Irene Lima regressa ao Foyer Aberto com João Paulo Santos, desta vez para interpretarem obras de Gabriel Fauré, Olivier Messiaen, a Página Esquecida de Fernando Lopes-Graça e a Sonata de Luís de Freitas Branco, cujo II andamento já aqui tinha entrado. Hoje podemos ouvir o III, estagiando para o próximo dia 27 de Fevereiro, às 6 da tarde.
Luís de Freitas Branco: Sonata para Violoncelo e Piano - Muito moderado
Esta peça é uma maravilha. Luís de Freitas Branco assim como o seu discípulo Joly Braga-Santos são na minha opinião os pilares da música clássica portuguesa do século XX, estando a nível do que melhor se fez no seu tempo. É certo que não enveredaram pelas atonalidades típicas do século, mas estiveram atentos as modernas correntes, produzindo sempre música que de uma maneira simples chamarei de "audível". Infelizmente pouquíssima múcica de Luís Freitas Branco tenho, mas tentarei comprar esta peça; quanto a Joly Braga-Santos tenho toda a edição da Marco Polo (6Cds) das suas sinfonias e outros trabalhos orquestrais. Uma jóia. Aliás, aqui, em Macau no ano passado, no Dia do Português na Universidade de Macau dois estudantes chineses meus apresentaram de certeza pela primeira vez uma peça para violino e piano de Braga-Santos o que comoveu a filha do compositora quando tomou conhecimento disso. Pelo facto enviei-lhe pela internet o video da representação da peça. Em contrapartida ela enviou-nos, para mim e para os estudantes, um belo livro sobre a obra do pai.
ResponderEliminarQuanto a Fernando Lopes-Graça não aprecio a sua música.
A gravação (EMI) desta sonata por Irene Lima e João Paulo Santos é muito bonita. Infelizmente anda desaparecida do mercado há anos.
ResponderEliminarQuanto a Joly Braga Santos, também concordo. E a edição da Marco Polo é fundamental.
Lopes-Graça será normalmente menos "audível". Contudo, a sua obra para violoncelo tem vários pontos de interesse, como o Concerto da Camera Col Violoncello Obbligato, que compôs para Rostropovich. Esta Página Esquecida é uma peça curta, e muito bonita, transcrita a partir de fragmentos de um concerto que ele começara a compor para Guilhermina Suggia e que interrompera depois da sua morte.
Meu caro Paulo
ResponderEliminarUma cobrinha de água, nadando em terra entre uma camélia branca desfolhada. Não achas poético?
(ando um bocado "apanhada" em teia com problemas de saúde de familiares, não tenho aparecido nos amigos. Mas never never esqueço quem e o que gosto)
Beijinho
Bettips
Pensei que com "viagens na minha terra" ias finalmente fazer o post prometido sobre o Bica, mas...
ResponderEliminar;-)
Obrigada por esta música: linda!
Ainda não tive tempo, Helena. E aproveito para dizer que o recital foi muito bom.
ResponderEliminarA edição em progresso das obras de Luís de Freitas Branco editada pelo selo Naxos é, igualmente, deveras recomendável.
ResponderEliminarObrigado, Hugo. Conheço apenas o CD das sonatas para violino e é muito recomendável.
ResponderEliminarTentarei estar atento.
Aqui deposito a ligação, caro Paulo:
ResponderEliminarhttp://www.naxos.com/person/Luis_de_Freitas_Branco/58542.htm
Obrigado, Hugo.
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