25.6.11

And the winner is... Carlos Cardoso

Luísa Todi

Carlos Cardoso, que ainda há dias cantou gloriosamente, num promissor Estúdio de Ópera, Salut! demeure chaste et pure, do Fausto de Gounod, venceu o 1º Prémio (voz masculina) do Concurso Nacional de Canto "Luísa Todi". Parabéns! A ele e aos outros concorrentes.
O concerto de encerramento terá lugar no próximo dia 28 de Junho, no Salão Nobre do Teatro de São Carlos.




9 comentários:

  1. R Duarte Ferreira25.6.11

    Por mérito ou mediatismo?
    Ouvi-o ao vivo pela primeira vez na passada quinta-feira, no grande auditório da FCG, também como Fausto, ao lado de uma Marguerite fantástica. Parecia confuso metade do tempo, mas tirando isso, a voz soava forte e bonita, com excepção do registo mais agudo, que penso que terá de trabalhar um pouco mais. Não digo que não seja uma voz promissora, mas daí a ganhar já o Luísa Todi... Porquê justamente este ano?...

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  2. Caro Paulo,
    Obrigado por este "post". Carlos Cardoso está de parabéns, como os outros. Mas queria assinalar (como o Paulo já anteriormente referiu) que este é um caso em que um concurso televisivo totalmente desinteressante permitiu mostrar ao "grande" público um potencial cantor que não sei se teria a mesma visibilidade sem passar pela televisão. Vamos esperar para ver como se virá a afirmar, mas são boas notícias ter mais vozes nacionais com potencial

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  3. R Duarte Ferreira,
    Não ouvi o Carlos Cardoso na Gulbenkian, apenas no Estúdio de Ópera, onde cantou sem quaisquer problemas nos agudos.
    Como todos os cantores, ele terá de trabalhar muito. O prémio Luísa Todi tem como objectivo, penso eu, incentivar os jovens cantores que tenham potencial para se desenvolverem e amadurecerem técnica e artisticamente. Basta ver a lista dos anteriores galardoados. Nenhum foi premiado depois de já ser consagrado, quer a nível interno quer internacionalmente.

    FanaticoUm,
    Possivelmente o Carlos Cardoso não teria tido tanta visibilidade se não tivesse passado pelo tal concurso. Mas o que importa é que ele decidiu fazer audições para o Estúdio de Ópera e participar no Luísa Todi. Se o júri lhe atribuiu o prémio, acredito eu, terá encontrado razões para apostar nele.

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  4. É verdade o que diz o Duarte Ferreira. Também o ouvi na FCG, mas era quase a mesma coisa que dizer que não o ouvi.
    Acredite, Paulo, do Foyer ao grande auditório vai uma grande diferença.
    Lá está - talvez o papel secundário?
    Luísa Todi? Nem pensar! Se ganhasse, seria daqui a muitos anos - e por mérito, nunca por "mérito" mediático!

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  5. Fico contente por este rapaz estar a levar a sério uma carreira como cantor lírico e ter potencial para isso. Tu, que o ouviste ao vivo e apostas nele, também estás de parabéns :-) e eu fico com vontade de o ouvir também.
    Que tenha paciência e empenho, bons professores e mentores, seja feliz nas suas escolhas e nos encha de orgulho.

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  6. Plácido,
    Não tenho ideia de o Concurso Luísa Todi ser conhecido por premiar cantores consagrados. Pelo contrário, penso que o objectivo é dar aos jovens cantores a oportunidade de serem ouvidos e estimulá-los.
    Há ainda um aspecto em que a opinião de R Duarte Ferreira parece divergir da sua: a voz soava forte e bonita.
    Agora há que esperar que Carlos Cardoso amadureça como artista e aperfeiçoe a técnica, como acontece a todos os cantores em início de carreira (e ao longo dela). Esta é a minha opinião. O facto de haver tantas dúvidas quanto à sua qualidade pode jogar a seu favor. A maioria dos artistas portugueses está habituada a lidar com esse factor.

    Gi,
    Já podes ouvir aqui em cima Carlos Cardoso interpretando Che gelida manina. Oxalá tenhamos a oportunidade de o ouvir ao vivo em breve.

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  7. Não era isso que eu pretendia transmitir. Estou de acordo com R Duarte Ferreira. Com isso quer-se dizer que ele tem uma voz "forte", no sentido de ter cordas vocais não-frágeis, mas o problema é que a voz não é forte e grande (tipo Björling) - antes pequenina e forte. O que falta lá é pulmão, lol. Se passássemos ao italiano, até se diria que a "impertinenza" está lá, mas entretanto, só se ouve (e aí, bem mas nem sempre transparente) o "do di petto".
    Se eu desse nota, seria 3 estrelas.

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  8. Mas que bem que ele canta! É claro que há um caminho, cheio de prática, a percorrer, mas a bagagem é muito promissora. E a ária não é para tornear dificuldades, não fosse ela, no meu entender a mais bela ária de tenor de toda a ópera italiana.

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  9. Gostei muito de o ouvir aqui. Como nunca ouvi ao vivo nada posso dizer. Mas também pelo que ouvi não posso dizer muito. Puccini é para ser cantado em cima de uma orquestra por vezes a "berrar" e num teatro maior que a sala de reuniões da Câmara de Setúbal.
    Mas acho que temos tenor.

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