5.8.12

Grande Reportagem: Noites em São Carlos

Interrompe-se aqui o intervalo para dar conta do que se passa no Teatro Nacional de São Carlos até ao próximo dia 4 de Setembro: a exposição Noites em São Carlos. Se gosta destas coisas do teatro, não a perca. O preço máximo é de 3€ por pessoa e dá-lhe acesso a subir ao palco e a visitar os bastidores e os camarins.
A exposição mostra-nos uma pequena parte do precioso espólio do Teatro. Ora veja:

Traje de cena usado por Alfredo Kraus como Duque de Mântua (1979)
Cortinas, adereços e trajes de cena da Aida de 1950
Khnum


No palco do Teatro está montada uma produção de "Madama Butterfly", com o guarda-roupa esplendoroso que o figurinista Hugo Manoel seleccionou na casa Hayashi Kimono, em Tóquio, para a temporada de 1976/77:









Os camarins estão dedicados aos grandes cantores portugueses. Pode ver de perto vestidos que Elisabete Matos usou no Don Carlo, trajes de cena e outros objectos de Tomaz Alcaide, entre outras relíquias do passado:

Lohengrin (António de Andrade)
Don Giovanni (Francisco de Andrade)
Papageno (Álvaro Malta - 1981/82)
Rosina (Maria Cristina de Castro - 1957/58)


O que aqui está é uma pequena amostra do que o caro leitor pode, e deve, ir ver na exposição do Teatro de São Carlos. Não se esqueça de ir espreitar atrás do palco


e de subir ao Salão Nobre. Termine a sua visita na colecção de caricaturas de cantores célebres, como esta de Birgit Nilsson por Zé Manel:



E agora, para finalizar, o momento Caras: Asta-Rose Alcaide, viúva de Tomaz Alcaide, à conversa com Elvira Ferreira no Largo de São Carlos.

16 comentários:

  1. Devo confessar-me absolutamente deleitado pelo carácter, fecundamente, evocativo da presente iniciativa.

    Julgo de elementar justiça a tenaz defesa do património memorial.

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    1. Obrigado pelo comentário, Hugo.

      Penso que a exposição vem mesmo a calhar, numa época em que parece privilegiar-se o feio.

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    2. De facto, o feio e o controverso são-nos, actualmente, infligidos em hórridas voltagens envoltas num nauseabundo pseudo-conceptualismo.

      A harmonia das formas, ao longo de séculos, incessantemente, prossecutada pelas mais dissimiles correntes estéticas ameaça definhar, inapelavelmente, num qualquer limbo de dúbio alcance.

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  2. Anónimo5.8.12

    Obrigada Paulo, mil vezes!!! Estarei em Lx antes do fim do mês, só 2 dias...espero conseguir lá ir. É fascinante, em história, imaginação, conteúdo, beleza. Se não vi nem ouvi as óperas... olho o que é mágico e ouço dentro de mim. O tempo, a diversa informação que nos chega tem de ser bem escolhida! Sei que até 26.8 está uma exp. de fotografia no Palácio de Monserrate "International Gardens of the Year". Tomei nota, juntamente com esta tua bela reportagem. Bjs da bettips

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    1. Inventa uma horita e meia, bettips, e vai lá, que vale mesmo a pena.

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    2. Anónimo5.8.12

      ...a inventar com vontade... sim!
      bettips

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  3. Paulo pela parte que me toca ( Onde é que eu já escrevi isto? ;-)...) Muito, muito obrigada <3

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    1. Obrigado a ti, pela dedicação ao Teatro, e muitos parabéns pela exposição.

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    2. Obrigada mas é o trabalho de todo o Teatro que se empenhou para que resultasse tão bem :-)

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  4. Não sei quando irei agora a Lisboa, mas estou a ver que terá de ser antes de 4 de setembro.
    Obrigada pela reportagem, Paulo.

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  5. Adorava visitar, só que receio não ir a Lisboa antes da exposição terminar :(
    Espero que esta iniciativa seja bastante divulgada para ajudar o Teatro, esta fase complicada em que não há apoios nenhuns deixa-me muito triste!

    Cumprimentos e obrigada pela divulgação :)

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  6. Paulo, não dá para apreciar a exposição na sua totalidade em três quartos de hora?

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    1. Talvez, mas eu fiquei lá mais de uma hora. Depende do ritmo de cada um.

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  7. Obrigado por este seu excelente texto Paulo. Só hoje consegui ir ver a exposição e gostei muito. Acabei de me referir a ela também no blogue e tomei a liberdade de citar este seu texto.
    Mais uma vez, muito obrigado.

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