18.11.11

A Abigaille de Elisabete Matos no Met

Ontem foi assim:
Ben io t'invenni... Anch'io dischiuso un giorno... Salgo già del trono aurato

9 comentários:

  1. Anónimo18.11.11

    Bravíssima!!!
    Que brava está Elisabete Matos num reportório dificílimo, como é este primeiro Verdi, onde o dramatismo e a coloratura são dois aliados mortais, dos tais que são só para vocalidades de excepção. Não é para quem quer só para quem pode ;)

    PARABÉNS!!!

    Glória

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  2. A tua (nossa) Elisabete, cada vez melhor numa fase super ascendente da sua carreira.

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  3. Num papel quase assassino, Elisabete Matos faz figura, como tem sempre acontecido ultimamente. Um orgulho para nós, portugueses.

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  4. Elisabete Matos é uma grande artista e este trecho separa águas entre um verdadeiro soprano dramático ou uma genial artista e as restantes cantoras. A nossa cantora no recitativo faz o que pode em termos de cor, timbre e volume para caracterizar esta "leoa", e eu só posso dizer que é satisfatório, mas longe do ideal. Quanto à ária propriamente dita e cavatina estamos todos de parabéns, pois E.M. é excelente. A referência a lição, o incomparável vem da Callas, secundada pelas geniais interpretações da Suliotis e da Cerquetti, e mais recentemante a grande Julia Varady. Estas são o suprasumo. Outras Abigail e que podem competir com a Matos: a Dimitrova, a Scotto e uma outra grande cantora hoje muito esquecida e da qual tenho a totalidade do papel, pois tenho o respectivo Nabucco completo: Catarina Mancini.

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  5. Caro Raul,

    permita-me acrescentar um nome aos que mencionou: a "nossa" Mara Zampieri, cuja Abigaille possuo na íntegra, ladeada por Piero Cappuccilli. Fantástica.

    Haverá outras intérpretes, substancialmente, menos celebradas, tais como Maria Pedrini, Mirella Parutto, Lucille Udovick, Angeles Gulin ou mesmo Danica Mastilovic, cujos predicados técnicos as habilitaram ao afrontamento de tal personagem.

    Relativamente às impressões por si partilhadas, gostaria de enfatizar a preocupação evidenciada por Elisabete Matos na construção de uma dramaturgia credível num papel assaz espinhoso, em termos globais. Uma abordagem salutar.

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  6. Caro Hugo,
    Desconhecia que havia um Nabucco completa com a Zampieri e não me admira nada, pois quem é uma formidável Lady Macbeth ou canta a Norma ou pelas muitas vezes que a vi será sem dúvida uma boa Abigail, para além de o Hugo o afirmar, o que só por si é uma garantia.
    Queria, no entanto, referir uma questão. O Hugo conhece a Casta Diva da Arena de Verona cantada pela Zampieri num concerto de beneficência a favor dos doentes com leucemia e promovido pelo Carreras, ligado logicamente ao problema que ele viveu? É uma Casta Diva de que não gosto nada, dada o hábito e a maneira insistente com que a Zampieri pronuncia algumas vogais em especial o “A”. Ela fazia questão em enunciar certas frases, que achava que essa coloração correspondia melhor à interpretação. A Zampieri tinha um volume vocal extraordinário, era um verdadeiro soprano dramático, mas eu às vezes não gostava da maneira como enunciava. Isto tudo sem deixar de a apreciar como grande artista.
    Quanto à Mastolovic que vi na Electra e cena final do Crepúsculo tinha todo aecaboi,o vocal para a Abigail.
    Um abraço.

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  7. Caro Raul,

    de facto, desconheço a versão que menciona, pese embora a questão que levanta seja, amiúde, abordada no que à técnica vocal de Mara Zampieri se reporta. Possivelmente, a intérprete, na execução das linhas melódicas, privilegie a sintaxe textual em detrimento de uma emissão mais homogénea das vogais, ou seja, do mero aspecto tímbrico.

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  8. J. Ildefonso.21.11.11

    Como referido, uma das grandes virtudes da Elisabete Matos é o cuidado como se prepara e como sempre constroi um "boneco" credível cujas motivações são identificaveis pelo público.
    Vocalmente está muito bem e sinto-me perfeitamente realizado e orgulhoso. Não haja dúvida que o papel lhe convêm muito mais do que o D. Carlos.

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