16.3.09

Antigos Mestres

Estenderam-me a mão com "A Lição do Mestre" e eu, em maré de violino, agarrei-a. Depois, dirigi-me à maquina de tirar bicas (este Clooney, sempre de férias...) e, na volta, peguei num livro ao acaso. Saiu o "Antigos Mestres", que um amigo me ofereceu. Procurei a página 161 e li até à quinta frase. Ei-la:

A luz da cultura será apagada na Áustria, isto lhe digo eu, a estupidez que há tanto tempo reina neste país vai apagar, num futuro não muito distante, a luz da cultura.


15.3.09

Bach para dois

Reparei agora que o valkirio faz hoje dois aninhos.



É o concerto para dois violinos de Bach, por Yehudi Menuhin e David Oistrakh.

13.3.09

Paixão

Nunca tinha falado aqui do meu violinista preferido, o que me parece agora uma grande falha. Mas Yehudi Menuhin aparece em boa hora, dando-nos notas de Bach, da "Paixão Segundo São Mateus", acompanhando uma cantora que me era totalmente desconhecida até há alguns minutos: Eula Beal.

"Each human being has the eternal duty of transforming what is hard and brutal into a subtle and tender offering, what is crude into refinement, what is ugly into beauty, ignorance into knowledge, confrontation into collaboration, thereby rediscovering the child's dream of a creative reality incessantly renewed by death, the servant of life, and by life the servant of love".

(Menuhin's Dream - ver o filme!)


Erbarme dich
(versão em Inglês)

(operatribute)
Have mercy,
Lord, on me, regard my bitter weeping,
Look at me,
Heart and eyes both weep to Thee
Bitterly.


Coroação de Cristo, de Caravaggio, ca. 1603/4
(foto minha, original no Kunsthistorisches Museum, Viena
)

Frango na Cataplana

Olhem o que o estúdio sugere:


Giovanni di Biasio preparou e Nicolas Lemonnier fotografou.
A receita está .

10.3.09

"A Tempestade" na Cornucópia


Parece que foi descoberto o único retrato de Shakespeare pintado durante a sua vida. Os testes realizados indicam que o quadro data de 1610, quando o bardo contava 46 anos de idade e possivelmente escrevia "A Tempestade" (1610-11 [?]). Em 1991, Peter Greenaway transformou esta peça numa luxuriante fantasia visual e sonora: "Os Livros de Próspero". O filme está todo aqui.

(zoetoichi)

E é precisamente "A Tempestade" que estreia no próximo dia 12 de Março na Cornucópia.

De 12 de Março a 26 de Abril de 2009

Teatro do Bairro Alto, Lisboa

terça a sábado às 21:00h. Domingo às 16:00h


Tradução José Manuel Mendes, Luis Lima Barreto e Luis Miguel Cintra

Encenação Luis Miguel Cintra

Cenário e Figurinos Cristina Reis

Desenho de luz Daniel Worm D’Assumpção.

Interpretação António Fonseca, Dinis Gomes, Duarte Guimarães, João Pedro Vaz, José Manuel Mendes, Luis Lima Barreto, Luis Miguel Cintra, Márcia Breia, Nuno Lopes, Pedro Lamas, Ricardo Aibéo, Rita Durão, Paulo Moura Lopes, Sofia Marques, Tiago Matias e Vítor D’Andrade.


6.3.09

A Rotunda do Professor

Um dia destes, apanho o comboio para Campanhã e o metro até Vila do Conde para ir conhecer a Rotunda do Professor, que, além de me parecer um belíssimo exemplo do nosso melhor urbanismo, exibe um monumento de grande delicadeza. A ver e a ler, caros professores e outros mesteirais que aqui apareçam.

3.3.09

No local certo, à hora certa

E depois fiquei agrafado a ouvir Depeche Mode em repeat mode. Mandei os vizinhos embora como se fosse ouvir o "Crepúsculo dos Deuses", subi o volume, seleccionei HD e enchi o ecrã. Agora vou a correr comprar o disco.

 
(Wrong - não param de me dar cabo do post)

2.3.09

Stabat Mater

Não é por estarmos na Quaresma. É porque fui levado a passear pelas ruas de Lisboa ao som deste "Stabat Mater" de Pergolesi.

(sunriseblack)

Stabat Mater dolorosa
Juxta crucem lacrimosa
Dum pendebat filius.



Painel central do tríptico "A Crucificação",
de Rogier van der Weyden, ca. 1440
(foto minha, original no Kunsthistorisches Museum de Viena)

27.2.09

Parabéns, Miguel Loureiro!

Álvaro Correia como Juanita Castro

A "Juanita Castro" valeu-lhe uma menção especial da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro. E dizia ele que "Juanita Castro é um espectáculo que poderia não ser feito". Eu bem vos avisei.

Miguel Loureiro

Ao longo do seu percurso como actor e encenador, sobretudo nos projectos que promoveu, Miguel Loureiro desenhou um território único, revelador de um imaginário exuberante mas depurado, sustentado por uma sólida e erudita linha de interrogações sobre o teatro e a performance. Em 2008, depois do estival Strange Fruit, a sua encenação de Juanita Castro, de Ronald Tavel (estreado como filme pela mão de Andy Warhol, em 1965), surgiu como uma inesperada pedra no charco no panorama performativo português. Reunindo actores e afectos em torno de um projecto sem outros recursos que os de uma logística básica e camaradagem profissional, Juanita não só firmou um extraordinário sinal da vitalidade do fazer teatral, tantas vezes abafado por ambições desmedidas ou fórmulas gastas, mas também constituiu uma brilhante e oportuna interpelação da história da performance e, consequentemente, do seu lugar nela. Por isto, este projecto mereceu uma menção especial do júri que assim se declara em total desacordo com a afirmação do encenador na folha de sala "Juanita Castro é um espectáculo que poderia não ser feito". Ainda bem que o fez.


P.S. Miguel, e o regresso da Juanita, não?

25.2.09

Inês de Castro


Lê-se no ípsilon que a partir de amanhã já poderemos ver ao vivo a "Súplica de Inês de Castro", de Vieira Portuense, no Museu Nacional de Arte Antiga.