Munique, pelo menos havia um conceito claro, e a tónica da estética não era o tom horripilante, embora também tenha transparecido uma certa vulgaridade que não queremos ver associada a Wagner. Enfim, os encenadores já não sabem o que fazer... fico à espera de conseguir ver a obra de Neuenfels...
Elsa, Penso que não vale a pena martirizar-se. Qualquer dia ele há-de passar outra vez num desses canais de televisão. Espero que tenha tido óptimas férias.
Um final algo polémico...
ResponderEliminarUm "algo" muito grande, Pinguim.
ResponderEliminarque medo lol
ResponderEliminarmuito polémico, de facto, mas o espectáculo em si foi marcante.
ResponderEliminarFanaticoUm,
ResponderEliminarMarcante, sim, mas não necessariamente no bom sentido. Das ratazanas à cena final, todas as ideias do encenador me parecem de um mau gosto inconcebível e totalmente desprovidas de sentido.
Sábias palavras, Paulo.
ResponderEliminarMas que raio de gosto anda agora de moda, o culto do feio ! Ultrapassa-me...
Paulo,
ResponderEliminarConcordo com o que diz, mas o impacto visual é marcante e totalmente fora do que habitualmente se vê. Sou, como sabe, muito avesso a encenações modernas, mas confesso que esta me deixou com vontade de a ver ao vivo. E achei as interpretações vocais de Petra Lang e de Klaus Florian Vogt soberbas.
FanaticoUm:
ResponderEliminarnão sou avesso a encenações modernas, já as vi que me deslumbraram: um King Arhur, de Purcell, dir. Harnoncourt; uma Theodora de Händel em Glyndebourne, dir Christie; um Don Giovanni encenado por Sellars...
O problema é serem MÁS no sentido em que desvalorizam ou prejudicam a música e o canto; fazem rir onde se deve chorar ou vice versa; sobrepõem o ego do encenador, com a sua mensagem modernaça particular (em geral, crítica social e política) ao conteúdo histórico da obra; contrastam excessivamente um gosto pelo "feio", "inarmonioso", "deselegante", com a estética musical e do canto onde a beleza, harmonia e elegância estão presentes.
Ah , e tem toda a razão quanto a Petra Lang e Klaus Vogt. Mas saem prejudicados pela palhaçada, não?
ResponderEliminarRecordo que quem estreou esta produção, no ano passado, foi o Kaufmann, que logo se retirou. Gosto de pensar que terá sido por achar a encenação horrível. O "Lohengrin" que ele cantou em Munique, embora muito feio, ganha imenso quando comparado com este. Na minha opinião, a nível vocal também.
ResponderEliminarCaro Mário,
ResponderEliminarConcordo consigo. Eu sou ainda mais conservador que o Mário e, à partida, vou predisposto a não gostar quando sei que é uma encenação moderna. Por vezes acabo por me deixar surpreender. Neste caso, como vi na televisão, gostaria de ver o efeito ao vivo (isto não quer dizer que gostasse).
E há sempre uma alternativa que um amigo meu profundo amante e conhecedor de Wagner (que não é o meu colega de blogue wagner_fanatic) aconselha e faz - quando o que se passa no palco não é agradável, fecham-se os olhos e aprecia-se a música. Eu confesso que não consigo fazê-lo.
Caro Paulo,
Sou um admirador incondicional do Kaufmann e, para mim, ele é o melhor Lohengrin no activo. Mas a encenação de Munique (que já vi ao vivo) é (também) horrível!!
Cumprimentos a ambos
Não tenho nada contra encenações modernas. O que me interessa é se são bonitas e fazem sentido - ou se pelo menos não perturbam a fruição da música, o que actualmente já é quase muito bom - ou se, pelo contrário, além de serem feias, deturpam o significado da obra e comprometem a interpretação de músicos e cantores .
ResponderEliminarO "Lohengrin" de Munique também é muito disparatado, FanaticoUm. Mas, ainda assim, acho essa encenação menos má que esta.
ResponderEliminarEsta é nojenta. Pode ser um conceito brilhante mas passar uma série de horas repugnada e terminar com uma cena final que parece ser a mais repugnante de todas não me apetece muito.
ResponderEliminarOs clips foram retirados, Gi. Não temos de olhar mais para eles.
ResponderEliminarPensei que era por estar a tentar ver no reader. Mas pelos vistos não perdi grande coisa :)
ResponderEliminarDepende do ponto de vista, Teresa. Na minha (nada modesta) opinião, não.
ResponderEliminarComparativamente a este arremedo da autoria de Hans Neuenfels, a encenação de Munique perfila-se perfeitamente tolerável.
ResponderEliminarKlaus Florian Vogt, que tive a fortuna de ver ao vivo, e Petra Lang são dois dos mais interessantes intérpretes wagnerianos da actualidade. A inteligência dramático-vocal patenteada por ambos afigura-se extremamente salutar no actual panorama lírico.
Hugo,
ResponderEliminarComparativamente a este arremedo da autoria de Hans Neuenfels, a encenação de Munique perfila-se perfeitamente tolerável.
É exactamente o que eu acho.
Olá, Paulo!
ResponderEliminarEstou de férias, não tive acesso ao Arte, e fiquei desolada quando vi que a transmissão ia passar...
Gostava imenso de a ver, espero que mais tarde ou mais cedo possa segui-la no Mezzo ou no Brava. Não desgostei do Lohengrin de Munique, pelo menos havia um conceito claro, e a tónica da estética não era o tom horripilante, embora também tenha transparecido uma certa vulgaridade que não queremos ver associada a Wagner. Enfim, os encenadores já não sabem o que fazer... fico à espera de conseguir ver a obra de Neuenfels...
Elsa,
ResponderEliminarPenso que não vale a pena martirizar-se. Qualquer dia ele há-de passar outra vez num desses canais de televisão. Espero que tenha tido óptimas férias.