Informa-nos o Intermezzo que Jonas Kaufmann vai ser submetido a uma cirurgia para extrair um nódulo no peito. Desejamos-lhe que tudo corra bem e que tenha uma rápida recuperação.
Cielo e mar, ainda há poucos dias na Waldbühne, em Berlim:
Imaginemos a frase inicial cantada prlo di Stefano ou o Pavarotti e a que canta Peter Kaufmann e não é preciso dizer mais nada para distinguir uma voz intrinsecamente italiana de uma outra voz, sem a menor dúvida, fabulosa, mas onde muitas passagens soam a falso e muito forçadas. Ouvir Peter Kaufmann é sempre um grande prazer pois é um tenor de primeira grandeza, mas o Enzo não é o seu reportório. Falta em certas passagens o sol mediterrâneo e noto um pequeno problema antes do minuto 4:00 e a voz muito escura a seguir aos primeiros versos. Desculpem a minha "exigência" com esta voz admirável. Espero também que o seu problema de saúde não lhe afecte a voz. Vale a pena ouvir a proposta no final deste vídeo, o terceto d'Os Lombardos, onde Netbrenko faulosa, Kaufmann ao mesmo nível e Shrott (?) péssimo, sempre fora do tom e sem saber cantar Verdi.
concordo, grosso modo, com a sua apreciação relativamente à leitura de Kaufmann, numa ária cuja linha de canto surge assaz exposta, desnudando de modo mais flagrante as debilidades de um intérprete. Tal como havia salientado, pede-se um timbre de maior luminosidade que fraseie com um certo delíquio, conquanto, tecnicamente, pouco ou nada haja a desmerecer (atente-se no controle dinâmico). Aos nomes que citou enquanto exemplos, permita-me acrescentar Corelli, Bergonzi e até Flaviano Labò.
Acompanho-o, igualmente, no que concerne ao trio dos Lombardos: Kaufmann a recordar Bergonzi na intenção dramática, óptima Netrebko apesar da quebra vocal no início e um Schrott a tactear excessivamente.
Sem ser a propósito, mas nada tenho a acrescentar a analises tão apuradas, gostava de sugerir, a quem possa interessar, o novo cd DG dedicado a Vivaldi cantado e dirigido pela contralto Françesa Nathalie Stutzmann. É um modelo de equilibrio e elegancia.
Também faço evidentemente votos de que tudo corra bem.
ResponderEliminarImaginemos a frase inicial cantada prlo di Stefano ou o Pavarotti e a que canta Peter Kaufmann e não é preciso dizer mais nada para distinguir uma voz intrinsecamente italiana de uma outra voz, sem a menor dúvida, fabulosa, mas onde muitas passagens soam a falso e muito forçadas. Ouvir Peter Kaufmann é sempre um grande prazer pois é um tenor de primeira grandeza, mas o Enzo não é o seu reportório. Falta em certas passagens o sol mediterrâneo e noto um pequeno problema antes do minuto 4:00 e a voz muito escura a seguir aos primeiros versos. Desculpem a minha "exigência" com esta voz admirável.
ResponderEliminarEspero também que o seu problema de saúde não lhe afecte a voz.
Vale a pena ouvir a proposta no final deste vídeo, o terceto d'Os Lombardos, onde Netbrenko faulosa, Kaufmann ao mesmo nível e Shrott (?) péssimo, sempre fora do tom e sem saber cantar Verdi.
Espero que tudo corra bem com o Kaufmann, mas esse Schrott que anda por aí a passear anda a enervar-me!...
ResponderEliminarAndo um bocado distraído em nomes e grafias. Imperdoável. Mea culpa.
ResponderEliminarJonas Kaufmann e Erwin Schrott. É que o primeiro faz lembrar-me o Peter Hoffmann.
Adoro o Kaufmann, um gato! :)
ResponderEliminarCaro Raul,
ResponderEliminarconcordo, grosso modo, com a sua apreciação relativamente à leitura de Kaufmann, numa ária cuja linha de canto surge assaz exposta, desnudando de modo mais flagrante as debilidades de um intérprete. Tal como havia salientado, pede-se um timbre de maior luminosidade que fraseie com um certo delíquio, conquanto, tecnicamente, pouco ou nada haja a desmerecer (atente-se no controle dinâmico). Aos nomes que citou enquanto exemplos, permita-me acrescentar Corelli, Bergonzi e até Flaviano Labò.
Acompanho-o, igualmente, no que concerne ao trio dos Lombardos: Kaufmann a recordar Bergonzi na intenção dramática, óptima Netrebko apesar da quebra vocal no início e um Schrott a tactear excessivamente.
Totalmente de acordo quanto ao trio dos Lombardos. E, já agora, acho que vale a pena ouvir também Mamma, quel vino è generoso.
ResponderEliminarMas talvez o melhor Cielo e mare ee Beniamino Gigli. Divino. Sem rival.
ResponderEliminarSem ser a propósito, mas nada tenho a acrescentar a analises tão apuradas, gostava de sugerir, a quem possa interessar, o novo cd DG dedicado a Vivaldi cantado e dirigido pela contralto Françesa Nathalie Stutzmann. É um modelo de equilibrio e elegancia.
ResponderEliminarObrigado, J. Ildefonso. Ainda não tive oportunidade de ouvir, mas já me chegou aos ouvidos que é bom.
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