Luísa Todi |
Carlos Cardoso, que ainda há dias cantou gloriosamente, num promissor Estúdio de Ópera, Salut! demeure chaste et pure, do Fausto de Gounod, venceu o 1º Prémio (voz masculina) do Concurso Nacional de Canto "Luísa Todi". Parabéns! A ele e aos outros concorrentes.
O concerto de encerramento terá lugar no próximo dia 28 de Junho, no Salão Nobre do Teatro de São Carlos.
Por mérito ou mediatismo?
ResponderEliminarOuvi-o ao vivo pela primeira vez na passada quinta-feira, no grande auditório da FCG, também como Fausto, ao lado de uma Marguerite fantástica. Parecia confuso metade do tempo, mas tirando isso, a voz soava forte e bonita, com excepção do registo mais agudo, que penso que terá de trabalhar um pouco mais. Não digo que não seja uma voz promissora, mas daí a ganhar já o Luísa Todi... Porquê justamente este ano?...
Caro Paulo,
ResponderEliminarObrigado por este "post". Carlos Cardoso está de parabéns, como os outros. Mas queria assinalar (como o Paulo já anteriormente referiu) que este é um caso em que um concurso televisivo totalmente desinteressante permitiu mostrar ao "grande" público um potencial cantor que não sei se teria a mesma visibilidade sem passar pela televisão. Vamos esperar para ver como se virá a afirmar, mas são boas notícias ter mais vozes nacionais com potencial
R Duarte Ferreira,
ResponderEliminarNão ouvi o Carlos Cardoso na Gulbenkian, apenas no Estúdio de Ópera, onde cantou sem quaisquer problemas nos agudos.
Como todos os cantores, ele terá de trabalhar muito. O prémio Luísa Todi tem como objectivo, penso eu, incentivar os jovens cantores que tenham potencial para se desenvolverem e amadurecerem técnica e artisticamente. Basta ver a lista dos anteriores galardoados. Nenhum foi premiado depois de já ser consagrado, quer a nível interno quer internacionalmente.
FanaticoUm,
Possivelmente o Carlos Cardoso não teria tido tanta visibilidade se não tivesse passado pelo tal concurso. Mas o que importa é que ele decidiu fazer audições para o Estúdio de Ópera e participar no Luísa Todi. Se o júri lhe atribuiu o prémio, acredito eu, terá encontrado razões para apostar nele.
É verdade o que diz o Duarte Ferreira. Também o ouvi na FCG, mas era quase a mesma coisa que dizer que não o ouvi.
ResponderEliminarAcredite, Paulo, do Foyer ao grande auditório vai uma grande diferença.
Lá está - talvez o papel secundário?
Luísa Todi? Nem pensar! Se ganhasse, seria daqui a muitos anos - e por mérito, nunca por "mérito" mediático!
Fico contente por este rapaz estar a levar a sério uma carreira como cantor lírico e ter potencial para isso. Tu, que o ouviste ao vivo e apostas nele, também estás de parabéns :-) e eu fico com vontade de o ouvir também.
ResponderEliminarQue tenha paciência e empenho, bons professores e mentores, seja feliz nas suas escolhas e nos encha de orgulho.
Plácido,
ResponderEliminarNão tenho ideia de o Concurso Luísa Todi ser conhecido por premiar cantores consagrados. Pelo contrário, penso que o objectivo é dar aos jovens cantores a oportunidade de serem ouvidos e estimulá-los.
Há ainda um aspecto em que a opinião de R Duarte Ferreira parece divergir da sua: a voz soava forte e bonita.
Agora há que esperar que Carlos Cardoso amadureça como artista e aperfeiçoe a técnica, como acontece a todos os cantores em início de carreira (e ao longo dela). Esta é a minha opinião. O facto de haver tantas dúvidas quanto à sua qualidade pode jogar a seu favor. A maioria dos artistas portugueses está habituada a lidar com esse factor.
Gi,
Já podes ouvir aqui em cima Carlos Cardoso interpretando Che gelida manina. Oxalá tenhamos a oportunidade de o ouvir ao vivo em breve.
Não era isso que eu pretendia transmitir. Estou de acordo com R Duarte Ferreira. Com isso quer-se dizer que ele tem uma voz "forte", no sentido de ter cordas vocais não-frágeis, mas o problema é que a voz não é forte e grande (tipo Björling) - antes pequenina e forte. O que falta lá é pulmão, lol. Se passássemos ao italiano, até se diria que a "impertinenza" está lá, mas entretanto, só se ouve (e aí, bem mas nem sempre transparente) o "do di petto".
ResponderEliminarSe eu desse nota, seria 3 estrelas.
Mas que bem que ele canta! É claro que há um caminho, cheio de prática, a percorrer, mas a bagagem é muito promissora. E a ária não é para tornear dificuldades, não fosse ela, no meu entender a mais bela ária de tenor de toda a ópera italiana.
ResponderEliminarGostei muito de o ouvir aqui. Como nunca ouvi ao vivo nada posso dizer. Mas também pelo que ouvi não posso dizer muito. Puccini é para ser cantado em cima de uma orquestra por vezes a "berrar" e num teatro maior que a sala de reuniões da Câmara de Setúbal.
ResponderEliminarMas acho que temos tenor.